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O Processo de Produção da Alpargatas

Por:   •  12/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.102 Palavras (5 Páginas)  •  146 Visualizações

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Estudo de Caso:

Alpargatas S.A.[pic 1]

Davi, Douglas Murilo

Curso de Tecnólogo em Gestão da Tecnologia da Informação

1. Introdução

Fundada em 1907 pelo escocês Robert Fraser, A Alpargatas S.A. contém uma história de sucesso na venda de produtos desde 1909 pelo uso de sandálias e lonas que havia na produção cafeeira. Após isso, a venda de seus produtos começou a crescer, prestando serviço também a Osklen, Mizuno, Dupé, Topper e Sete léguas. Disparou as vendas na criação da Havaianas, em 1962, conhecida mundialmente e que fez a Alpargatas ter um dos maiores cases de marketing do mundo em 1990. Da produção para o sucesso de vendas, a Alpargatas teve que adaptar seu método de produção com planejamentos, necessitando desde sempre da Administração da Produção. Com o aumento de produção, a empresa teve que incluir em seu planejamento métodos para evitar a deficiência de materiais e atrasos e conseguir atender a demanda. Com isso, tiveram que modelar a produção com métodos do PCP (Plano de Controle de Produção).

2. O processo de produção da Alpargatas

A produção da Alpargatas depende da demanda de produtos. Com isso, o planejamento seguinte terá como responsáveis a engenharia de produtos, que irá manter o produto em operação, buscando as principais características que atendam seu cliente, e a engenharia industrial, que é responsável pelo balanceamento da fábrica, como quantidade de máquinas e mão-de-obra, número de inutilizados, entre outras. Assim, o PCP dará continuidade para que a produção siga como determinado.

A empresa utiliza o PPCP (Planejamento, Programação e Controle de Produção), mas mantém a nomenclatura PCP. O PCP é responsável por coordenar e aplicar os recursos de produção, atendendo aos planos dos níveis estratégico, tático e operacional. Para manter o controle sobre a produção, o PCP da empresa utiliza o Bann, PsCom, códigos de barras, entre outros. Para manter o planejamento, esse setor utiliza o MRP, que engloba informações com diversos dados complexos para a produção, para melhor qualidade de produto, atender a demanda e não quebrar o plano de estoque. Após a análise de informações advindas da demanda, engenharia industrial e engenharia de produtos, o PCP emite a ordem para começar a produção, liberando a matéria-prima localizado no almoxarifado para produção. Caso haja ausência de matéria, o PCP emite uma solicitação de compra do que falta para ser recebido pelo almoxarifado. Para não obter maiores faltas de materiais, já que a empresa é dependente de um fornecedor, a Alpargatas implementou o SCM (Supply Chain Management), em que o fornecedor pode visualizar o estoque e programar sua entrega.

 Após ser liberado para produção, a área de produção conta com o setor de prensas, onde há complexidade de processo produtivo, como número de mão-de-obra e número elevado de palmilhas. Nesse setor, o processo acaba sendo manual e o número de inutilizados é alto. Por causa de inutilizados, a produção deve contar com um número maior de produção em relação a produtos total do planejamento. Por exemplo, se o planejamento é produzir 2.000.000 de pares, a prensa precisará produzir 2.200.000 de pares. Além disso, há estoques de produtos semi-acabados no setor de produção para garantir o abastecimento subsequente de um processo, como o estoque de fivelas. Após isso, o produto está semi-acabado, seguindo apenas para montagem ou estamparia e montagem. Após o acabamento, os produtos seguem para o armazém e são expedidos para os lojistas.

A grande vantagem de manter uma cadeia assim é manter os setores abastecidos, visto que a produção é feita com uma quantidade um pouco maior do que a demanda prevista. Mas essa produção acima da demanda acontece também por gargalos que ocorrem na empresa. Mesmo com a tentativa de diminuição de gargalos na produção, a Alpargatas ainda contém produtos inutilizados, ou seja, que sofreram algum defeito durante o processo, como bolhas, encolhimento, vazamento de palmilha e deformação, que são os erros que mais ocorrem. Com o MRP que utiliza uma gama de dados de diversas áreas, a maior preocupação da empresa é manter os seus produtos nas lojas. Assim, o abastecimento de matéria e a previsão de entrega são cumpridas pela empresa, utilizando rápidas correções com o PCP caso haja imprevistos e gargalos que atrasem a produção e, assim, mantendo a qualidade e em menor tempo de produção. Porém, os custos ainda necessitam ser maior que a demanda, visto os gargalos ocorridos. Além disso, a quantidade de produtos também é um gargalo. A empresa contém em sua produção produtos das marcas Havaianas, Toppler, Rainha e entre outros. Apenas a marca Havaianas contém 2 stands de programação diferentes. Um dos sku’s (estoque com código e quantidade marcada) do 23 ao 35 e outro sku’s do 37 ao 45, o que faz obter estoque de material sem necessidade, ou seja, fora da programação, visto que a programação para completar uma prensa são dez moldes. Além da desvantagem de estoque, há altos custos nas operações, pelo uso de tecnologia para obter a gama de dados, além do custo da implementação desse MRP na produção.

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