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Dinamica de grupos na administração

Por:   •  8/10/2015  •  Seminário  •  3.066 Palavras (13 Páginas)  •  319 Visualizações

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RESUMO

Os registros históricos sempre identificaram os homens vivendo em grupos. Diante da hostilidade do seu habitat o homem se viu na necessidade de se agrupar para somar forças tanto para enfrentar as ameaças do meio tanto para retirar do meio aquilo que garantiria a sua sobrevivência. Portanto, conhecer o grupo, sua dinâmica e funcionamento se tornam indispensável para qualquer segmento profissional, pois o grupo sempre teve função primordial na vida humana. A finalidade desse trabalho é apresentar os fundamentos da Dinâmica de grupo, o que é a dinâmica de grupo e a que serve a Dinâmica de grupo.

PALAVRAS CHAVE: Grupo, Estrutura da dinâmica de grupo, teorias.

INTRODUÇÃO

As pesquisas científicas evidenciam o espaço cada vez maior que os grupos têm tomado no contexto sócio-histórico da sociedade moderna, tornando a sociedade contemporânea marcada pela era da grupalidade. O grupo está presente em todos os segmentos; desde a atenção nas diversas intervenções terapêuticas até sua utilização no processo de gestão e formação de recursos humanos. Principalmente nesse último, segundo Motta, et al (2007) o estudo e as abordagens sobre os grupos tem oferecido aos profissionais um suporte que ampara suas ações quer sejam em intervenções terapêuticas , de processos gerenciais ou como estratégias de capacitação/formação de pessoas. Ressalta, ainda, que independente do uso que seja dado a esse recurso é fundamental que os profissionais que estejam à frente da coordenação de grupo tenham clareza sobre o que é o processo, a dinâmica e o funcionamento grupal e, principalmente que tenham domínio dos pressupostos epistemológicos que fundamentam suas práticas, a fim de planejar e elaborar sua intervenção.

Considerando isso, o presente trabalho objetiva apresentar o surgimento dos grupos, sua importância, bem como os fundamentos e os processos da Dinâmica de grupo e algumas das suas vertentes.

GABRIELAO QUE É DINÂMICA DE GRUPO?

Ramalho (2010) diz que a expressão dinâmica de grupo apareceu pela primeira vez no contexto científico em 1944, num artigo de Kurt Lewin, quando publicou as relações entre a teoria e a prática na Psicologia Social. Diz ainda que a dinâmica de grupo começou a se popularizar a partir da segunda guerra mundial, mas foi no final da década de 30 que suas pesquisas se iniciaram.

O objetivo do estudo da dinâmica de grupo, que é um ramo da Psicologia Social, é estudar a natureza ou a estrutura dos pequenos grupos; a dinâmica da vida grupal e o seu funcionamento, assim como o seu processo de desenvolvimento, fenômenos e princípios que lhe regem, as forças psicológicas e sociais que lhe influenciam como, por exemplo, forças de atração, coesão, rejeição, a liderança, a resistência à mudança, a interdependência, etc.

Segundo Ramalho (2010) a preocupação central de Kurt Lewin com o estudo dos pequenos grupos em suas dimensões mais concretas e existenciais, é atingir a autenticidade nas suas relações, a criatividade e a funcionalidade nos seus objetivos. Para isso, diz Malhiot (1991), citado por Ramalho (2010 p. 7) é importante descobrir que estruturas são mãos favoráveis, que clima de grupo permite isto, que tipo de liderança é mais eficaz, que técnicas são mais funcionais e facilitadoras, como se dão os mecanismos de atração e rejeição, etc.

Segundo Ramalho (2010) uma característica da existência humana é reunir-se em grupos sociais. A questão básica da pesquisa em dinâmica de grupo é descobrir como estes grupos se formam e se desenvolvem, como declinam e como influem no comportamento de seus membros.

Os estudos dos fenômenos de grupo são bastante antigos. Encontra-se antecedentes desde “A república”, de Platão e “A Política” de Aristóteles. Hoje, a dinâmica de abrange estudos multidisciplinares, das áreas de Serviço social, Psicologia Social, psicoterapia de grupo, educação e administração.

De acordo Ramalho (2010) as principais teorias que desenvolveram o estudo da dinâmica de grupo, além da teoria de campo, de Kurt Lewin, foram à teoria sócio econômica (que inclui a sociometria, a sociodinâmica, e a sociatria – nesta última está contida o psicodrama, o sociodrama e a psicoterapia de grupo, de Jacob Levy Moreno; a teoria da interação, de Bales; a teoria dos sistemas, de Newcomb, Miller; a teoria psicanalítica de Freud, Bion e Eric Berne; a teoria cognitiva construtiva, de Jean Piaget.

Hoje a dinâmica de grupo é amplamente aplicada no campo da gestão de pessoas, na área de treinamento, desenvolvimento orgnizacional e de habilidades em relações humanas, desenvolvimento de papéis, etc. Também, de acordo Ramalho (2010) a dinâmica de grupo tem sido aplicada em psicoterapias de grupo, em grupos comunitários e em salas de aula.

Ramalho (2010) diz que a importância do conhecimento e da utilização da Psicologia de grupo vem justamente do fato de que todo indivíduo vive a maior parte da sua vida convivendo e interagindo com grupos distintos. Afirma ainda que, a dinâmica de grupo é importante porque o ser humano é gregário por natureza e somente existe, ou subsiste, em função de seus inter-relacionamentos grupais.

Segundo Osório (2008) citado por Ramalho (2010 p. 9) desde as origens mais remotas o homem se agrupou não só para defender-se dos perigos naturais, mas para instrumentalizar seu domínio e poder sobre grupos rivais. Para ele o elemento integrador das primeiras experiências grupais foi, sem dúvida, a solidariedade; este elemento predominava no agrupamento humano enquanto persistisse a ameaça externa.

KESLEY CONHECENDO O GRUPO

De acordo Miranda (2003) o grupo surge pela necessidade de proximidade visando a solução de problemas que são pessoais e que inevitavelmente se tornam socializados, passando a ser problemas de grupo. Diz ainda que na Sociologia, grupo é a forma elementar da associação humana. Um agregado social que se considera como um todo, com tradições morais e matérias. Um aglomerado que se conhece um ao outro e que possui objetivos comuns.

Miranda (2003) diz que pensar em metas ou objetivos comuns implica no esclarecimento de que nem todo agrupamento é grupo, pois os bandos também se agrupam, mas disparam cada qual para o seu lado. Para Miranda (2003) há um fator determinante na hora de conceituar grupo: a interação. Há um requisito básico para a compreensão de grupo, que é a ação recíproca entre seus membros.

Segundo Bany e Johson (1970) citado por Miranda (2003, p. 13) os aspectos definidores da natureza dos grupos são, principalmente, a interação, a estrutura, a coesão, os objetivos comuns e o padrão de conduta.

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