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A Evolução do pensamento em administração

Por:   •  24/5/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.690 Palavras (7 Páginas)  •  670 Visualizações

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Resumo: Capítulo 2 - A evolução do pensamento em administração

TEORIA EM ADMINISTRAÇÃO

A criação das diversas teorias administrativas e organizacionais se justifica pela necessidade de adotar as melhores práticas que possam contribuir para o aprimoramento do desempenho das organizações, levando em consideração as características necessárias a sua inserção no mercado. As teorias podem ser vistas como um conjunto coerente de suposições elaboradas para explicar a relação entre dois ou mais fatos observáveis e prover uma base sólida para prever eventos futuros.

O objetivo das teorias administrativas é entender as organizações como um fenômeno social e propor modelos que levem a melhor forma de gerenciamento das mesmas, elas servem de guia para as decisões da administração. Estudar as teorias administrativas é importante, pois: As teorias influenciam a prática, servindo como guia para as decisões da organização; As teorias influenciam a forma como enxergamos as pessoas, organizações e o meio em que elas estão inseridas; As teorias servem como fonte de compreensão e/ou previsão de práticas observadas nas organizações.

As teorias administrativas se classificam em: Complementares, que questionam parcialmente o conceito das teorias anteriores e desenvolvem conceitos mais complexos, incorporando e aperfeiçoando os existentes; e Incomensuráveis, que, baseadas em pressupostos contraditórios entre si, desenvolvem corpos de conhecimento essencialmente diferentes e até antagônicos.

“ORGANIZAR” E “ADMINISTRAR” COMO PRÁTICAS SECULARES

A administração e a organização são práticas utilizadas pelos seres humanos desde antes de Cristo nas sociedades suméria, egípcia e romana. Parte das técnicas utilizadas atualmente evoluiu das técnicas seculares e foram sendo aperfeiçoadas e consolidadas ao longo da trajetória histórica.

Administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo.

CONDIÇÕES GERADORAS DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO

A revolução industrial e a consolidação do capitalismo: As condições para o estudo da administração se solidificam no decorrer do século XVIII como a revolução industrial e a consolidação do capitalismo. As mudanças observadas com declínio do feudalismo e o início da Revolução Industrial trouxeram consigo novos princípios relativos a forma de organização e racionalização do trabalho. Entre elas pode-se citar: Limitação do poder do monarca absoluto e surgimento das ideias liberais; Fortalecimento das atividades comerciais e surgimento das cidades; Especialização do trabalho e formação dos núcleos de mestres artesãos e aprendizes, constituindo as corporações de oficio; Centralização de poder, recursos e influência nas mãos dos mestres-artesãos e concentração das influências manufatureiras formando, assim, a burguesia; Substituição do sistema de trabalho artesão pelo assalariado; O surgimento do sistema fabril juntamente com o crescimento da população das cidades no início da Revolução Industrial é marcado por inúmeros conflitos, sobretudo, com respeito ás precárias condições de trabalho. Eclodem várias revoltas contra o sistema fabril, é nesse contexto que se iniciam os primeiros movimentos sindicais, assim como, as primeiras leis de proteção social. Nessa época, também há a disseminação das ideias socialistas (os socialistas acreditavam que o capitalismo era um sistema irracional, gerador de desigualdades).

O processo de modernização das sociedades ocidentais: Refere-se à substituição de estruturas sociais baseadas na autoridade tradicional (representada por patriarcas e anciãos em sociedades antigas ou pelo senhoril feudal) por outras baseadas na autoridade racional-legal (fundamenta-se em regras e normas estabelecidas por um regulamento reconhecido e aceito por todos numa comunidade) e pela emergência de uma lógica de mercado. Esse processo foi conduzido pelo capitalismo, pois, esse sistema sugeriu modificações estruturais nas formas de autoridade que serviam de alicerce para as sociedades.

Precursores da escola clássica de administração: A entrada do capitalismo na fase monopolista marca a adoção das contribuições dessa escola. A concentração dos mercados permitiu a produção em série e altos lucros e os problemas de desperdício e falta de eficiência requeriam respostas sistemáticas e coerentes de administração.

As concepções e orientações acerca da natureza, indivíduo e economia: os principais representantes dessa escola eram influenciados pelas ciências, bem como pela filosofia individualista e liberal. É importante destacar a influência do pensamento liberal que aponta os ganhos de eficiência que poderiam ser alcançados ao nível das nações com a divisão e a especialização do trabalho. As ideias da escola clássica de administração foram desenvolvidas por um grupo de autores diretamente envolvidos com a prática gerencial, os quais buscaram desenvolver princípios racionais que tornariam a administração mais eficiente. A escola clássica de administração pode ser dividida em três correntes; Administração Científica, Gestão Administrativa e Teoria da Burocracia.

Administração Científica: Essa corrente está focada nas questões da melhoria da produtividade. A aplicação de seus princípios está ligada a existência de uma força de trabalho, desqualificada e barata. O principal representante dessa corrente foi Frederick Winslow Taylor, ele propõe resolver o problema da eficiência mediante a dissociação do processo de trabalho das especialidades dos trabalhadores, a separação da concepção e execução no processo de trabalho, a utilização do monopólio do conhecimento para controlar cada fase do processo de trabalho e seu modo de execução.

Há uma única maneira certa para desempenhar uma tarefa visando maximizar a sua eficiência e assegurando o máximo rendimento ou produtividade. Eliminando todo o esforço desnecessário e buscando uma sequência certa de atividades, o trabalho se torna rápido e eficiente e, paralelamente, pode ser desempenhado por trabalhadores pouco qualificados, que são passíveis de serem treinados rapidamente e a baixo custo; Reconhecimento da importância de um processo de seleção científica do trabalhador, que adapte duas características e aptidões às funções a serem desempenhadas; Introdução de uma forma de remuneração baseada em incentivos materiais (os trabalhadores ganhavam em função do que produziam). Contribuições: Melhoria na produtividade e da eficiência; Cria a base para o desenvolvimento das cadeias de produção e propicia a produção em massa; Introduz formato de remuneração associado à produtividade. Limitações dessa corrente: Concebia a organização como um sistema fechado sem influencias externas; Baseava-se em pressupostos motivacionais materiais e simplistas; Criava condições propicias para a alienação do trabalhador, pois, aumentava excessivamente o processo de especialização e divisão do trabalho.

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