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O PROJETO DE REFLORESTAMENTO ECONOMICO PARA AREA DEGRADA E CONTRIBUIÇÃO SOCIOECONÔMICA DA COMUNIDADE LOCAL

Por:   •  22/9/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.887 Palavras (8 Páginas)  •  109 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO – UFRPE

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA – UAST

 

 

PROJETO DE REFLORESTAMENTO ECONOMICO PARA AREA DEGRADA E CONTRIBUIÇÃO SOCIOECONÔMICA DA COMUNIDADE LOCAL

Atividade desenvolvida pelos discentes Danilo Micael de Araújo; Liliane Maria da Silva e Graciane Xavier Leal Ferraz, para a disciplina de Silvicultura no período de agosto de 2021.2/2022, sob a orientação da Prof.ª Drª Luzia Ferreira.

 

Serra Talhada - PE

Setembro – 2022

  1. INTRODUÇÃO

Algumas espécies de arbóreas nativas brasileiras se destacam pela potencialidade alimentícia, farmacológica ou por fornecerem madeira, despertando grande interesse na comunidade científica em busca de novas fontes importantes de nutrientes ou madeira, além disso essas espécies também são ideais para reflorestamento de áreas, podendo assim serem aproveitadas economicamente além do reflorestamento. Nesta biodiversidade, o gênero Syagrus é um dos três mais frequentes em número de espécies de palmeiras no Brasil, destacando-se o catolé (Syagrus cearensis).

O catolé (Syagrus cearensis) é comumente encontrado nos estados brasileiros do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Alagoas (LORENZI et al., 2004), medindo em média 10 metros de altura, com importantes contribuições na alimentação do sertanejo e nas atividades socioeconômicas (artesanato, construção, ornamentação e biodiesel) (RUFINO et al., 2008). Os frutos, conhecidos como coco catolé são usados pela população da área de ocorrência como alimento fresco ou na elaboração de produtos (LORENZI et al, 2004). Das amêndoas extrai-se óleo que é bastante utilizado e apreciado na alimentação regional, de composição e aspectos sensoriais semelhantes ao óleo de coco (Cocos nucifera L.), de aplicabilidade em cosméticos e fins terapêuticos (LEAL et al, 2013).

  1. OBJETIVO

O objetivo desse trabalho é realizar um projeto de reflorestamento econômico com a finalidade de inserir espécie vegetal na érea degradada e aproveitar frutos e folhas economicamente para contribuição socioeconômica, além disso recuperar os gastos com a implantação do catolé.

  1. METODOLOGIA

O local a ser implantado o projeto possui uma área de 1 hectare, mais precisamente de 10.400 m2. A área é fictícia, no local não existe nenhuma espécie florestal e fica próximo a mata ciliar de um Riacho. O terreno a ser implantado o reflorestamento econômico com catolé é plano e possui solo arenoso. Devido ao solo ser arenoso, necessita-se de cobertura orgânica para auxiliar na retenção de água.

  1. Espécie escolhida

A espécie Syagrus cearensis é uma palmeira que forma touceiras (2 a 4 estipes), as vezes pode ocorrer apenas um estipe, caule com porte de 4 a 11 m de altura e 10 a 18 cm de diâmetro de caule. Folhas pinadas em número de 10-15 contemporâneas, curvadas e plumosas, as pinas (folíolos) são lineares, verde escuras em número de 100 a 130 em cada lado da raque distribuídas irregularmente e dispostas em diferentes planos (LORENZI et al. 2004). Apresenta frutos adocicados geralmente globosos e com mesocarpo fibro-carnoso, com cerca de 5 cm de comprimento. Geralmente pode florescer e em seguida frutificar durante o ano inteiro, mas segundo Lorenzi et al. (2004), essa frutificação ocorre de maneira mais abundante nos meses da primavera.

O Catolé apresenta importância econômica, social e ambiental, pois é utilizada pela indústria alimentícia e de cosméticos, de usos medicinal e artesanal pelas populações locais onde ocorre ou onde é plantada, como forragem para animais de criação como bovinos, caprinos e ovinos, principalmente em períodos de grande estiagem na região semiárida, tem uso paisagístico e também serve de alimento para a fauna nativa, entre outras utilidades. O óleo extraído das amêndoas de S. cearensis é usado na produção de biodiesel, na culinária e também na produção de cosméticos como hidratantes para a pele. Seu uso através da medicina popular é indicado para tratar problemas estomacais. Partes dela como suas folhas são usadas por nativos na confecção de produtos artesanais, como: chapéus de palha, vassouras, abanadores, espanadores e bolsas, enquanto que o seu caule (estipe) é usada como banquetas de decoração (SOUZA 2020).

  1. Adubação

O suprimento adequado de fertilizantes às plantas perenes promove maior crescimento inicial e antecipação do estádio reprodutivo (BONNEAU et al., 1993; BOVI, 1998; MORA-URPÍ et al., 1997). Adubação antes do plantio, de acordo com a análise de solo, pode obter altas produções. Com isso, deve-se aplicar no sulco de plantio ou cova adubo orgânico (esterco de curral por exemplo) misturado com o adubo mineral fosfatado e potássico. Na adubação de cobertura, onde os nutrientes mais importantes são o nitrogênio e o potássio, pode aplicar de duas a três vezes ao ano. No entanto requer atenção, pois a adubação suplementar pode causar danos às plântulas jovens.

  1. Irrigação

Considerado um sistema de irrigação hipotético para 1 ha do plantio de catolé que será utilizado uma motobomba de cerca de 2 CV, a irrigação por gotejamento, em virtude de sua alta uniformidade de aplicação e menores perdas de água por evaporação, em relação à microaspersão tem potencial para melhores índices de eficiência de uso da água (NOGUEIRA et al., 2018) na irrigação do catolé. No entanto, a microaspersão pode apresentar custos mais baixos para aquisição e implantação no plantio.

Enquanto muda pode-se irrigar todo dia, depois que a planta estiver desenvolvida o intervalo de irrigação pode ser de 2 a 4 dias, assim terá maior funcionalidade estomática e consequentemente, maior controle de trocas gasosas.

  1. Procedimento para execução do projeto

O espaçamento ou adensamento de plantio depende de vários fatores, como sistema de manejo técnico da plantação, textura e fertilidade do solo, sistema de alinhamento ou arranjo geométrico da plantação, insolação e topografia do terreno. Além disso, deve ser considerado o objetivo final do projeto, ou seja, se ele tem como finalidade produzir e colher frutos, caule ou folhas (KULCHETSCKI et al., 2001). Ainda não existem medidas de espaçamento definitivas que apontem, com precisão, as densidades ótimas em termos de custo/benefício para o catolé (Syagrus cearensis). Locais mais secos e/ou com solos de baixa fertilidade tendem a suportar menor número de plantas por área.  Em solos férteis pode-se usar um espaçamento de 2,00 x 1,00 m ou 1,50 x 1,50 m. Em solos pobres ou não adubados pode-se usar um espaçamento de 2,00 x 1,50 m.

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