A Organização do Conhecimento

Posicionamento Crítico Individual

“A Organização do Conhecimento: Como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões.”

Uma análise extensa e apurada é apresentada sobre o fenômeno ocorrido na ágil e inconstante ‘sociedade do conhecimento’: A organização do conhecimento.

Choo apresenta conceitos por meios de pesquisas sobre a teoria organizacional e ciência da informação dentro de uma empresa. Nestas pesquisas revelam que as empresas criam e utilizam a informação em três pilares ditos estratégicos:

Primeiramente a empresa decifra a informação sobre o ambiente de modo a dar significado ao que está acontecendo à organização e ao que ela está fazendo:

A criação de significados dá-se a partir da compreensão do ambiente, o que confere maior entendimento aos membros da organização quanto às mudanças, determinando assim seu significado e promovendo previsibilidade e estabilização. Woida et al. (2006) acreditam que essa situação desencadeia o andamento do processo de criação de significado obrigando esforços dos indivíduos da organização, que devem interpretar o novo ambiente com a finalidade de aprofundar essas “compreensões”, selecionar interpretações e aplicá-las, por meio do estabelecimento de relações.

Em Segundo lugar, cria novos conhecimentos, combinando a experiência de seus membros, de modo a aprender e inovar:

Teixeira Filho (2000) admite que no ambiente corporativo, esse conhecimento é inerente às atividades rotineiras. Em razão disso torna-se difícil perceber, mas é extremamente importante mencionar que o fato de não ser facilmente mapeado não significa sua ausência. O conhecimento não se encontra apenas nos documentos, bases de dados e sistemas de informação, mas também nos processos de negócio, nas práticas dos grupos e na experiência acumulada pelas pessoas.

A maneira de construção de conhecimento tem como condição o trabalho mental do indivíduo, mas configura a ideologia de que o contexto tem a capacidade de interferir nessa estrutura, ou seja, o indivíduo é sujeitado a uma imensa carga de estímulos, tanto internos quanto externos. Por isso, é imprescindível mediar o clima e a dinâmica dessa relação.

A interação entre os indivíduos possibilita a construção do conhecimento conjunto e coletivo, o qual se denominará conhecimento organizacional. Nonaka & Takeuschi (1997) explicam que o ‘novo’ conhecimento agregará características particulares, consequência do modo de conversão pelo qual foi gerado.

Em terceiro, processa e analisa a informação de modo a escolher e efetuar cursos de ações apropriadas:

Oliveira e Bertucci (2003) consideram que o gerenciamento da informação tornou-se um instrumento estratégico necessário para controlar e auxiliar decisões, através de melhorias no fluxo da informação, do controle, análise e consolidação da informação para o usuário.

Choo (2003) caracteriza o processo de tomada de decisão na organização uma atribuição aos indivíduos que a compõem. Uma atividade essencialmente humana, onde é exigida grande capacidade racional. Metas e objetivos são estabelecidos previamente e, quando encontram dificuldades quanto ao atendimento dos objetivos, os indivíduos procuram informações sobre possíveis alternativas e consequências, avaliam os resultados de acordo com os objetivos e preferências.

Tais perspectivas são agrupadas num modelo de organização em que ela passa a ser um conjunto de conhecimento, na qual a busca de significado, a criação de conhecimento e a tomada de decisão se incorporam e formam uma ferramenta de busca e uso da informação que faz a empresa possuir mudanças, não só internas, mas mercadologicamente externas também, que refletem em sua vantagem competitiva.

Acredito que o uso estratégico da informação para atuação na construção do significado, criação de conhecimento e tomada de decisão é válida e pode ser aplicado de forma prática no ambiente corporativo. Porém a identificação de suas etapas e formatação de seus processos não é uma tarefa fácil, não será como uma receita de bolo em que haverá padrões de aplicação e instruções cronologicamente adotadas para elaboração de tal estratégia, situação que deixa sua ação árdua e dificultosa, partindo do principio que cada organização possui a sua especificidade. Há a necessidade de uma profunda análise do ambiente organizacional.