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O ESTUDO DE CASO LOGMASTER

Por:   •  21/5/2017  •  Relatório de pesquisa  •  2.412 Palavras (10 Páginas)  •  228 Visualizações

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ESTUDO DE CASO LOGMASTER

 

Dados da empresa

 Nome da empresa: Logmaster Tecnologia Ltda

 CNPJ: 03.035.204/ 0001-56

 Endereço: Rua Santos Pedroso, 237 – Navegantes – Porto Alegre/RS

 E-mail: logmaster@logmaster.com.br

 Sócios: Reginaldo Silva / Rodrigo Graziadei / Roseli Neves Costa

 Cargo do fundador: Diretor

 

Historia da empresa

(a intenção não é apresentar a salsicha e sim do que ela é feita)

 A empresa nasceu em meio a uma conturbada situação provocada no mercado devido à falência da organização que empregava os sócios da Logmaster.

 Com uma visão de oportunidade, oito ex-funcionários do ramo de Sistemas de Energia se juntaram e criaram a Logmaster. Os desafios foram enormes, a começar pela falta de capital, pois devido à falência de seu empregador não houve indenização e todos saíram da empresa sem dinheiro, mas com as poucas economias juntadas de cada sócio, muita vontade e conhecimento sobre o mercado foi possível iniciar o empreendimento.

 A oportunidade era única porque com a falência desta empresa, muitos representantes desta empresa em todo o Brasil ficaram sem suporte técnico e não tinham peças de reposição para um gigantesco parque de produtos instalados. Dessa forma a empresa nasce dentro de um ambiente controlado, com produtos e serviços conhecidos.

Em março de 1999 após uma reunião com as principais pessoas que integrariam esta nova empresa foi decidido que, por questão da alta carga tributária, havia a necessidade de enquadrar todos como sócios. Por essa razão, a empresa nasceu quase uma S/A (apenas um comparativo pela quantidade de sócios). Ao todo eram 14 pessoas, entre sócios e funcionários. Na época ríamos dessa situação, porque havia mais caciques do que índios.

 Com tantos sócios, compramos um livrinho chamado Sócio Feliz e distribuímos para cada participante da sociedade. Este livro deixava claras as principais dificuldades nas relações interpessoais, nos ajudando muito a entender os obstáculos que viriam pela frente.

 A composição societária inicial era a seguinte: quatro sócios com 80% e os outros quatro com 20% do capital. O que sobrava de capacidade técnica faltava em conhecimento de administração e gestão. Sabíamos que os desafios seriam enormes e que haveria três momentos cruciais daquela data em diante. A primeira seria a fase da emoção, onde a vontade, dedicação e entrega por parte dos sócios seria total; a segunda seria a fase da razão, onde se para e pensa no retorno e nos ganhos individuais; e a última, não menos perigosa, a fase da vaidade, da disputa pelo poder e do destaque.  

 As operações internas foram divididas criando os seguintes departamentos: Administração & finanças, engenharia de produto & desenvolvimento, produção, qualidade, comercial, magnéticos e suprimento. A experiência em criar setores sem estabelecer um organograma ou uma estrutura hierárquica definida foi muito complicada, porque essas divisões criaram feudos dentro da empresa, cada um com suas próprias filosofias e crenças, pois quem comandava cada departamento era um sócio. A partir dessa constatação ficou claro que sem um planejamento estratégico, organograma, metas e objetivos bem definidos a empresa não sobreviveria.

Com a estrutura produtiva pronta, mas ainda necessitando de muitos ajustes, começamos a produzir. Porém, o desafio estava só começando, pois faltavam os clientes.  

Como ainda não éramos conhecidos no mercado, utilizamos um modelo de negócio semelhante ao que era aplicado na empresa a qual trabalhávamos anteriormente. Foi feito um trabalho intenso junto às empresas que atuavam no ramo de nobreaks e estabilizadores. Foi através deles que começamos a venda de nossos produtos. Ficamos muito satisfeitos com a credibilidade que tivemos, pois o que tínhamos para oferecer de fato, naquele momento, era nossa palavra.

 Em 2001 a Logmaster definiu seu primeiro planejamento estratégico, nele foi estabelecido missão, objetivos e valores. Dessa forma foi possível alinhar as expectativas e trabalhar de forma mais unida, todos os departamentos voltados para resultado. Esta ação conseguiu reduzir bastante as divergências e opiniões contrárias sobre os temas mais estratégicos.

 A falta de dinheiro foi compensada pelo relacionamento que tínhamos com o mercado, foram muitas ajudas dos representantes, que faziam suas encomendas com pagamentos à vista ou antecipada. Com esta experiência comprovamos que a história de honestidade e responsabilidade de cada integrante desta sociedade dava credibilidade à empresa.

 Na outra ponta, o fato de termos saído de uma empresa falida e nos mantermos no mesmo segmento, trouxe enorme desconfiança entre os fornecedores. A cada compra ou a cada negativa de crédito tínhamos que contar a nossa história e provar que a nova empresa era séria e responsável. Levaram alguns anos até que o nome Logmaster foi definitivamente desvinculado do passado.

 O bom nisso tudo foi criar na empresa uma forte valorização da reputação, uma busca constante da credibilidade e uma administração financeira bastante conservadora.

 Em 2003 buscamos a certificação ISO 9000 – credenciais importantes para quem desenvolve e fabrica produtos eletrônicos. Neste mesmo ano a empresa foi em busca de parceiro, viajou para Itália com a finalidade de fazer uma joint venture. A partir desta data passamos a importar produtos de maior potência na qual não tinha capacidade de produzir localmente. A joint venture não evoluiu, mas a decisão de importar se mostrou acertada, tanto que até hoje parte da produção vem do exterior.

 A Logmaster atua em um mercado totalmente globalizado e disputa com indústrias do mundo todo, nem todos os produtos fabricados localmente se mostram competitivos, mesmo usufruindo de todos os benefícios fiscais ainda assim os produtos importados são importantes para dar equilíbrio no mix de produto. Como estratégia a Logmaster mantém o equilíbrio de sua competitividade alternando com a produção local e a importação.

 Como toda a empresa que comercializa produtos com alto grau de tecnologia embarcada, era vital para seu sucesso aperfeiçoar a linha existente e criar novos produtos e tecnologias.

Desconhecendo as armadilhas de um desenvolvimento sem um planejamento bem definido, nos lançamos ao desenvolvimento de um produto totalmente novo, sem similar, uma linha de nobreak de alta frequência, com recursos de processamento bastante evoluído. Este projeto começou em 2001 e levou quatro anos para ser lançado no mercado.

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