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A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL: DESAFIOS PARA A DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL

Por:   •  2/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.184 Palavras (5 Páginas)  •  211 Visualizações

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 A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL: DESAFIOS PARA A DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL

                                                        Luciano Sabino Leães*

DESENVOLVIMENTO

A docência requer mais do que a competência para saber ensinar, transmitir conhecimentos, é uma profissão que atua na perspectiva da formação cidadã e que lida com demandas diversas da sociedade contemporânea. Por esses e outros fatores, investigar a prática docente e seus elementos é mais que importante, é essencial.

Os desafios da profissão docente perpassam o aspecto da intensificação e da diversificação do trabalho docente, como abordada por Kuenzer e Caldas (2009), destacando os desafios de ordem mais extrínseca ao trabalho em sala de aula, como a desvalorização social e salarial, as condições de trabalho, a carga mental devido ao envolvimento pessoal e a violência dos diversos contextos

É preciso partir do pressuposto que o trabalho docente na Universidade é realizado com base nas relações políticas e sociais constituídas, e possui grande número de características conflituosas como, por exemplo, o fato de que a educação é ao mesmo tempo emancipação e alienação e necessita ser analisada a partir das relações que os professores estabelecem com as demandas e as pressões sociais e suas condições efetivas de trabalho nas instituições.

O modelo educacional brasileiro, após sua implementação, tem em sua composição organizacional a característica de privilegiar a construção de conhecimentos e de experiências profissionais como pré-requisitos necessários àqueles profissionais interessados em atuarem como docentes nas universidades e demais instituições de Ensino Superior do país (RIBEIRO e NASCIMENTO, 2015). Partindo-se dessa premissa, torna-se necessário que seja feita uma reflexão acerca da docência universitária.

Muitos professores da Educação Superior, ainda, continuam levando em conta apenas sua própria formação técnica profissional associada às experiências profissionais e docentes, acreditando que não há nada a ser alterado no atual processo de ensino aprendizagem (RIBEIRO e NASCIMENTO, 2015).

A formação para o exercício da Educação Superior pode ser vista como um campo em que há muito por se fazer em termos de pesquisas e práticas.

De acordo com Masetto (2003), a Educação Superior, não tem uma longa história de investimento tanto por parte dos profissionais quanto de espaços e agências formadoras. Sua importância surge no Brasil, somente, há décadas atrás, em decorrência de uma autocrítica por parte de diversos membros da academia, principalmente dos docentes.

Este estudo objetiva constituir o estado da arte da temática Didática no/do Ensino Superior, com vistas a identificar os relevos e as concordâncias nas teses e dissertações, bem como organizar um balanço dos estudos publicados na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), analisando qual foi o foco de discussão da didática e práxis educativa para desvelar reflexões analíticas sobre as temáticas.

Durante muito tempo, admitiu-se que o papel do professor era o de ensinar. Provavelmente a maioria das pessoas ainda concorde com isso. Mas não há consenso entre os especialistas em educação. Para alguns, o principal papel do professor não é o de ensinar, mas de ajudar o estudante a aprender; para outros sua finalidade primordial é o processo de ensino aprendizagem. Todavia, os desafios do professor universitário nos dias atuais requerem um profissional com características diferentes daquelas que foram adotadas como importantes no século passado.

A docência na Educação Superior não pode ser exercida apenas por especialistas em determinada área do conhecimento que buscam nas aulas uma forma de complementar seu salário. Perrenoud (2000) enfatiza que é necessário um profissional capaz de gerar sua própria formação contínua e que domine os conteúdos a serem ensinados e os traduza em objetivos, ultrapassando uma visão de formação fragmentada da realidade educacional.

A docência é um tema de grande relevância na pesquisa educacional e vem sendo investigado sob perspectivas diversas, tais como: docência como profissão, formação inicial e continuada de professores/as, prática docente, saberes docentes, identidade profissional, condições de trabalho, adoecimento, mal-estar docente e precarização. Nesse contexto, destacamos alguns autores, a saber: Veiga (2008), Alves (2006), Tardif (2002; 2007) e Kuenzer e Caldas (2009).

Ensinar na educação superior, até a década de 1970, significava “ministrar grandes aulas expositivas ou palestras sobre um determinado assunto dominado pelo conferencista, mostrar, na prática, como se fazia” (MASETTO, 1998, p.11). Sendo que nesta época, a formação pedagógica para o ensino não era uma prioridade educacional.

De acordo com Grillo et al (2000) na atualidade, as exigências com a docência universitária têm sido consideradas uma caixa de segredos, na qual as políticas públicas omitiram determinações quanto ao processo do ensinar, ficando o mesmo afeto à instituição educacional, que por sua vez o pressupõe integrante da concepção de liberdade acadêmica docente.

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