TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Estudo de Caso da Guarnição de Remo do Exército

Por:   •  2/6/2017  •  Resenha  •  2.313 Palavras (10 Páginas)  •  2.377 Visualizações

Página 1 de 10

[pic 2]

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

Fichamento de Estudo de Caso

CRISTIANE APARECIDA BIANQUI

Trabalho da disciplina Gestão de Pessoas e Competências,

                                                Tutor: Prof.ª Norma Cristina Cardoso Brandão

São José do Rio Preto

2017

Estudo de Caso:

Gestão de Pessoas e Competências

A Guarnição de Remo do Exército

REFERÊNCIA: SNOOK, Scott; POLZER, Jefrey T.. A Guarnição de Remo do Exército: Harvard Business School, 406 – P01, 2004.

Este trabalho aborda uma análise sobre uma temporada de campeonato de remo do exército de 2002 da Academia Militar e West Point do exército dos Estados Unidos.

Neste texto são discutidas as formas de como uma equipe pode chegar a vitória.

Tudo começou com uma situação enfrentada pelo treinador Preczewsli (ou treinador P.) nunca vista em nove anos neste esporte. Havia duas guarnições de barco, a do Varsity Junior (VJ) e a do Varsity (V). Na equipe do barco V foi selecionada com os oito melhores remadores e a do VJ com oito remadores do ranking mais baixo da equipe. Mesmo os componentes do V sendo os “melhores” do VJ estavam ganhando frequentemente os treinos. Mesmo o treinador P tentando várias formas de resolver a situação, nada adiantava. O Campeonato Nacional estava chegando e a ação mais radical naquele momento era reconhecer que a equipe do VJ era melhor e transferi-la para o barco V. Ele pensou até em dividir as equipes em cada barco e intervir no desempenho dos remadores do barco V, mas não sabia como faria isso.

De acordo com o histórico das guarnições estas remavam barcos leves (tipo shell) com cerca de 18 metros de comprimento e bem estreitos. Em barcos “de remo simples”, cada remador utiliza um único remo, fazendo o movimento da remada utilizando suas mãos, pés, costa e braços. Além dos remadores, havia um timoneiro “empoleirado” na parte de trás do barco para comandar o leme, dirigir, motivar e estabelecer a estratégia da regata para a guarnição. As guarnições competiam em grupos de dois, quatro e oito remadores. Normalmente os remadores consideravam os barcos com oito remadores, conhecidos como “Oito com”, o suprassumo, a melhor guarnição para se conquistar um “carrinho”. Esses barcos de 8 remadores possuíam carrinhos numerados de 1 (ou carrinho da proa) a 8 (ou carrinho da cadência). O carrinho da “cadência” estabelecia a voga para a guarnição, informando-a ao timoneiro durante os treinos e regatas (isso quando tinha fôlego para tanto!). Afinal, remar é uma atividade exaustiva.

O remo é primeiro esporte interuniversitário dos EUA, começou em 1852 com uma regata entre Harvard e Yale. A temporada de regatas de outono era composta por regatas chamadas de “Head” normalmente de 5,6 km. Essas regatas agrupavam de 20 a 60 guarnições remando com seus barcos contra o relógio. Depois que todas as guarnições completavam a regata, elas eram classificadas de acordo com os tempos obtidos, determinando o vencedor.

Ser bem sucedido em guarnições de remo exigia uma combinação única de habilidades pessoais e coordenação em equipe. Um projeto de pesquisa com dezenas de técnicos desta modalidade esportiva indicaram os fatores que eles consideravam mais significativos para se obter o máximo desempenho.

Na pesquisa era mencionada a importância de mais de duzentas variáveis relacionadas com o remo “simples”, no qual cada membro da guarnição utiliza apenas um remo. Na amostra havia treinadores de vários níveis, desde iniciantes a mestres com mais de quatro anos de experiência. Estas respostas poderiam ser subdivididas em quatro categorias distintas relativas a questões de força e condicionamento, técnica de remar, fatores psicológicos e de organização de um programa. O nível de experiência dos treinadores contava muito para a importância atribuída a essas categorias. Os técnicos mais novos e intermediários consideraram um grande número de variáveis (chegando às vezes até cem) como sendo altamente importantes, ao passo que os técnicos mais experientes se concentraram em um número menor de variáveis, entre 11 e 20. Os técnicos iniciantes focavam na técnica, os técnicos intermediários no condicionamento; os técnicos mestres destacaram as variáveis psicológicas como de maior importância para o sucesso das guarnições.

Para medir a força e a resistência individual o treinador usava o “ergômetro” ou erg, de remar que media o trabalho realizado em uma distância ou período de cada remador. Este aparelho simulava a técnica de remar, mas eliminava a instabilidade de remar em um barco de competição, isolava os membros da guarnição. Todos eram testados constantemente durante o ano entre si e contra seus próprios resultados. Os testes eram também comparados com resultados de anos anteriores e com outras equipes de outras máquinas com precisão de um décimo de segundo de 2.000 metros.

Os exercícios de levantamento de peso auxiliavam no erg. O de banco de supino, exercícios para pernas, entre outros, davam aos técnicos outros parâmetros do progresso dos competidores durante o período.

O trabalho em equipe é de extrema importância, pois as remadas dos atletas precisam ser sincronizadas sem recompensa individual. Nenhum membro pode tentar remar mais que o outro porque o ritmo do barco poderia reduzir. Precisa haver uma sincronia de todos e para isso a concentração é primordial. Todos os membros do corpo de um remador têm que estar em perfeita harmonia, caso contrário tudo estará perdido. As remadas devem estar em equilíbrio e não podem desacelerar. Com o Centro de gravidade acima do barco qualquer movimento fora das remadas poderia fazer o barco pender de um lado para o outro e o remo bater na água. A maior dificuldade é permanecer sincronizado. Por várias vezes é muito difícil dar 200 remadas perfeitas, mas os melhores remadores se destacavam por adaptarem bem às remadas dessincronizadas e instáveis. O importante é acreditar que quem tivesse feito o erro corrigisse sua próxima remada e recuperasse a velocidade e o equilíbrio.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (14.6 Kb)   pdf (196 Kb)   docx (53.1 Kb)  
Continuar por mais 9 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com