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Estudo de Caso a CRVD e Roger Agneli

Por:   •  2/10/2015  •  Seminário  •  3.339 Palavras (14 Páginas)  •  301 Visualizações

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Introdução.

Este trabalho visa estudar os efeitos e perfil dos administradores e sua administração, determinar qual a influência que o administrador exerce sobre administração, quais as habilidades, os papeis, o perfil e competências e como estão diretamente ligados ao sucesso da empresa.

O objeto de estudo foi a Companhia Vale do Rio Doce, uma das maiores companhias mineradoras do mundo, que “nasceu” uma estatal a partir de uma necessidade do governo em aumentar seus recursos e acompanhou durante 73 anos a história do país, e suas mudanças econômicas e políticas, até o momento de sua privatização, um momento de discussões qual a vontade do povo não prevaleceu, após este processo continuou a sua expansão e sucesso por meio internacionalização até os dias atuais.

Vinculado ao sucesso da empresa e ao fenômeno a administração se destacou o executivo Roger Agnelli, que é objeto principal do estudo, um jovem que sempre se destacou dentre os demais, dentro de grandes organizações, portador de um padrão diferenciado de administração, qual era capaz de manter características dos brasileiros, mas também aprimorar-se com as externas, um perfil considerado arrojado e diferente para época, mas que hoje é visto como exemplo quando se trata da matéria, as pesquisas buscam evidenciar como as características de Agnelli foram importantes para a companhia.

Muito se encontra falando sobre a Companhia da Vale do Rio Doce, e de sua história de sucesso, mas em pesquisa em livros específicos de administração pode-se encontrar exemplos citando o economista, que também é assunto de diversas reportagens dos mais conceituados jornais e revistas relacionados a economia e negócios, sendo está a metodologia adotada para o desenvolvimento deste material.

Companhia Vale do Rio Doce

A companhia foi criada a partir do decreto n° 4.352/42 que tratou da incorporação da Companhia Brasileira de Mineração e Siderurgia S.A. ao patrimônio da união, pelo presidente Getúlio Vargas, talvez naquele dado momento não se tenha pensado qual seria a real importância que a empresa teria para o futuro do país e das relações internacionais. Naquela época o país precisava de dinheiro, e para isso era necessário nacionalizar seu minério, também se encontra diante de um momento decisório sobre a entrada na II Guerra Mundial, seus parceiros comerciais americanos diziam ser de grande importância sua participação, pois a companhia podia alavancar a indústria bélica americana, através do fornecimento de ferro.

A estatal constituída como sociedade anônima, de economia mista, com um capital inicial de 200 mil contos de reis, foi criada a partir da incorporação da Companhia de Mineração Brasileira e Siderurgia S.A. e Itabira de Mineração S.A., esta que até então contava com um apoio governamental dado pelo antigo presidente Epitácio Pessoa, que lhes havia dado uma concessão conhecida como Contrato de Itabira. Esta que não perdurou por muito tempo, pois em 1930, após a revolução, Getúlio Vargas deu início a uma série de mudanças com o objetivo de fortalecer as ações do Estado nas atividades econômicas. No ano seguinte o então presidente deu forma ao por meio do Decreto n°20.223 e 20.799, a nacionalização das reservas de minerais, suspendendo qualquer tipo de alienação existente sobre as jazidas minerais, de forma que o governo passava a ser o principal controlador da política mineral do pais. Em 1934 por meio do decreto n° 24.642 foi criado o Código de Minas que estabeleceu a exploração somente a brasileiros ou a sociedades organizadas no país, ficando assegurado ao proprietário do solo a exploração ou a coparticipação nos lucros, caso fosse concedida a terceiros.

A década de 50 foi de grande importância para a companhia, ocorreu sua inserção mercado mundial de minério de ferro, isso só foi obtido pelos seus avanços e modernizações nas minas-ferrovias-portos, as dividas internas e externas foram saldadas e assim conquistou credibilidade internacional, finalmente a CVRD teve lucro e começou a crescer.

Uma única palavra pode definir os anos 60 para a Companhia Vale do Rio Doce, “exportação”, a empresa passou a investir numa estratégia de contratos a longo prazo aumentando os negócios para países como Alemanha e Japão, assim se tornando uma das maiores companhias de exportação de minério do mundo.

Os anos 70 foi mais uma década de novidades para a companhia, se tornou líder mundial de minério de ferro, iniciou negócios com o Iraque, Qatar, Coreia do Sul, Indonésia e Filipinas, nessa época também devido a crise pós-guerra, teve seu primeiro resultado negativo. Foi nesse período também que a CVRD obteve mais uma grande vitória, a operação da Reserva dos Carajás a maior reserva mundial de minério de ferro de alto teor, além de grandes reservas de manganêscobreouro e minérios raros, foi atribuído a esse projeto o nome “Grande Carajás”. Na década seguinte foi um período de altos e baixos para a companhia, passou a explorar o alumio (em Barcarena/PA) e o ouro em Itabira/MG, que logo se ampliou para outras regiões, afetados pela crise no período de 1984-1986 teve seu lucro diminuído, tendo em 1987 de 170 milhões de reais e um endividamento de 3 bilhões de reais.

As parcerias internacionais foram fundamentais para que nos anos 90 a Companhia Vale do Rio Doce não fosse afetada pelo momento político e econômico que afetava o país, era a comemoração dos 50 anos da CVRD, e também era comemorada sua capacidade de exportação, o que no começo de suas exportações era exportado em um ano, dessa época passou a ser exportado semanalmente. A empresa abriu novos negócios com a China e Seul, e na ECO-92 que ocorreu no Brasil, foi considera a difusora de práticas ambientais e iniciativas de cunho social, neste momento a empresa também conquistou a ISO 9000 Certificado de Qualidade.

O ano de 1997 a privatização da Companhia Vale do Rio Doce foi um momento muito delicado, enquanto no governo era comemorado a venda da organização sobre argumentos de benefícios para o país e população como melhorias do serviço, abertura de novos postos de trabalho, o fim do apadrinhamento político, desburocratização, e o fechamento de possibilidade de corrupção, existia uma grande pressão externa contra o leilão da estatal, com protestos contra a venda da companhia, sobre a argumentação de corrupção, desigualdade, rouba, delapidação do patrimônio público, prejuízo para o estado, perda da soberania nacional, também havia um grande sentimento de indignação, pois à estatal era atribuído o suor e o sangue do povo brasileiro, que mesmo durante a guerra tiveram os recurso dom país investidos na companhia, considerada a “menina dos olhos” no que se referia a estatais brasileiras. Mesmo a argumentação do governo não ter suficiente para a mudança da opinião pública, tais argumentos foram considerados suficientes para concluir a privatização da estatal.

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