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A UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE PRECIFICAÇÃO MARK-UP - ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA ATUANTE NO SETOR VAREJISTA

Por:   •  2/12/2019  •  Artigo  •  4.050 Palavras (17 Páginas)  •  257 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ –UFPI

CENTRO DE TECNOLOGIA – CT

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – CEP

DISCIPLINA: ECONOMIA DE EMPRESAS 2016.1

Prof.: EULÁLIO

A UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE PRECIFICAÇÃO MARK-UP - ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA ATUANTE NO SETOR VAREJISTA

Afonso Ferreira

Belchior Rodrigues

Giovana Rodrigues

Teresina - PI

Julho, 2016

1 – Introdução[a]

As empresas atualmente estão inseridas em um mercado competitivo, no qual precisam buscar sempre a eficiência e produtividade em suas atividades. Essas organizações estão buscando cada vez mais obter conhecimento sobre seus processos e na contabilidade de custos, de forma a se manterem atraentes e garantir sua permanência no mercado.

O preço de venda dos produtos possui um papel importante em uma atividade empresarial, visto que influencia diretamente no volume das vendas e na lucratividade, por esse motivo, deve ser calculado de forma cautelosa. Além de cobrir os custos e despesas, o tipo de mercado em que se atua deve ser levado em consideração no momento de formação dos preços. Segundo Santos (1995) a fixação de preço de venda é um fator que afeta diariamente a vida de uma empresa, independentemente de seu setor de atuação, tamanho ou natureza.

Nesse contexto, o método proposto para o estudo foi o Mark-up, visto[b] que, além de ser um dos métodos mais utilizados no setor empresarial, apresenta facilidade em sua aplicação e simples entendimento. O método caracteriza-se por um índice multiplicador que levando em consideração o custo unitário e a margem de lucro desejada, objetiva a formação do preço de venda.

Tendo em vista a importância de uma formação eficiente de preços, este trabalho tem como objetivo realizar um estudo em uma loja varejista de moto peças, fazendo uma análise comparativa entre o uso do método de precificação por Mark-up e o método adotado atualmente pela empresa.

2- Fundamentação teórica

             Para melhor entender o processo de formação desse projeto, alguns conceitos são de inteira importância. Por isso, esta seção irá referir-se acerca de todo o referencial teórico utilizado na fundamentação do estudo de caso, desde a contabilidade de custo e seus métodos, formação de preço de venda até o tipo de custeio escolhido para o estudo, o Mark-up.

 

2.1- Contabilidade de custos

De acordo com Ching (1995), os processos e atividades dentro de uma organização são consumidores de recursos, por isso, estes devem ser avaliados e mensurados por meio de mecanismos e métodos a serem usados no gerenciamento. “A contabilidade de custos fornece os dados detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejar para o futuro” (Derbeck e Nagy, 2001, p. 13[c]).

“Diferentes exigências, desejos e necessidades no uso de informações provenientes da Contabilidade de Custos são exercidos por grupos internos ou externos à empresa” (KELLET; SWEETING, 1991, p. 17). O gerenciamento dos custos abrange esses dados, pois lida com a avaliação dos bens produzidos/vendidos e o controle das condições internas de exploração. Para compreender a contabilidade dos custos na gestão é preciso entender os conceitos de gastos, custos, despesas, desembolsos, investimentos, além das formas de realizar o custeio na organização.

Segundo Bernardi (2004), os desembolsos são determinados como gastos que ficam subdivididos em custos e despesas, pois estão voltados para o produto e para a empresa respectivamente. Conforme os estudos de Bruni e Famá (2002), custos são gastos com compras de mercadorias voltadas a gerar renda através da atividade comercial. As despesas se tratam de gastos ligados à produção de receita e os investimentos são ativos permanentes de longo prazo que vão depreciando e gerando despesas no futuro.

2.2 – Métodos de Custeio

O método de custeio, diz respeito à composição do valor de custo de um objeto de custeio do interesse do gestor (MARTINS; ROCHA, 2010), ou seja, baseia-se em considerar quais fatores se relacionam direto e/ou indiretamente com o custo de um produto, serviço, processo entre outros objetos de custeio de utilidade para o gestor.

Tais métodos objetivam a verificação dos gastos com o processo produtivo rateando-os de forma coordenada aos produtos. Existem vários métodos na literatura, dentre os quais se podem citar: Custeio por Absorção, Custeio Direto ou Variável e Custeio ABC.

 

2.2.1- Custeio por Absorção

Segundo Cherman (2005) esse método de custeio se caracteriza pela apropriação de todos os tipos de custos ao produto, sejam eles diretos, indiretos, fixos e variáveis. Reafirmando essa premissa, Martins (2010) cita que o Custeio por absorção deriva da aplicação dos princípios de Contabilidade geralmente aceitos e que consiste na alocação de todos os custos de produção aos bens elaborados; todos os gastos referentes ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos.

É importante ressaltar que o custeio por absorção é o mais utilizado entre todos os métodos além de ser o único método aceito pela legislação societária (Lei 6.404/76) tornando-se obrigatório no Brasil, fiscalmente falando.

2.2.2- Custeio Direto ou Variável

De acordo com Horngren, Foster e Datar (1997), esse custeio considera todos os custos variáveis de fabricação nos produtos acabados, porém os custos fixos são excluídos na alocação dos custos em cada produto. Segundo Berti (2002), várias desvantagens podem ser percebidas devido à essas características, como a exclusão dos custos fixos indiretos para valoração dos estoques causa a sua subavaliação, fere os princípios contábeis e altera o resultado do período, além de que, na prática não é tão simples e clara a separação dos custos fixos e variáveis, uma vez que a classificação é sujeita a erros e inconsistências.

2.2.3- Custeio ABC (Activity Based Costing)

O custeio ABC, segundo Padoveze (2006), objetiva encontrar quando e onde os custos fixos e indiretos surgem, além de alocá-los ao produto, identificar atividades que geram valor, diferencia e aponta quais atividades possuem uma maior participação no processo produtivo. O custeio por absorção considera todos os custos relacionados à produção, fixos ou variáveis, rateando-os dentro do custo do produto. Já o custeio variável considera somente os custos variáveis relacionando volume/quantidade/faturamento.[d]

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