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Análise do papel dos gerentes nas organizações contemporâneas

Por:   •  26/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.137 Palavras (5 Páginas)  •  1.564 Visualizações

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Matriz de atividade individual

Módulo: 1 – administração, conceitos e aplicações

Atividade: Individual

Título: Análise do papel dos gerentes nas organizações contemporâneas

Aluno: Wagner Augusto Pires

Disciplina: Introdução à Administração

Turma: GRDMEAD_T0105_0214

Introdução

Em um mundo cada vez mais globalizado, onde todos os dias o avanço das tecnologias geram novas e intensas descobertas e hábitos, as organizações estão tendo que se reorganizarem para acompanhar estes novos tempos. Alterações em seu sistema organizacional são necessárias para que elas se tornem aptas a responder com eficácia a esta nova dinâmica do mercado. Sob este contexto, seus gestores tem que assumir novos papéis e desenvolverem novas competências.

Este estudo propõe-se a descrever estas novas tarefas e competências, bem como decorrer sobre habilidades necessárias aos gerentes para desenvolvê-las.

Tarefas a serem desempenhadas pelo gerente

Segundo Motta o trabalho gerencial é atípico. Não se parece com nenhuma outra função. Por isso torna-se difícil descrevê-lo.

[...] ser dirigente é como reger uma orquestra, onde as partituras mudam a cada instante e os músicos têm liberdade para marcar seu próprio compasso. A função gerencial não se assemelha com nenhuma outra atividade ou profissão; tornando-se difícil caracterizá-lo, sem gerar controvérsias sobre sua natureza. Portanto, apesar de muitas pesquisas e estudos diversos, permanece ainda um tanto ambígua e até mesmo misteriosa para muitos dos que tentam se aproximar de seu conteúdo (MOTTA, 1995).

Através de uma visão extremamente simplista, o termo chefe, gerente, administrador, entre outros, têm, em sua essência, a designação de uma pessoa responsável pelo trabalho de outros.

 

“O termo gerente não significa apenas o título de cargo ou posição hierárquica; antes, representa o conjunto de responsáveis por resultados com pessoas e com inovação. Isso quer dizer que presidentes, vice-presidentes, diretores, superintendentes, gerentes-gerais, chefes de departamento, chefes de setor, supervisores, encarregados, líderes de grupos são gerentes” (BOOG, 1991).

Segundo Taylor, a figura do gestor está associada às funções de tomar decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos integrantes da organização, de modo que as atividades de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar estejam em uma ordenação lógica.

Porém, as tarefas do gerente contemporâneo vão além destas atividades. Nestes novos tempos, “para atender aos requisitos do cliente, a empresa não pode mais manter o trabalho à base da tarefa” (SOUZA, 2008).

Muito mais do que um chefe, o gerente deve ser de um facilitador organizacional, combinando os aspectos relacionados às tarefas de um administrador clássico (planejamento, organização, direção e controle) com a capacidade de realizar a gestão de pessoas. Deve estimular a equipe para que se desenvolva, a fim de atender as expectativas da empresa, clientes e exigências do mercado. Trata-se de um trabalho de aprendizado continuo que gera um ciclo de treinamento, realização e monitoramento.

Nos dias de hoje, a gestão de pessoas tornou-se tão ou mais importante que a gestão de tarefas. Tendo em vista que “a inovação e a criatividade organizacional constituir-se-ão no vetor da administração” (TATTO, 2001), o gerente, hoje, deve agir como coach, treinador, orientador, capaz de estimular o desenvolvimento e a capacidade criativa de sua equipe e promover a troca de informações e aprendizado.

Competências e habilidades demandadas do gerente

A cada avanço das tecnologias e o surgimentos de novas descobertas, é exigido cada vez mais dos gestores conhecimentos específicos, experiência e aperfeiçoamento. Além de todas essas qualificações, é fundamental que um bom gestor faça a equipe entrar em sintonia para alcançar os objetivos da organização com eficiência.

O mesmo deve compreender e saber a importância do seu papel como agente de mudanças, saber como o movimento do mercado afeta seus envolvidos, a organização e consequentemente o seu trabalho.

Saber sobre relações humanas, entender como o ser humano pensa e como gosta de ser tratado nas organizações devem ser habilidades incontestáveis do gerente do time. Despertar o entusiasmo entre os membros da equipe, consideravelmente, pode ser a maior força que um gestor deve possuir. Saber premiar, elogiar seus profissionais ao fim de uma tarefa realizada com sucesso pode ser um excelente estímulo para que eles enfrentem novos desafios, como encontramos em Maquiavel, na sua obra O Príncipe:

“O administrador também deve ser mostrar um amante da virtude, honrar aquele que se sobressair em cada uma das atividades de produção humana, premiando e multiplicando os privilégios dos criativos. Premiar e incentivar os que quiserem fazer tais coisas e todos os que se esforçarem para isso.” (MAQUIAVEL,1527)

O poder de persuasão também deve ser uma das habilidades a serem trabalhadas devido a capacidade de organizar e apresentar suas ideias de modo a induzir seus ouvintes a aceitá-las. Saber ouvir deve também ser um fator indispensável de todos os gerentes contemporâneos pois a partir da comunicação com seus colaboradores e superiores o gerente é capaz de captar informações relevantes para alcançar os objetivos da organização.

Desempenhar o papel de conselheiro, guia de confiança, faz do gerente um líder, um ser prestativo, receptivo, justo e por consequência deve demonstrar um grau de autoconsciência e considerar a influência exercida pelos seus atos sobre os de seus subordinados.

Segundo Drucker (1999), na atualidade, novas práticas solicitam a aplicação da criatividade e flexibilidade nos negócios. Há necessidade de um novo modelo de liderança nas organizações contemporâneas, competindo ao gestor liberar as energias e potencial das pessoas, visando adquirir talentos, inteligência e conhecimentos para enfrentar a complexidade das mudanças.

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Bernardo Rocha de Rezende, também conhecido como Bernardinho, é um exemplo de líder brasileiro bem sucedido. Com marcas impressionantes como técnico das seleções feminina e masculina de voleibol, Bernadinho age no seu trabalho com honestidade, humildade, conhecimento, educação, comprometimento, respeito e transparência, para atingir seu foco principal: resultados. Considera que a motivação seja uma das grandes questões para todos os gestores. “A motivação baseia-se em dois pilares: o primeiro deles é a necessidade. Se você precisa, vai “correr atrás” e se dedicar. O segundo é a paixão. Se você gosta, ama o que faz, vai querer melhorar sempre” (Bernadinho, 2006).

Conclusão

Para atuar nesse mercado os futuros gerentes devem se adaptar a algumas mudanças que diz respeito às organizações contemporâneas e acima de tudo ser uma pessoa flexível para saber lhe dar com todos os incidentes que possa ocorrer. Ser autodidata, autogerenciável e sempre estar em busca do autoconhecimento são premissas fundamentais para o sucesso da carreira. Para enfrentar as instabilidades e mudanças de um mercado cada vez mais complexo, dinâmico e turbulento, as organizações contemporâneas precisam de profissionais adeptos a esta flexibilidade.

Referências bibliográficas

BERNARDINHO. Transformando suor em ouro. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

BOOG, Gustavo. O Desafio da Competência. São Paulo: Best Seller, 1991.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Desafios gerenciais para o século XXI. Tradução de Nivaldo Montigelli Júnior. São Paulo: Pioneira, 1999.  

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe [Il Principe]. São Paulo-SP: Editora Martin Claret, 2007 [1513-1516]

MOTTA, Paulo Roberto. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente.  Rio de Janeiro: Record, 1995.

SOUZA, Afonso. Coaching muda o estilo do gerente. Disponível em: http://www.rhportal.com.br/recursos-humanos/Coaching-Muda-O-Estilo-Do-Gerente.htm. Acesso em: 16/02/2014.

TATTO, Luiz. Administração - evolução, situação atual e perspectivas. Uratágua, Maringá, n.01, jul. 2001

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