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INTERVENÇÃO: Scherer Implementos Agrícolas

Por:   •  24/9/2021  •  Seminário  •  4.872 Palavras (20 Páginas)  •  83 Visualizações

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INTERVENÇÃO: Scherer Implementos Agrícolas

Cleonice Giliolli

Flávio Roberto Dalmagro

Josias Rodrigues

 Marcia Sandra Negri Sander

Silvia Simone Pereira Werner

Professor-Tutor Externo - Gabriela Santos Puziol

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Curso administração (FLC4573ADG) – Seminário Interdisciplinar VIII – INTERVENÇÃO 14/07/2021

RESUMO

O breve relato técnico tem por objetivo identificar, à luz do modelo Ciclo de Vida Organizacional (CVO) de Greiner (1972; 1998), em qual estágio de desenvolvimento organizacional da empresa Comercial Scherer Indústria de Implementos Agrícolas, localizada na cidade de Cascavel, no Estado do Paraná. A Empresa atualmente é dirigida por Cristina Scherer (sócia majoritária), e seus filhos,  Eduardo Scherer (engenheiro mecânico), Fernando Scherer (formado em direito). Em razão da expansão de empresas no ramo de peças agrícolas em Cascavél e Região, optou-se pela Intervenção, a fim de melhorar o padrão organizacional da Empresa para alcançar o nível de competitividade. Para tal, realizou-se uma pesquisa qualitativa, com finalidade descritiva, por meio de um estudo de único, utilizando como métodos de coleta de dados, entrevistas semiestruturadas com um dos diretores da organização e pesquisa documental. Para a análise dos dados coletados, empregou- se a análise de conteúdo temática. Quanto à caracterização, a empresa é de caráter familiar e, verificou-se que sua gestão está sob o comando de membros da família, em que houve um processo de sucessão ligado ao fator hereditário e há influência de aspectos familiares nas tomadas de decisões. Quanto à caracterização do período evolutivo, de acordo com o modelo, verificaram-se algumas situações que enquadraram a organização na segunda fase, denominada de “sobrevivência”, como: busca por liderança, implantação de estrutura funcional, criação de programas de incentivos e adoção de padrões de trabalho. Quanto à caracterização de crises vivenciadas, identificaram-se padrões recorrentes que também apontaram para esse segundo estágio, como: centralização dos processos decisórios nos diretores, falta de autonomia e desmotivação dos funcionários. Esta pesquisa, ao atender o objetivo proposto, além de contribuir para a melhoria nos processos de gestão da empresa pesquisada, que passou a conhecer a fase do CVO na qual e encontra, permite o aprofundamento de trabalhos futuros acerca da temática.

PALAVRAS CHAVES: Ciclo de Vida das Empresas; Consultoria; Empresa Familiar.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo apresentar o resultado de uma Intervenção Empresarial na Empresa Scherer Indústria de Implementos Agrícolas no setor de estrutura organizacional. A área escolhida pós diagnóstico foi a estrutura organizacional da empresa. O constante crescimento pontuou a necessidade de evolução, mostrando ser essencial a atualização das funções da empresa na forma de atuação e produção da mesma no mercado de trabalho.

O emprego de metáforas, embora constitua uma abordagem limitada, é comum quando se pretende entender e explicar como as organizações funcionam. Entre as mais conhecidas, está a metáfora orgânica, que relaciona similitudes entre as organizações e os organismos biológicos (MORGAN, 1996; KATZ; KAHN, 1987).

Em se tratando de metáforas orgânicas, o termo “ciclo de vida” tem sido aplicado em diversas áreas do conhecimento, principalmente, nas ciências sociais, uma vez que se adapta às questões referentes ao desenvolvimento das civilizações, culturas, línguas, entre outras. Dessa forma, identificam uma lógica evolutiva e relacionam mudanças e atributos específicos que caracterizam determinada unidade de análise em um determinado momento (FREITAS; COSTA; BARROSO, 2002).

Bridges (1998) aborda sobre as organizações, assim como os organismos vivos, a partir da sua criação, apresentam determinado período de vida ou de duração. Esse período se denomina Ciclo de Vida Organizacional (CVO), sendo que começa com sua concepção e termina na velhice com a sua morte. O CVO, dessa maneira, pode ser caracterizado como um processo evolutivo de uma organização, desde sua criação até se tornar efetivamente consolidada, porém com uma série de etapas que devem ser superadas (LEZANA; GRAPEGIA, 2006; LIMA, 2001).

Segundo Lima (2001), embora essa comparação permita conceber modelos teóricos consistentes, deve-se ressaltar uma limitação fundamental: os seres vivos estão permanentemente presos a características básicas herdadas geneticamente e, por mais hábeis que sejam, não podem alterá-las. Por outro lado, as organizações não estão presas a essas características herdadas, podendo mudar indefinidamente.

De acordo com Borinelli (1998), um motivo para se estudar o CVO é a questão da transição da organização de uma fase para outra. Para se desenvolver, a organização tende a passar para outra fase e, com sabedoria, nessa transição não enfrentará uma crise. Assim sendo, é possível que entre em um novo estágio de vida fortalecida e amadurecida, caso contrário poderá iniciar esse novo estágio com problemas de gestão e continuidade.

Estudos empíricos têm, ainda, revelado que as empresas são submetidas a um processo contínuo de adaptação ao ambiente, que pode ser representado por fases de desenvolvimento. Para cada um desses estágios são recomendadas estratégias diferenciadas, o que tem tornado as análises de ciclo de vida bastante úteis, haja vista que tais etapas devem ser superadas até a empresa se transformar em uma instituição efetivamente consolidada (LEZANA, 1996).

A literatura aponta pra vários modelos de CVO. O modelo seminal foi proposto por Greiner (1972) no qual o autor utiliza elementos como, por exemplo, foco gerencial, estrutura organizacional, formalização, estilo da alta administração e sistemas de controle e de recompensas para enquadrar as empresas em cinco fases de desenvolvimento organizacional: 1) início; 2) sobrevivência; 3) sucesso/decolagem; 4) expansão; e 5) maturidade. Seguindo essa lógica, vários outros autores desenvolveram modelos de CVO (ADIZES, 1999; BOBO, 1997; CHURCHILL; LEWIS, 1983; DOWNS, 1967; FLAMHOLTZ; RANDLE, 2000; GALBRAITH, 1982; GREINER, 1972; 1998; KAZANJIAN, 1988; KATZ; KAHN, 1987; KIMBERLY, 1987; LIPPITT; SCHMIDT, 1967; LYDEN, 1975; MILLER; FRIESEN, 1984; QUINN; CAMERON, 1983), tendo em comum nesses modelos os estágios da organização distribuídos por fases do seu nascimento à maturidade e as crises relacionadas a cada uma dessas fases.

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