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Estudo do Caso Iridium

Por:   •  19/12/2018  •  Resenha  •  5.935 Palavras (24 Páginas)  •  340 Visualizações

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  1. FACULDADE SÃO JUDAS TADEU

 

ESTUDO DE CASO

IRIDIUM

Rio de Janeiro

Dezembro/2009

FACULDADE SÃO JUDAS TADEU

ESTUDO DE CASO

IRIDIUM

                                                         Trabalho apresentado ao curso de                                                 Administração da Faculdade São Judas                                                 Tadeu como pré-requisito para obtenção                                                 de nota complementar para o 2º bimestre                                                 na disciplina Gestão Mercadológica.                                                        Prof. Túlio Terra

Aluno/Autor: Luciane Reis

Rio de Janeiro

 Dezembro/2009

Introdução

        Não foram apenas as empresas da velha economia que enfrentaram problemas no mercado brasileiro. Em pleno crescimento das empresas na dita nova economia, antes mesmo do colapso da Nasdaq, a Iridium encontrou grandes dificuldades e faliu. Na verdade, seus problemas não surgiram apenas no mercado brasileiro, mas no mundo todo.

        As empresas de tecnologia alcançaram grande desenvolvimento no século XX. Elas cresceram, atraíram o interesse dos investidores e foram responsáveis por grandes lucros nas Bolsas. Muitas dessas empresas são símbolos do avanço tecnológico dos últimos anos. Nesse seleto grupo, a área de telefonia ocupa um lugar de destaque em função do seu perfil na nova economia. As empresas do setor normalmente são multinacionais gigantescas que apostam nesse mercado em vigorosa expansão.

Histórico

        Uma dessas empresas foi a Iridium, que criou um sistema de telefonia inédito. As idéias era bastante simples: fabricar um telefone capaz de funcionar em qualquer lugar do mundo. Tecnicamente o sistema exigia sistemas sofisticados de satélites e um investimento elevado em capital.

        Por isso, foi constituída uma parceria entre várias empresas para o desenvolvimento do projeto. A líder foi a Motorola, experiente na área de equipamentos para telefonia.

        O projeto teve início em 1987. A meta era estar operando em cinco a dez anos. No entanto, só entrou em operação em 1998. O plano previa colocar em órbita 77 satélites (daí o nome Iridium, elemento que corresponde ao número atômico 77 na tabela periódica) a 700 quilômetros da superfície da Terra. Até então, nenhuma empresa isoladamente tinha em órbita um número tão expressivo de satélites.

        A Motorola fazia seu ensaio de risco no mercado de telefonia de longa distância. O projeto Iridium inseria-se em um contexto de ampliação dos sistemas de comunicação global para um nível ainda não experimentado por nenhuma outra companhia de telefonia.

        Segundo Carlos Alberto Primo Braga, economista-chefe da divisão de telecomunicações e informática do Banco Mundial, o fenômeno da globalização tem muito a ver com essa expansão das telecomunicações no mundo todo. Dados do Relatório de Desenvolvimento da ONU de 1997 relevam que:

"(...) entre a década de 40 e a de 70, o preço de uma chamada telefônica internacional caiu mais de 80 por cento. Entre 70 e 90, mais de 90 por cento.... Como resultado, nos anos 80, o tráfego de telecomunicações aumentou 20 por cento ao ano. A queda nos preços seria ainda maior se as empresas telefônicas tivessem repassado para o consumidor a redução de custos que vêm tendo. De acordo com dados do Banco Mundial, o custo de transmissão de voz caiu dez mil vezes nos últimos 20 anos, graças ao avanço das fibras óticas, da eletrônica e da comunicação sem fio.  A telefonia móvel de alcance mundial, símbolo da integração global, que utilizará sistemas de satélite como o Iridium, deve estar funcionando em setembro de 1998".

        De acordo com essa colocação, a telefonia global é uma conseqüência da globalização. A Iridium foi uma empresa que se propôs atender a uma necessidade atual, avançada e de alto desenvolvimento tecnológico. No entanto, o sistema de telefonia global por satélite caracteriza mais um avanço de uma tecnologia do que uma utilidade ao alcance de todos. Essa situação foi citada no mesmo relatório:

        "(...) existem cerca de 745 milhões de telefones para uma população mundial de 5,6 bilhões de pessoas. Ainda de acordo com dados da Organização Mundial do Comércio, grande parte da África tem menos de uma linha para cada cem habitantes. Os mercados mais saturados, com mais de 25 linhas para cada cem habitantes, estão na América do Norte, Europa e Oceania. 'É a chamada Lei de Jipp', afirma Wohlers (Márcio Wohlers, professor do Instituto de Economia da Unicamp e especialista em economia das telecomunicações). A infra-estrutura de telecomunicações sempre acompanha o PIB per capita. Talvez dentro de um programa desenvolvimentista a telemática possa incentivar o crescimento econômico. Mas não substitui outras infra-estruturas...(União Internacional das Telecomunicações, 1996)".

        Portanto, como se percebe a tecnologia, apesar de atender a uma necessidade do mercado, está de certa forma restrita a algumas regiões, fator limitador ao seu desenvolvimento. A grande concentração de linhas ocorre nos mercados do primeiro mundo. Foi nesse cenário que a Iridium começou a operar, criando muita expectativa nos mercados mundiais.

O desenvolvimento 

        Mesmo diante dessa contradição sobre a distribuição eqüitativa do bolo das comunicações para um conjunto de nações do Planeta, o projeto Iridium tinha como meta atingir uma parcela significativa desse mercado global. A Iridium pretendia conquistar de 200 a 300 mil clientes no primeiro ano de operação, de acordo com o previsto no plano de negócios inicial. A Iridium Brasil corresponderia a, no mínimo, 10 por cento desse mercado, embora a meta fixada para o Brasil fosse de 150 mil clientes até o ano 2001.

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