EMPRESA HUMANIZADA: A ORGANIZAÇÃO NECESSÁRIA E POSSÍVEL

EMPRESA HUMANIZADA: A ORGANIZAÇÃO NECESSÁRIA E POSSÍVEL

INTRODUÇÃO

O artigo retrata o cenário em que vivemos atualmente, apontando diversos pontos em relação a sustentabilidade, a destruição e tragédias naturais causadas por desmatamento em exagero, consumo sem limites dos recursos naturais e com a produção excessiva.

Em relação às condições humanas, tem se agravado muito, pois ainda que o consumo tenha dobrado entre os anos de 1975 à 1998, a riqueza permanece nas mãos da classe alta. Não é apenas o padrão de consumo que esta insustentável, mas a falta de valorização às pessoas em relação a valores, educação e a potencialização profissional.

É importante ressaltar que o artigo foi publicado em junho de 2001 e os dados apresentados estão desatualizados, o que significa que a situação do planeta está pior, pois muito pouco do que foi sugerido para as melhorias das questões ambientais e humanitárias do planeta ainda não foram desenvolvidas.

No artigo em tela, aponta-se através de relatórios da ONU (Organização das Nações Unidas) que existiam 1,2 bilhões de pessoas vivendo na miséria e infelizmente atualmente, ainda, segundo a mesma instituição esse número passa dos 1,5 bilhões de pessoas.

Falta inteligência para a humanidade quando se trata e consumo de produtos naturais, que são enxergados como infinitos e este artigo deixa claro que já existe a extinção de vários tipos de alimentos e muitos que ainda existem não possuem mais as condições (vitaminas e proteínas) adequadas para uma alimentação equilibrada e saudável.

Os autores após consolidar este estudo expõem o delicado e preocupante cenário em que a humanidade vive e vislumbra a oportunidade de que envolvendo as empresas e partindo delas ações humanitárias, sociais e sustentáveis, entendem, que o mundo pode se recuperar rapidamente.

O surgimento de empresas humanizadas que visa à melhoria na qualidade de vida, de trabalho, na democracia, na justiça e o fim da desigualdade. Além de contribuir com o ambiente, buscando o equilíbrio ecológico.

EMPRESA E SOCIEDADE

No século XX os consumidores se mostraram mais interessados ao consumo, sendo cada vez mais exigentes, buscando produtos diferenciados e com qualidade. Com isso surgiram mais empresas concorrentes para competir no mercado.

Neste momento de consumismo crescente, encobrindo a desigualdade e o desequilíbrio econômico, não havia compromisso com nenhum grupo de interesse sustentável, o que existia eram apenas olhos para os acionistas. Nesta época, houve grande preocupação para o desenvolvimento de processos produtivos e qualitativos, porém, somente voltados ao intuito de produção e as empresas foram sujeitas a mais um desafio, tendo que provar que dariam conta da demanda e ao mesmo tempo provar que os recursos utilizados na produção eram sustentáveis, o que foi um grande erro, pois o resultado pode-se ver em nas grandes áreas desmatadas, excesso de gases tóxicos que foram empurrados para a atmosfera, extinção de diversos tipos de animais e doenças o surgimento de novas doenças.

Porém, as ações de sustentabilidade eram a nova realidade, e os empresários que até então acostumados com decisões relacionadas somente à produção tiveram que se abrir para o novo e implantar em vossas organizações ações tais como o desenvolvimento e prevenção de recursos naturais, e , tiveram que se adaptarem ao novo estilo e passou a ser crescente o numero de representantes empresariais que adotaram o lema:

“que um comportamento socialmente responsável é o fundamento de um sucesso econômico sustentável a longo prazo” (Leal, 1998, p. 142).

Nas palavras de Michael Ray, professor da Stanford University , que essa mudança podia ser entendida como a emergência de um novo modelo nos negócios.

Esse momento pode ser visto como o inicio do “acertar”. Logo a sustentabilidade começou a ser enxergada por grandes organizações como necessária e agregou valor aos negócios.

DESENVOLVIMENTO E INSATISFAÇÃO: FACES DE UMA ERA DE CONTRASTES

A certa de 800 períodos na história que dos quais:

• 650 foram vividos nas cavernas (natureza preservada);
• 70 tiveram o uso da escrita (natureza preservada);
• 6 foram marcados pela palavra impressa (natureza preservada);
• Os últimos 4 viram a medição mais precisa do tempo (natureza preservada);
• Os 2 últimos tiveram o uso de motores elétricos  (natureza ameaçada);
• O atual, ou seja, o 800º foi palco da maioria dos conhecimentos e bens materiais que hoje são utilizados. (natureza devastada)

As pesquisas apontaram que nos últimos tempos tivemos um grande avanço em tecnologia e desenvolvimento, o que colaborou (e ainda colabora) diretamente para a redução dos recursos naturais e das desigualdades sociais.

 Porém, no que se refere à distribuição de riquezas geradas pelo modelo de desenvolvimento dominante, os sucessivos alertas emitidos pela ONU e outras instituições dedicadas aos estudos das condições de vida humana, apontam para um enorme desequilíbrio.

O artigo faz referencia ao mundo individualista em que vivemos, ou seja, cada indivíduo só pensa em si mesmo, e, que com tanta tecnologia atinge lugares “inacessíveis”, mas pouco conhece a si mesmo e sobre os outros, mostrando a incapacidade de lidar com as diferenças individuais. É esse descompasso que acontece em relação ao homem e o meio ambiente, que no anseio de produzir mais para consumidores exagerados, esquecem  que vivemos em um planeta com recursos naturais finitos, podendo acabar a qualquer momento, o que pode ser real ou não. A ciência da economia sugere a substituição de um recurso por outro, assim, desta forma, gerenciando a escassez de recursos naturais em geral o que faz colaborar fortemente na criação de um cenário ilusório demostrando para a população de que não há problemas efetivos e que todos os problemas estão sendo contornados.

A forma que o homem vem lidando com a natureza fundamenta a visão mecanicista atual no mundo, no orgulho que acredita que pode controlar a natureza da mesma forma como são feitos em organizações de pessoas, mas a melhor maneira de lidar com a natureza é com amor, compaixão, respeito e etc , e tentar encontrar uma possível reparação. E sugiro que devemos ir além e agir imediatamente! Não devemos inventar a “roda” e nem desenvolver estudos super avançados. O que deve ser feito é simplesmente plantar em dobro o que for colhido e deixar viver o que estiver vivo.