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O Sistema de produção toyota e fordismo

Por:   •  18/6/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.994 Palavras (8 Páginas)  •  110 Visualizações

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  1. Explique os conceitos “regime de acumulação” e “regime de regulamentação” pelos quais o capitalismo consegue se efetivar como sistema dominante. E aponte o que o capitalista precisa fazer para concretizar esse modelo.

O regime de acumulação é a estabilização no capitalismo, onde há a transformação do meio produtivo e da mão de obra. A regularização é o corpo de regras e processos sociais criados para o regime de acumulação funcionar sem maiores empecilhos, como normas, hábitos, leis e estas garantem a unidade do processo. Para fazer esse processo funcionar o capitalista deve ter:  

  • Controle sobre o preço (anteder a demanda, evitar monopólio)
  •  deve ter uma intervenção estatal;
  • Precisam que os produtores coordenem as decisões de produção com as necessidades, vontades e desejos dos consumidores;
  • Precisa ter o controle da mão de obra para adição de valores na produção, para gerar lucro para grande parte dos capitalistas.
  • Controle da formação ideológica do trabalho

  1. Explique o modelo fordista/taylorista apontando suas características e diferenciais.

O Fordismo baseava-se na produção em massa das mercadorias, que se estruturava a partir de uma produção mais homogeneizada e enormemente verticalizada. Onde produção em massa significava padronização de produto e consumo de massa. O diferencial do fordismo era a visaõ de Ford, de um novo tipo de sociedade democrática, racionalizada, modernista e populista, que poderia ser construída simplesmente com a aplicação adequada ao poder corporativo, onde o trabalhador possuía alta produtividade, renda e tempo de lazer para serem também consumidores.

O  modelo taylorista acreditava que a produtividade do trabalho poderia ser radicalmente aumentada através da decomposição de cada processo de trabalho e da organização de tarefas de trabalho fragmentadas segundo padrões rigorosos de tempo e estudo de movimento. Separava gerencia, concepção, controle e execução. A mais valia extraída extensivamente, pelo prolongamento da jornada de trabalho e do acréscimo da sua dimensão absoluta.

O modelo fordista e taylorista são modelos baseados na produção em massa, de algo padronizado, em uma linha de montagem com trabalho parcelado.

  1. Disserte a respeito da junção fordista-keynesiano e sua consolidação pelo mundo, explicando o modelo de Keynes.  

O fordismo pregava a verticalização das estruturas produtivas e sustentava-se em dois pilares principais: o uso da tecnologia e um sistema de gestão produtiva baseado na especialização do operário a partir da fragmentação de tarefas com o intuito de elevar os níveis de produção industrial.  Associado a esse modelo, surge em 1926, com John M. Keynes, o keynesianismo, corrente econômica que se propunha a regular o mercado que, até então, seguia o ideário liberal de Adam Smith, baseado na auto-regulação.  A nova corrente pregava a ineficiência dos mecanismos do capitalismo no controle e regulação social e, ao mesmo tempo, se apresentava como uma saída à crise do capitalismo, rompendo totalmente com as idéias de Smith e propondo a intervenção estatal nas áreas necessárias, como forma de garantir o controle do mercado. A junção deste modelo ao de Ford recebeu o nome de fordista-keynesiano.  A adoção das políticas keynesianas levou os países capitalistas desenvolvidos a vivenciar um período esplendoroso de crescimento econômico e viabilização das políticas de assistência pública estatal, favorecendo a criação do Welfare State ou Estado do Bem-Estar nos principais países da Europa, apoiados no manual de orientação do Plano Beveridge, de 1942, através do relatório intitulado “Seguro Social e Serviços Associados”, de autoria de Sir William Beveridge (BUENOS AYRES, 2002). Neste contexto, o ideário de Estado liberal de mercado, foi aos poucos, substituído pela noção de Estado interventor e garantidor dos direitos sociais. Os keynesianos encontraram no documento Beveridge os princípios constitutivos do Estado-providência moderno, que dava um novo sentido à noção de risco social e redefinia o Estado como o principal responsável pela proteção dos cidadãos na área social e contra o desemprego em massa.

  1. Explique o papel do Estado como interventor e criador de demanda efetiva no período fordista-keynesiano.

O estado se tornou um grande mediador de interesses e aguentava a carga de um crescente descontamento que culminava em desordens civis por parte dos excluídos. O Estado tinha que tentar garantir no minimo algumas obrigações, sendo ele responsável por controlar os ciclos econômicos para manter a estabilidade, com isso criou politicas fiscais e monetárias que servia para investir em desenvolvimento, o estado investia esse dinheiro em infraestrutura, como transportes públicos e equipamentos publicas que já melhorava a produção e investia também em politicas sócias como educação, habitação, assistência medica com isso o salario que o trabalhador tinha ficava basicamente único e exclusivo para o consumo.

  1. Quais são as “ilusões” apontadas pelos autores a respeito desse período fordista/keynesiano.

1º. Era que o sistemade metabolismo social do capital, pudesse ser efetiva , duradouro, regrado, controlado e fundado num compromisso entre capital e trabalho mediado pelo estado.

2º. Que haveria um equilíbrio de interesses na relação de forças entre burguesia e proletariado. Que possuíam sindicatos e partidos políticos como mediadores institucionais e estes se colocavam como representantes oficiais dos trabalhadores e patronato  e um estado imparcial, porém de fato o estado so zelava pelos interesses gerais do capital

3º. Que daria certos em todos os lugares, porém acarretou nas divisões entre 1º mundo e 3º mundo, e na exploração dos países de 3º mundo que estavam totalmente excluídos desse “compromisso” social-democrata..

  1. Explique sobre os sinais de esgotamento do fordismo-taylorismo, isto é, a crise do sistema e como isso deu abertura para a reordenação do capital financeiro

No final dos anos de 1960 e início de 1970 o capitalismo começou a dar sinais de esgotamento. O modelo de produção criado pelo taylorismo e fordismo não conseguiu mais atender aos interesses do capital, em função da redução no consumo provocado pelo desemprego estrutural que se iniciava; a taxa de lucro das empresas começou a diminuir; o capital financeiro passou a ser especulado e ser aceito no mercado internacional; a crise fiscal do Estado capitalista levou a uma redução dos gastos públicos com a posterior transferência deste para o capital privado e promovendo a aceleração do processo de privatização.

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