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A Análise do Filme Germinal de Émile Zola

Por:   •  31/10/2020  •  Monografia  •  644 Palavras (3 Páginas)  •  232 Visualizações

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Análise do filme Germinal de Émile Zola, lançado no ano de 1993, que descreve o início da organização política e sindical da classe operária no norte da França, assim como, as características técnicas da extração de minerais e as condições de trabalho aos quais eram submetidos os mineiros.

Da maneira mais fiel que foi possível demonstrar, o filme Germinal aborda as relações de trabalho numa mina de carvão ao norte da França, as lutas de classes existentes na sociedade capitalista, o processo de instalação deste capitalismo nas cidades e o ritmo frenético de produção que aos quais os trabalhadores eram submetidos. Mostra também a exploração por parte dos empresários que submetiam os trabalhadores a um ritmo desumano de produção. O autor relaciona diretamente a película aos primeiros movimentos de greve que ocorreram nas minas de carvão. A classe trabalhadora, cansada das péssimas condições de trabalho, situação de miséria, salários vergonhosos e exploração, iniciou um movimento que se aproxima do sindicalismo atual. O processo de produção do modelo capitalista e a expansão do capital, movimento estes que iam contra as necessidades daqueles que produziam, são bem retratados mostrando o momento histórico, os problemas sociais, econômico, políticos e culturais que antecediam e moldavam a revolução industrial.

O processo de produção com suas péssimas condições de trabalho e remuneração exigia que todos da família trabalhassem para que suas necessidades básicas fossem supridas. Ainda que todos se dispusessem a trabalhar, não era possível manter dignamente um lar com o salário que era pago. Homens, mulheres e crianças eram expostos à mesma periculosidade que envolvia o trabalho de mineração de carvão. Para as mulheres ia mais além. Tinham a responsabilidade do trabalho doméstico, de cuidar dos filhos e ainda se submetiam a jornadas extremamente exaustivas para, no fim, ter que ver seus filhos ainda pequenos irem trabalhar nas mesmas condições que elas porque o que recebiam não dava para suprir o básico para sua subsistência. A luta com os opressores já não podia ser adiada. O processo de pagamento era feito de maneira abusiva e desumana. Os empresários alegavam que davam casa e aquecimento e se baseavam nesses “benefícios” para explorar a mão de obra escrava. Funcionava basicamente como uma troca de favores: Eles davam casa e aquecimento por um preço X e os trabalhadores forneciam a mão de obra por um preço Y, valor este que era sempre menor e nunca chegava ao lucro, fazendo com que os trabalhadores ficassem com uma dívida eterna com os empregadores. Além desse débito eterno, os trabalhadores eram multados sempre que ocorria algum desmoronamento nas minas, o que aumentava ainda mais suas dívidas.

O personagem chave desta película, alinhado com as ideias de Marx, acreditava na evolução das forças naturais e isso o fez entrar em negociação com os donos das minas para a obtenção de salários maiores. Alguns de seus companheiros não deram crédito a essas ideias e consideravam perda de tempo. Com suas ideias já permeando a mente de alguns trabalhadores, o movimento de greve já era cogitado, porém, era necessário uma melhor organização e engajamento de uma parcela maior dos operários. O sindicato começa a criar contornos diante das ideias de justiça trabalhista. O movimento teria que lutar com forças extremas. De um lado os donos das minas, que coagiam os operários a não participar de movimentos políticos ameaçando-os com demissão, redução de salários e multas. De outro lado a igreja, que se omitiu pois dependia diretamente do capitalismo para que continuasse existindo. No fim, esta se alia ao patronal.

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