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Atividade Individual Gestão Cadeia Suprimentos

Por:   •  18/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.781 Palavras (8 Páginas)  •  462 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

        

Matriz Business analytics aplicado à SCM

Disciplina: Gestão da Cadeia de Suprimentos

Módulo: Atividade Individual

Estudante: Daniel Lopes Barboza

Turma: 0722-2_2

Tarefa: Responder as 4 questões a seguir

  1. Cite as duas atividades logísticas que você considera mais importantes para a boa condução desse modelo de negócio (venda de SUV entre R$ 80 mil e R$ 110 mil).

Creio que as duas atividades que considero mais importantes são as primárias de “Gerenciamento dos Estoques” e o “Transporte”. Uma depende muito da outra, precisando ambas trabalharem em harmonia para entregar um atendimento de qualidade aos clientes de toda a cadeia.

Gerenciamento de estoques:


O gerenciamento de estoques agrega valor de tempo ao produto, agindo como reguladores da relação oferta versus demanda, detentora dos maiores custos que podem chegar até dois terços do total, essa atividade concentra muitos sistemas, estudos e oportunidades. Métodos de gerenciamento, tais como: a logística lean ou just-in-time, busca a melhoria contínua que se traduz em mais eficiência do estoque com menor custo aplicado.

Tratando-se de um produto voltado para um público de classe média alta, exigente, detalhista, que acompanha a evolução do mercado de automóveis e buscam modelos com alta tecnologia, segurança e conforto, o fato de o cliente encontrar o produto disponível para compra no estoque da concessionária faz toda a diferença, sendo que a concessionária também precisa estar num fácil acesso aos clientes. Hoje o cliente não quer injetar o seu dinheiro, que aplicado em renda fixa ou variada, pode gerar um valor mensal para agregar seu patrimônio, e aplicar num ativo imobilizado que será disponibilizado daqui a 3-6 meses, sabendo-se o mesmo desvaloriza cerca de 10% só do fato de ter saído da concessionária, torna-se algo desprezível para o cliente. O cliente no momento que decide comprar o veículo, ele precisa estar disponível, caso contrário, o cliente comprará o modelo da concorrência.

Uma empresa com um bom gerenciamento de seus estoques, precisa manter um equilíbrio entre oferta e demanda, pois um produto de alto custo, necessita um estoque rotativo enxuto e com reposição de estoque rápido, através de um sistema de ERP integrado para garantir uma comunicação eficaz com o fornecedor, evitando perdas na margem de lucro e entregando um bom nível de serviço aos clientes.

Transporte:

Também podendo absorver até dois terços dos custos logísticos, os transportes são essenciais, pois nenhuma cadeia moderna pode operar sem providenciar a movimentação dos seus produtos acabados.

Fazer o planejamento de seleção de modais, veículos a serem utilizados, analisar as vias e determinar os terminais, não é uma tarefa fácil, pois para fazer o produto chegar na hora certa e estar sempre disponível para o cliente, depende de um planejamento muito bem-feito e sincronizado. Analisando um caso do cotidiano, podemos ver o caso do SUV Hyundai Creta, se as concessionárias dependessem de importar o veículo da Coréia do Sul para o Brasil, a empresa não teria preço para concorer no mercado, pois o transporte marítimo somando com a distribuição pelo Brasil, agregaria um altíssimo valor ao preço de venda da mercadoria. Pensando nisso, o fabricante instalou sua fábrina no interior de SP, num local de fácil escoamento de seus produtos por via terrestre visando atender todo o Brasil.

O transporte deve deslocar os SUVs de um ponto de origem para um ponto de destino, com qualidade e garantia sobre a integridade da carga e a confiabilidade no que diz respeito aos prazos, mantendo a integridades dos veículos, pois qualquer dano, pode gerar grandes perdas devido ao alto custo dos produtos transportados.

           

  1. Analise como o uso de tecnologias de ponta (big data, data mining, business intelligence, etc.) pode incrementar cada uma das atividades logísticas isoladamente.

As tecnologias de ponta da logística 4.0 vieram para somar ganhos nas operações logísticas, trazendo eficiência, rapidez, e uma melhor visão estratégica para todas as atividades da cadeia produtiva.

Relacionando as tecnologias com as atividades mencionadas na questão n°1, podemos afirmar que auxilia na tomada de decisão com base em análises, conforme podemos ver nos detalhemos abaixo:

O big data proporciona a possibilidade das organizações organizarem, lerem e interpretarem dados qualificados sobre tudo que diz respeito ao seu processo ou ao seu produto. Então, olhando por esse ponto, podemos utilizar essa ferramenta para melhorar os níveis de estoque de acordo com a demanda, buscar novas rotas, com base na geolocalização, estudar as preferências do público-alvo e fazer sugestões em mídias, sites de compras que podem recomendar a aquisição do produto, e ainda melhorar os produtos com base nas reclamações geradas pelos clientes nas redes sociais, sites de carros e outros.

 Data mining é um processo em que a tecnologia é utilizada para localizar padrões, conexões, correlações ou anomalias em uma grande quantidade de dados, permitindo encontrar problemas, hipóteses e oportunidades com mais facilidade. filtra e faz o tratamento das informações extraídas pelo Big Data, alinhando a relevância dos dados para identificação do padrão de consumidor.

O RFID otimiza os processos de recebimento, conferência, inventário, localização dos itens no estoque, aumentando eficiência, de toda cadeia logística. É ideal para produtos com alto valor agregado como os SUVs, mas ainda inviável para pequenos produtos ou produtos de baixos valor agregado, como por exemplos doces, verduras e alimentos.

O Business Intelligence pode ajudar na filtragem de dados logísticos com apontamento de índices de lead time do processo, prazo de entrega, custo médio de cada etapa logística, com custos de frete e dessa forma sempre visando alternativas para melhorar o processo e corrigindo falhas identificadas. 

  1. Considerando que o caso apresentado tratou da venda de um produto de alto valor agregado e que tanto os investimentos em tecnologia quanto o aperfeiçoamento da dinâmica das operações devem ter sido dispendiosos, explique se vale a pena implementar um modelo de negócio com business analytics ou tecnologia similar para produtos de baixo valor agregado.

Tendo em vista que vivemos num mundo globalizado, onde a internet se tornou o principal meio de se alcançar os clientes, creio vale a pena implementar um modelo de negócio com business analytics ou tecnologia similar para produtos de baixo valor agregado, pois posso utilizar um exemplo recente que aconteceu comigo. Recentemente comecei a pesquisar sobre celular na internet e comprei um celular da Samsung, após cerca de 1 dia após a compra, comecei a receber informações no meu Instagram sobre capinhas de celular para o mesmo aparelho que comprei, e olha que eu nem procurei nada pelo Instagram, e eu acabei adquirindo uma capinha premium vindo de Hong Kong. O produto foi entregue no prazo e pude acompanhar todo trâmite de envio, e o mais incrível, fui checar o preço do mesmo modelo num shopping e vi que paguei um preço mais em conta.

Então creio que o investimento vale a pena sim, pois pude ver que a ferramenta do business analytics fez a diferença, alcançou o cliente potencial antes mesmo de eu procurar o acessório, que no qual, tem um baixo de baixo valor agregado.

Outra ferramenta que estou implementando no meu atual trabalho é a etiqueta de RFID, a tecnologia é fenomenal, e o ganho operacional é enorme, pois o tempo de conferência no recebimento é espetacular, onde se perdia 2 dias úteis para conferir uma carga de importação, hoje levamos 3h, inicialmente pensamos em colocar as etiquetas somente nos produtos de alto valor agregado, mas vendo o ganho operacional, decidimos implementar para todas as linhas de produtos. O retorno do investimento foi rápido, pois ficou fácil localizar os produtos com validade mais próxima, e ainda tivemos um tamanho ganho operacional, que deslocamos colaboradores para outras áreas, reduzindo o headcount do estoque.

  1. Discorra sobre os gargalos existentes na infraestrutra logística do País e a resistência em implantar tecnologias novas ou disruptivas nas organizações. Sugira ações para romper essas impedâncias.

Os problemas de mobilidade das grandes cidades afetam diretamente a logística de transporte de cargas no Brasil. Além do desafio mais óbvio, que é o trânsito, são empecilhos as ruas estreitas que mal cabem um caminhão, a inexistência de área adequada para carga e descarga, além das diferentes regras e restrições de circulação, que por serem tão rigorosas acabam gerando multas para as transportadoras. E ainda temos o mais grave de todos, que é a insegurança, acarretando custos de seguros elevadíssimos por conta dos altos índices de roubos de cargas.

Se, por um lado, as cidades no interior não apresentam os mesmos problemas de mobilidade de uma capital, por outro, elas oferecem seus próprios desafios à logística. Além de terem acessos precários, o que gera um custo operacional maior, essas cidades normalmente têm baixa densidade populacional. Isso quer dizer que o número de entregas nesses municípios é menor e, portanto, gera um custo muito elevado. Em um país com dimensões continentais, com uma malha ferroviária pobre, o modal aquaviário, pouco explorado, poucos aeroportos e péssimas estradas para acessar essas cidades, se torna um desafio demorado e caro. 

Transportar uma carga via aérea é uma alternativa às rodovias, muitas operadoras logísticas contam com esse meio de transporte, mas no Brasil ainda são poucas as companhias que têm uma área realmente estruturada para transporte de cargas. Além disso, esse é um serviço custoso, e que, muitas vezes, enfrenta a demora de processos de fiscalização e liberação das mercadorias para coleta nos aeroportos. Vale ressaltar ainda a infraestrutura inadequada da maioria dos aeroportos brasileiros.

Além dos problemas de infraestrutura nos modais existentes e estradas, as empresas nacionais ainda pecam no investimento em tecnologia, se compararmos com as grandes potências mundiais, vemos que estamos cerca de 10 anos atrasados. O RFID abordado na questão acima, já estava implementado no fornecedor da empresa em que trabalho há mais de anos, e somente agora decidimos implementar. Acredito que um meio para buscar novas tecnologia e quebrar esse atraso nas empresas nacionais, parte pela busca do conhecimento, pois a partir do momento que você conhece e sabe da existência de algo melhor, vê a ferramenta funcionando, o colaborador com esse conhecimento vai querer apresentar isso ao dono do negócio, mostrar os seus ganhos e convencê-lo do investimento e implementação.

O investimento em educação é a base para trazermos avanços tecnológicos, sem o conhecimento, o país não evoluirá na mesma velocidade dos países de primeiro mundo. Além disso acredito que as feiras de logística agregam um grande valor e experiencia para quem trabalha na área, pois nessas feiras são apresentados o que há de novo no mercado mundial, e um ótimo local para aprender, trocar experiências e networking. Aqueles que não se atualizarem e não buscarem o conhecimento, ficarão para trás.

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