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A Resenha de Cogeração

Por:   •  30/9/2019  •  Resenha  •  1.175 Palavras (5 Páginas)  •  108 Visualizações

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Universidade Federal de Ouro Preto

Aluna: Jessica Mazioli

Matricula: 14.2.9406

TOMAZ, W. L.; GORDONO, F.S.; SILVA, F.P.; CASTRO, M.D.G.; ESPERIDIÃO, M. Cogeração de energia a partir do bagaço da cana-de-açúcar: estudo de caso múltiplo no setor sucroalcoleiro. ENGEMA - Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente.

A busca pelo suprimento energético no Brasil impulsionou estudos e políticas para criação de geração de energia através de fontes renováveis. Este artigo apresenta os motivos que levaram a um estudo de caso sobre geração de energia através do bagaço de cana-de-açúcar, além do próprio estudos dos casos nas usinas Barra Grande e da Barra demonstrando assim pontos favoráveis a este tipo de geração.

Atualmente a matriz energética brasileira é composta pela geração de energia hidráulica em sua maioria com cerca de 65% do total produzido, em seguida tem-se a biomassa com 7,4%, tendendo ao crescimento com o passar do tempo como apresentado no ano de 2014 em relação a 2013. Este aumento expressivo na utilização de biomassa para produção de energia renovável aumenta a necessidade de aperfeiçoamento das técnicas de geração.

É considerado biomassa toda matéria orgânica de origem vegetal ou animal, utilizada na geração de energia. O material orgânico utilizado no estudo de casos desse artigo é o bagaço gerado na indústria sucroalcooleira, sendo a cana-de-açúcar. O incentivo pela utilização deste tipo de produto é que a queima do mesmo não atinge prejudicialmente o meio ambiente, visto que a liberação de CO2 do processo será transformado em oxigênio pela fotossíntese das plantas, além de ter um alto poder energético, facilidade de armazenamento e transporte, baixo custo de produção e menos poluente.

A cogeração de energia foi definida nesse artigo como: “cogeração é uma unidade de produção associada de energia mecânica e térmica, sendo a energia mecânica diretamente em acionamento (compressor, bomba, soprador, moendas, etc.) ou para sua conversão em energia elétrica (gerador elétrico) para uso final (motor elétrico, eletrotérmica, eletroquímica, etc.)”. Na década de 80 o setor sucroalcooleiro começou a aproveitar o vapor gerado pelas caldeiras para geração de energia com intuito de consumo próprio, reduzindo assim a compra de energia junta as companhias elétricas, com a expansão dessa pratica as industrias se tornaram autossuficientes e começaram a comercializar o excedente produzido de energia elétrica.

Um comparativo entre o sistema convencional e um sistema de cogeração mostrou que no sistema convencional apenas 35% vira energia elétrica, enquanto 65% são perdas. Já no sistema de cogeração os mesmos 35% viram energia elétrica, no entanto dos 65% apenas 15% são perdas e 50% se tornam energia térmica. Apesar de toda a vantagem a energia térmica deve ser utilizada próximo a fonte geradora devida a sua perda de temperatura. Algumas das industrias que fazem uso da prática de cogeração são as sucroalcooleiras (38%), papel e celulose (27%), químicas (15%), siderurgias (13%) e refinarias (7%).

Nas industrias sucroalcooleiras essa é uma pratica tradicional em todo mundo, sendo diferenciada pela eficiência de uso do bagaço. O Brasil se destaca devido a sua alta concentração de canaviais, porém a eficiência com a biomassa não é tal elevada. O sistema de cogeração para auto suprimento e comercialização necessita de modificações para aumento de eficiência como utilização de caldeiras com alta pressão, instalação de subestação e linhas de transmissão, tubos geradores para receber alta pressão de vapor e temperatura elevada e o sistema de alimentação de combustível e água. A eletricidade já é considerada o terceiro produto da indústria sucroalcooleira, perdendo para a produção de açúcar e álcool.    

O estudo de caso foi realizado em duas usinas do centro oeste paulista, ambas com tradição no mercado de açúcar e álcool. Na usina Barra Grande com o passar dos anos a modernização da planta incorporou a necessidade de geração de energia para autossuficiência e em seguida torna-la um novo produto. A empresa é equipada com duas casas de força responsáveis pela geração e distribuição da energia gerada, três caldeiras e ternos de moenda com capacidade de moer 21 mil ton. /dia gerando 62MW/h sendo 17MW/h para consumo próprio. Uma das casas de força foi implementada com o único intuito de aumentar a cogeração de energia elétrica excedente e vapor para o processo de moagem. Por safra a usina tem capacidade de gerar 197 mil MW de energia para venda, porém varia de acordo com cada safra, podendo ocorrer a diminuição da geração de bagaço e desta forma sendo necessário a compra do mesmo em outras usinas.

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