A MÉTODOLOGIA CIENTÍFICA RESENHA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ ESTATÍSTICA[pic 1]

MÉTODOLOGIA CIENTÍFICA RESENHA

Ane Lara Nascimento Lima

Ultimamente, tem-se visto o mau uso de dados estatísticos em diversas áreas, principalmente em pesquisas eleitorais e de opinião. Dessa forma sendo a população manipulada pela má escolha das variáveis, da demonstração dos dados, ou através de uma manchete tendenciosa, que não deixa de existir, masque não representa a total verdade do que é apresentado.

Sob o mesmo ponto de vista, é apresentado o livro “Como mentir com estatística” do autor Darrell Huff, que vem como um instrutor de como essas informações são maquiadas e como devem ser identificadas pelo leitor. Durante os capítulos do livro, o autor mostra vários exemplos em que os dados não representam aquilo que realmente está na manchete de um jornal ou faz observações sobre a forma como são feitas as pesquisas.

No capítulo 1, o livro aborda uma manchete de uma notícia referente a média de quanto ganha um ex-aluno da universidade de Yale. Em que mostra um valor muito alto anualmente, e apesar daqueles números refletirem a realidade de uma parte desses ex-alunos, não mostra o da maioria. Sendo assim uma amostra tendenciosa, que faz os leitores obterem expectativas, e a um público específico preferir certa universidade baseado em equívocos.

No capítulo 2, trata-se de como um estatístico pode escolher uma medida de tendência central para melhor representar a realidade dos dados, e em como essa má escolha pode manipular e afetar negativamente eventos. Com um exemplo, de mercados imobiliários e sua relação com a média de renda das famílias.

No capítulo 3, o livro retrata a ocultação de alguns dados e tamanhos de amostras ideais para cada tipo de análise. Variáveis ideais para análise de qualidade, ou maquiar dados, obter dados favoráveis ou aqueles que já estão explícitos, mas quando evidenciados vendem melhor alguns produtos.

No capítulo 4, fala-se sobre a generalização das coisas, principalmente voltado ao que é dito como inteligência e Qi pela atual sociedade. Nesse sentido, as pessoas são tratadas como se todas possuíssem as mesmas habilidades e fizessem parte de famílias e ambientes

parecidos. Medindo sua capacidade baseada em argumentos generalistas que acabam descartando outras principais fontes de conhecimento.

Nos capítulos 5 e 6, demonstram-se os gráficos ideais para representar de forma correta cada tipo de variável, amostra e tipo de público para qual será apresentado, visto que algumas pessoas que já possuem conhecimento na área entendem esses gráficos com mais facilidade, já outros que são leigos, precisariam de gráficos mais explicados para compreender corretamente os dados. Assim como figuras quando dimensionadas podem representar de uma forma diferente algumas pessoas ou paisagens.

No capítulo 7, é mostrado como algumas situações são provadas de forma errônea, pois são demonstrados outros elementos, tentando provar que são equivalentes ao que deveria ter sido provado primeiramente, mas não tem nenhuma relação as duas coisas. Assim, passam a tentar chegar a absurdos sendo supostamente verdadeiros. Dessa forma, unindo duas variáveis sem relação para tentar chegar à conclusões favoráveis ao experimento, mesmo que não seja totalmente verdadeiros.

Diante disso, o livro aborda inúmeros casos que podem acontecer de manuseio de dados para manipulação da população, levando-os a investir em determinado produto baseado em informações claras, mas quando ditas carregam um peso maior diante das decisões. Pode- se perceber também, que em uma parte dos casos, não significa que aquele dado apresentado está errado ou equivocado, o obstáculo dele é que representa somente uma parte da amostra, as vezes a parte mais favorecida, para convencer outras pessoas a consumi-la. Assim, o objetivo do livro foi alcançado, e conseguiu ser didático e expor problemas cotidianos para melhor compreensão da população.

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