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A Governança Corporativa

Por:   •  4/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  925 Palavras (4 Páginas)  •  839 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de análise

Disciplina: Governança Corporativa

Módulo: 4

Aluno: Anderson de Oliveira Marques

Turma: ONL017AI-ZOFINPF07T1

Tarefa: Atividade Individual

1. Narrativa sobre como as estratégias organizacionais devem levar em conta os princípios da governança corporativa: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa

Conforme o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, “governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre os sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas”. (IBGC, 2016, pg. 21). Tal sistema é sustentado em quatro pilares: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Esses pilares são como os Mandamentos para o Cristianismo, regras de conduta que as empresas devem seguir para manter o bom relacionamento com todos os “stakeholders”.

As empresas devem considerar os princípios de GC em suas estratégias pois suas utilizações tendem a agregar valor à Companhia, com a consequente redução no custo para captação de capital. Isso ocorre, pois, os acionistas sentem-se mais seguros ao investir em Sociedades que se preocupam em: ser transparentes nas ações de governança; tratar de forma igualitária todos os acionistas; ser responsáveis por todos os atos e omissões no exercício dos mandatos de seus agentes; cuidar da visão de longo prazo da Companhia, incorporando, ao longo do tempo, as considerações de ordem social e ambiental na definição de negócios.

Entendendo que a empresa segue estes princípios, o investidor sente-se real parceiro do negócio proposto pela CIA; clientes e fornecedores ficam integrados aos processos da organização; empregados sentem-se parte do processo de crescimento contínuo da empresa; o governo pois estas organizações acabam tornando-se contribuintes potenciais, além de geradores de emprego e renda; e a sociedade, pois se beneficia através de projetos sociais e também pelas propostas de redução de impactos ambientais no decurso de suas atividades. Essa sinergia proporciona crescimento sustentável às organizações.


2. Argumentação que explique o porquê de as organizações levarem em consideração não apenas os aspectos financeiros mas também as três dimensões da sustentabilidade (econômica, social e ambiental) de forma sistêmica

No início da era industrial, as empresas tinham duas preocupações básicas: redução de custos e aumentos nos lucros, sendo que as preocupações com os impactos de suas atividades na sociedade eram praticamente nulas. Com a evolução e aumento exponencial da indústria, foi ocorrendo uma mudança na postura das organizações: começaram a avaliar melhor como as decisões tomadas no ambiente interno da organização refletiam na sociedade. A partir destas avaliações, as organizações entenderam, atuando de forma ética e responsável com a sociedade e meio ambiente, o impacto financeiro também seria positivo. Com isso, as organizações, preocupadas com a continuidade, passaram a incorporar em suas práticas de governança, atos que proporcionassem benefícios para a sociedade.

3. Amarração sobre como a governança corporativa e a sustentabilidade geram legitimidade (aceitação/justificação) e atratividade para a organização

Os conceitos de governança corporativa e sustentabilidade se relacionam, pois são reflexos dos anseios da sociedade em geral. Hoje, corporações e cidadãos fazem parte do mesmo ambiente e as atitudes de um impactam no cotidiano do outro. Assim como as empresas precisam de pessoas capacitadas para desempenhar atividades dentro de suas estruturas, a sociedade necessita de empresas preocupadas com o bem-estar e continuidade da sociedade. Desta forma, empresas que atendam às boas práticas de governança corporativa e buscam seu crescimento de forma sustentável, tendem a ser mais atrativas que outras empresas.

4. Vinculação da sua narrativa a, pelo menos, um exemplo

É necessário frisar que governança corporativa não se baseia em fatos isolados; mas, deve fazer parte do cotidiano das organizações, norteando suas decisões. É fato que empresas que aderem a estas práticas correm menos riscos de incorrerem em equívocos que as prejudiquem potencialmente. Ainda assim, em algum momento, agem em contrariedade aos princípios perseguidos e, fatalmente, sofrem as consequências.   Exemplo semelhante ocorreu em 2017, quando empresas brasileiras do setor de frigoríficos enfrentaram severa e negativa evidência, em função da Operação Carne Fraca, desencadeada pela Polícia Federal. Os principais frigoríficos brasileiros foram acusados de vender produtos deteriorados e com prazos de validade vencidos, o que afetou rigorosamente a credibilidade destas empresas.

Se convertermos em valores, a BRF, por exemplo, atingiu um prejuízo de R$ 167,3 milhões no 2º trimestre de 2017 - época do escândalo - devido a restrições nas importações, impostas por países de alto consumo, como a China, e também por despesas extras causados pela investigação. (TREVIZAN, 2017).

À época, o Ministério da Agricultura, através do Ministro Blairo Maggi, projetou um prejuízo anual de US$ 1,5 Bilhão por ano em função dos desdobramentos da investigação. Já a JBS, maior frigorífico brasileiro, chegou a paralisar suas atividades em 33 das 36 unidades de abate existentes no país, em decorrência da paralisação nas exportações do período. (RIBEIRO; KATAYAMA, 2017).

Por fim, verifica-se que empresas que agem em desconformidade com os princípios de GC, como falta de transparência e responsabilidade corporativa, exemplificadas acima, prejudicam não somente a elas mesmas, mas a todos os “stakeholders” como sociedade, governo, fornecedores, clientes e funcionários.

,Referências bibliográficas

BLAIRO Maggi defendeu sistema de controle de qualidade da carne brasileira e disse que exportação passou de R$ 63 milhões para R$ 74 mil na terça-feira. Disponível em: . Acesso em: 30 dez. 2017.

Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Código das melhores práticas de governança corporativa. 5.ed. / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. - São Paulo, SP: IBGC, 2015. 108p.

TREVIZAN, Karina. Operação Carne Fraca leva BRF a prejuízo de R$ 167 milhões no 2º trimestre. 2017. Disponível em: . Acesso em: 30 dez. 2017.

NASCIMENTO, Auster Moreira et al. Controladoria: Um enfoque na eficácia organizacional. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013. do-pais.html>. Acesso em: 30 dez. 2017.

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