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ANUÁRIO EMPRESAS ÁEREAS

Por:   •  28/11/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.528 Palavras (7 Páginas)  •  291 Visualizações

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Apresentação

O setor da aviação civil destaca-se mundialmente por sua tradição nos processos de coleta, processamento e divulgação de dados e informações. Diversas instituições públicas e privadas ao redor do mundo coletam e divulgam dados sobre o setor aéreo desde o início do século XX, mantendo séries temporais com razoáveis níveis de consistência e buscando padronizar conceitos e metodologias de apuração, com vistas a permitir a comparação entre os dados coletados em países diversos

Em 2015, o transporte aéreo desenvolveu-se em um cenário de recessão econômica no Brasil, o que afetou diretamente a demanda por voos.

Na análise dos principais fatores que afetaram os custos do setor no ano, observou-se que o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional apresentou queda acentuada com relação aos preços de 2014, que oscilaram próximos à casa dos US$ 100,00 na maior parte do ano. O preço médio no ano de 2015 (US$ 50,76) foi 47% inferior à média da cotação de 2014 (US$ 50,79)1. O preço internacional do barril de petróleo é adotado como base de precificação do querosene de aviação no Brasil, que é um dos principais insumos do setor e que representou aproximadamente 30% do total de custos e despesas da indústria em 2015

Assim, em 2015, foi transportado o número recorde de 117,8 milhões de passageiros pagos no país, 96,2 milhões em voos domésticos e 21,6 milhões em voos internacionais. Com este resultado, o setor registrou mais de 63 milhões de passageiros incluídos nos últimos dez anos

A liderança no mercado doméstico em termos de demanda (RPK) manteve-se com a Tam, com 36,7% de participação em 2015, seguida pela Gol, com 35,9%, pela Azul com 17,0%, e pela Avianca, com 9,4%. Tam e Gol tiveram sua participação no mercado doméstico reduzida em 3,8% e 0,6%, respectivamente, com relação ao ano de 2014, enquanto Azul e Avianca registraram crescimento de 2,1% e 12,8%, respectivamente

A taxa de aproveitamento dos assentos das aeronaves em voos domésticos (RPK/ASK) foi a melhor em dez anos, tendo alcançado 79,8% em 2015, o que representou melhora de 0,1% em relação à registrada em 2014 e de 12,7% quando comparada com 2006. No mercado internacional, o aproveitamento das aeronaves de 2015 diminuiu 1,5% em relação a 2014, com 78,8%, e foi 3,9% inferior em relação a 2006

A quantidade de carga paga transportada em voos domésticos atingiu 357 mil toneladas, com variação negativa de 8,1% em relação ao ano anterior e alta de 12,6% com relação a 2006. No mercado internacional, a quantidade de carga paga transportada registrou crescimento médio de 2,4% ao ano os últimos dez anos e atingiu 750 mil toneladas em 2015, o que representou queda de 5,2% em relação a 2014 e alta de 24% desde 2006.

O faturamento com receitas de voo das empresas brasileiras concessionárias dos serviços de transporte aéreo público foi da ordem de 35,2 bilhões de reais em 2015, o que representou crescimento de 7,1% em relação a 2014. O principal item das receitas de voo foi a receita de passagens, com participação de 82,4%, seguida da receita de carga, que representou 6,1%.

O resultado financeiro do setor, que é composto, principalmente, por ganhos e perdas decorrentes de variação cambial, juros de empréstimos/financiamentos e por ganhos e perdas com instrumentos financeiros, foi negativo em 4,8 bilhões de reais em 2015.

Assim, o setor apurou prejuízo pelo quinto exercício social consecutivo, com resultado líquido negativo recorde de 5,9 bilhões de reais em 2015, correspondente a uma margem líquida negativa de 17,6%. O prejuízo acumulado desde 2011 superou a cifra de 15 bilhões de reais.

Treze empresas brasileiras prestaram serviços de transporte aéreo público regular e não regular, exceto táxi-aéreo, no ano de 2015, sendo que três realizaram essencialmente operações de carga. Já as estrangeiras somaram 79 empresas operando em 2015, com 23 atuando apenas no mercado de transporte de carga.

Entre as empresas brasileiras, destacaram-se quatro empresas, que alcançaram, individualmente, mais de 1% de participação no mercado doméstico (em termos de RPK) e que juntas representaram 98,4% dos passageiros transportados em voos domésticos no país. São elas: Gol, Tam, Azul e Avianca. Já entre as essencialmente cargueiras, destacou-se a empresa Absa, que transportou 12,6% do total da carga paga no mercado doméstico.

A seguir, uma breve descrição de cada uma dessas principais empresas aéreas brasileiras:

Azul

A Azul iniciou suas operações em dezembro de 2008 e figurou como a terceira principal empresa aérea brasileira em 2015, tendo sido responsável por 17,0% do RPK doméstico e pelo transporte de mais de 20 milhões de passageiros pagos em voos domésticos. Realizou operações em 106 aeroportos brasileiros e em 4 aeroportos no exterior. A empresa foi responsável, ainda, por 9,3% da carga paga doméstica transportada em 2015. Contava, em dezembro de 2015, com uma frota de 151 aeronaves com capacidade entre 47 e 271 passageiros. Seu quadro de pessoal contou com 10,5 mil empregados, entre estes, 1,5 mil pilotos e co-pilotos e 2 mil comissários. Sua receita de voo foi de 6,6 bilhões de reais.

Pessoal

A quantidade total de empregados do quadro de pessoal das empresas aéreas brasileiras reduziu 4,8% no ano de 2015 em relação ao ano anterior. Pilotos e co-pilotos representaram 10,2% do total e comissários 19,4%.

O indicador do número de empregados por aeronave das empresas aéreas brasileiras, por sua vez, registrou queda de 6,5%, tendo passado de 111,6 em 2014 para 104,4 em 2015.

Já o número de pilotos e co-pilotos para cada mil decolagens manteve-se praticamente estável em 2015, quando comparado com o ano anterior, tendo passado de 6,1 para 6,0 no período observado.

Estes são alguns dos indicadores utilizados para avaliar a eficiência operacional de uma empresa aérea.

A seguir, são apresentados os números por empresa.

 

Figura 2.1: Quantidade de empregados por categoria – empresas aéreas brasileiras, 2011 a 2015

6.393 6.371 5.698 5.956 5.935 1.484 42 36 51 35 11.601 11.996 11.059 11.293 11.338 8.255 8.023 8.438 8.802 8.045 8.687 9.151 11.094 11.011 10.067 25.381 25.537 22.974 24.166 22.939 2011 2012 2013 2014 2015 Outros Pessoal de Tarifação e Vendas Pessoal de Manutenção e Revisão Geral Tripulação de cabine Outros tripulantes de voo Pilotos e Co-pilotos

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