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MATEMÁTICA SEM BARREIRAS

Por:   •  9/9/2015  •  Artigo  •  3.235 Palavras (13 Páginas)  •  256 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A forma de ensinar não dever privilegiar a simples transmissão de conhecimentos do professor ao aluno. Quando são apresentados conceitos prontos, subtrai-se a possibilidade do aluno estabelecer relações importantes para a compreensão destes conceitos. Preservando as características que cada objeto do conhecimento tem em sua utilização social real, mesmo que este pareça complexo, permite que o aluno se aproxime aos poucos desse conhecimento, assimilando aquilo que lhe é significativo, experimentando, errando e acertando.

Para atrair a atenção do aluno e estimular o seu raciocínio, o conteúdo de matemática deve ser apresentado sob a forma de textos, jogos, desafios, manipulação de material concreto, gravuras, histórias, brincadeiras, enfim, o lúdico, articulando-os com outras disciplinas vinculadas às situações incentivadoras relacionadas a vivencia do aluno.

Saber o porquê de estudar determinado assunto e onde irá utilizar o que aprendeu, conta muito. Aliado a tudo isso, entra o professor como mediador, criador de um ambiente acolhedor que passa segurança, resgata emoções, explora a oralidade, favorece a interação e aproxima-se do aluno como parceiro, passando-lhe confiança. Dessa forma, fica claro que o ensino em que acreditamos volta-se muito mais para o processo de que para o produto, nos permitindo então, vislumbrar uma nova dimensão para a prática escolar em sintonia com as pesquisas sobre a aquisição do conhecimento e da aprendizagem.

Assim, este trabalho tem como objetivo repensar as aulas de matemática, refletindo e lançando um novo olhar na nossa prática docente, possibilitando uma nova visão de mundo e de conhecimentos, tomando consciência das mudanças que se realizam sob nossos olhos, compreendendo que a interdisciplinaridade permite aprender brincando, ao mesmo tempo em que desenvolve vários competências e habilidades. Para isso, pretendemos identificar macro-problemas correlacionados com ensino-aprendizagem da matemática; incentivar a quebra de velhos paradigmas e contribuir para uma reflexão mais profunda acerca das várias dificuldades e aflições por quais passam os alunos nas aulas de matemática.

A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica com a metodologia da pesquisa de campo, e as técnicas da entrevista semiestruturada, buscando embasamento teórico para as afirmativas e posturas aqui pontudas. Para a pesquisa bibliográfica utilizamos como base os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s, D’AMBRÓSIO (1996), FREIRE (1982), MARKARIAN (2004). A pesquisa de campo e a entrevista semiestruturada, tem como finalidade fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre o assunto em estudo.

VENCENDO MITOS E CONFLITOS NA APRENDIZAGEM E NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Conhecemos bem o grande preconceito que as pessoas têm sobre esta disciplina, por esse motivo precisamos pensar em estratégias para vencer os mitos e conflitos envolvidos na aprendizagem matemática, visto que esta é essencial para uma boa formação escolar.

O objetivo da Matemática é um tanto imperceptível. A abstração das propriedades quantitativas ou geométricas que caracterizam as primeiras noções estudadas nos cursos de matemática constituem um processo se complicada assimilação (MARKARIAN, 2004). Pequenos erros neste processo tornaram muito difícil a assimilação de novos conceitos e procedimentos, gerando grandes traumas futuros. Por outro lado, a memorização de uma nomenclatura diferente e muito precisa introduz componentes que não são usuais na vida diária. É preciso que a escola tenha bem claro que seu papel não é de “passar” conhecimentos matemáticos apenas para cumprir a lista de conteúdos determinados para esta ou aquela fase, onde não acontecerá o aprendizado e sim, simplesmente a memorização com fim classificatório, mas sim, o de proporcionar a possibilidade de fazer matemática, o que é muito mais do que memorizar resultados (SANTOS, 2004).

Para isso, o aluno deve ser constantemente estimulado a resolver problemas, sejam eles provenientes de ambientes matematicamente elaborados, ou problemas ligados a sua realidade, envolvendo ou não conceitos matemáticos, mas que ao exigir uma solução lógica ela apareça vinda do ambiente escolar ou das experiências e saberes antes adquiridos. Sem métodos e processos adequados de estudo, continuaremos a ver alunos mal informados se tornando professores, engenheiros, economistas, etc. igualmente mal informados, e consequentemente profissionais despreparados para o mercado de trabalho tão concorrido e exigente. Precisamos

Fazer com que se tenha a Matemática para todos, transformar o ensino que leve em conta os sujeitos humanos constitui grande desafio para o professor que tem compromisso ético com uma sociedade mais justa e igualitária que se preocupa com os excluídos e com o futuro dos alunos. Desse modo, um currículo de Matemática deve procurar contribuir, de um lado para valorização da pluralidade sociocultural, impedindo o processo de submissão no confronto com outras culturas, de outro, criar condições para que o aluno transcenda um modo de vida restrito a um determinado espaço social e se torne ativo na transformação de seu ambiente. (PCN, 1997, p. 30).

Para tanto, o ensino da Matemática prestará sua contribuição na medida em que favoreça a criatividade, o senso crítico, a autonomia, a confiança para resolver problemas e enfrentar desafios. Assim, a recomendação do uso de jogos aliados a assuntos do dia-a-dia em classe, se torna uma ótima alternativa na construção do conhecimento matemático. O ensino da Matemática por sua vez, pode e deve auxiliar na percepção da realidade e na sua intervenção e, portanto, colaborar para a formação de uma visão crítica do mundo.

A Matemática precisa ser ensinada como um instrumento para a interpretação do mundo em seus vários contextos, formando assim, para a criticidade, indagação e cidadania; negando a memorização, a mecanização, alienação e consequentemente a exclusão. Afirmações como a do sábio Galileu Galilei, segundo a qual a natureza está escrita em linguagem matemática, dão uma ideia da importância adquirida por esse ramo do saber na evolução de todas as ciências. Como a área do conhecimento que estuda o mundo por meio do raciocínio abstrato e da lógica, sem preocupar-se com a comprovação experimental dos fatos, a matemática compreende a descrição do espaço e suas formas, assim como a quantificação de suas grandezas por comparação, as conexões relativas e a invenção de símbolos de numeração e outras funções semelhantes.

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