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A Servidão Moderna Por meio Das Redes Sociais.

Por:   •  27/3/2023  •  Artigo  •  1.500 Palavras (6 Páginas)  •  74 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO/UFMA

Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia - BICT

Carlos Gabriel Rodrigues Pereira

Isaac Nathan Marinho dos Santos

José Ruan Rodrigues Sampaio

Pedro Lucas Veloso de Araújo

CASE: Servidão moderna por meio das redes sociais.

São Luís/MA - 2020

  1. DELIMITAÇÃO DO TEMA: Servidão moderna por meio das redes sociais.

  1. CASE/PROBLEMA:

Atualmente, as redes sociais são um meio de comunicação virtual, no qual tem o objetivo de interação social e tem sido um aspecto positivo em vários fatores, no entanto, apresentam pontos negativos, pois está ligado ao que chamamos de servidão moderna. De acordo com o escritor e historiador Jean François Brient “A servidão moderna é uma escravidão voluntária onde não há um chicote, mas há um desejo do consumo” e neste contexto, as redes sociais tornam-se um novo meio de manipulação virtual em massa do século XXI.

O Facebook é atualmente a maior rede social do mundo. Segundo a plataforma alemã Statista, no segundo trimestre de 2020 o Facebook registrou mais de 2,7 bilhões de usuário ativos. Sabe-se que o Facebook além de uma rede social que nos proporciona conversar com alguém que está distante, ou ser uma plataforma de notícias, ele ainda é um serviço de publicidade e anúncio para determinadas marcas e empresas, aliás, é assim que o Facebook ganha majoritariamente o seu lucro

Muitas vezes, quando estamos no Facebook, nos deparamos com determinado anúncio de algo que realmente queríamos comprar sem ao menos ter pesquisado. O que acontece é, que o Facebook trabalha com algoritmos de dados e programas com inteligência artificial que utilizam de informações que o usuário concedeu quando concordou com os termos de contrato e pelos que o usuário posta, compartilha e comenta. Com esse meio, o Facebook determina fácil a sua personalidade e sabe muito bem quais anúncios oferecer para o usuário. Segundo o especialista do documentário dilema de redes (2020) o Facebook se apresenta de forma singular para cada um dos usuários, ou seja, ele apresenta uma realidade diferente para cada pessoa. O problema começa quando essas informações podem ser usadas de forma errada, assim estaria manipulando seus usuários.

Infelizmente, as notícias falsas sempre existiram, muito antes da invenção da internet, mas logo após a sua criação, as notícias falsas, também conhecidas como "Fake News" ganharam vida, e seu público alvo são as pessoas que usam as redes sociais diariamente. As “Fake News” se popularizaram e se consolidaram nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América no ano de 2016. Ela foi usada para apoiar o candidato Donald Trump. Entretanto, essas notícias escritas, geralmente tem títulos e imagens cativantes com a intenção de atrair o máximo número de pessoas para uma página ou site, também conhecido como "caça cliques", pois se utiliza de frases exageradas sem compromisso pela verdade e grande parte tem como a finalidade de ganhos financeiros ou políticos. De acordo com o escritor inglês Aldous Huxley “A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão”

Nos dias atuais é difícil distinguir o que é falso ou verdadeiro, pois em qualquer rede social que entrarmos, as "Fake News" estarão presentes e esse conteúdo falso (textos, fotos e vídeos manipulados) uma vez publicado na internet, alcança milhares de pessoas e assim ocasionando os compartilhamentos virtuais. Tais práticas podem afetar um indivíduo, tanto na sua vida pessoal quanto profissional. Atualmente na era das "Fake News", qualquer assunto duvidoso, a melhor maneira de se informar é pesquisar em fontes confiáveis, ficar atento a data das publicações e ler a matéria completa.

A dependência das redes sociais e internet, é gerada por uma série de fatores que trazem consequências negativas aos seus usuários, levando a um estágio de comorbidade, afetando a visão social e a própria vida pessoal. Além disso, o vício nas redes sociais, assemelha-se ao vício em drogas, a abstinência causa sintomas físicos e sentimentais. Desse modo, os usuários precisam estar sempre mais conectados para se sentirem satisfeitos, essa sensação é resultante da liberação de dopamina em regiões específicas do cérebro. De acordo com o psiquiatra Fábio Aurélio leite " Ela é a substância do prazer, e todo mundo quer essa sensação no cérebro", e muitas vezes priorizam as redes e isolam-se da sociedade.

Existem alguns sinais para identificar se a pessoa é viciada e dependente da internet, geralmente elas costumam checar suas redes sociais mais de 60 vezes por dia, pensam em estar conectadas o dia todo e aumentar o tempo de uso, tentam parar, porém, não conseguem, ficam ansiosas para estarem conectadas, mudam de humor com bastante frequência, perde a noção do quanto utilizam a internet, coloca as relações em risco pelo vício e mentem o tempo que passam utilizando. Um estudo recente de uma universidade na Pensilvânia concluiu que as pessoas que utilizam as redes sociais apenas 30 minutos por dia, eram menos depressivas, ansiosas e se sentiam menos solitárias.

Usadas para ativar a falsa ilusão de poder, alienando e moldando nossas mentes a uma só ideologia. No caso, a que melhor favorecer o sistema, para criar hábitos assim conhecidos como reflexos de submissão, como discorrido por Nietzsche -“A moralidade não é outra coisa (e, portanto, não mais!) do que obediência a costumes, não importa quais sejam; mas costumes são a maneira tradicional de agir e de avaliar”- onde consumam cada vez mais e não consigam sair, se tornando subserviente desses meios.

Tais métodos usufruem de um pensamento antigo e eficiente de manipulação como a política do “pão e circo”, onde controlavam a população mantendo-a fiel além de assegurar a homeostase social, na qual fingem nos alimentar e apenas fazem de nós telespectadores do maior espetáculo do mundo. Dessa maneira, as mídias sociais agentes manipuladores, conhecidas como estratégias para a manipulação em massa, que manifestam um sentimento e prendem sua atenção. Criam salvadores, com ideais frágeis, para manter um controle global, dentre todas as classes, culturas e etnias com um único propósito que é o de consumir. Nos enchem de mercadorias que não precisamos, de ideais que são deturpados, de uma falsa ideia de ter muito, quando na verdade não temos nada. Esse método é tão complexo que acaba por controlar até mesmo quem o controla, fazendo assim desse sistema um câncer em metástase no âmbito social, colaborando para as desigualdades, além de mecanizar o próprio homem com os ideais propostos, no caso, a ideia de produzir sempre mais e mais.

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