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Processo de Negociação no filme Coach Carter

Por:   •  5/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.376 Palavras (10 Páginas)  •  3.703 Visualizações

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Tarefa: Processo de Negociação no filme Coach Carter: Treino para a vida (2005), de Thomas Carter.

Introdução

As negociações são reconhecidas mundialmente como um elemento primordial para obtenção de sucesso para uma das partes ou ambas as partes. Um bom negociador precisa ser um bom ouvinte. Além de servir de exemplo, ele precisa possuir habilidades e qualidades esperadas ou requeridas numa determinada negociação.

O exercício da negociação envolve uma mesa dividida ao meio, onde cada parte busca se beneficiar de algum modo, o negociador deve ser aquele que consegue influenciar as pessoas para obter sucessos em suas metas.

Desenvolvimento – análise do processo de negociação representado no filme eleito

•        Classificação das partes envolvidas

Professor Ken Carter, ex-aluno a 30 anos da escola Richmond, atualmente proprietário de uma loja de equipamentos esportivos, vitorioso como jogador e na vida, aceita o convite para se tornar treinador de basquete de um grupo de jogadores rebeldes, sem disciplina e com péssimo comportamento escolar. Carter adota uma conduta rígida impondo suas vontades e condições, pois acredita que pode transforma-los. Ele tinha credibilidade e referência com relação à o que fazer e como fazer, e tinha convicção caso os jogadores seguissem o mesmo caminho teriam sucesso nos estudos e nas quadras.

Carter priorizava a ideia de que somente o basquete não era o suficiente, caso não houvesse um bom desempenho nas disciplinas escolares, onde os direcionariam para à universidade, a princípio, a diretora, os pais, professores e toda a comunidade ficaram inconformados com tais mudanças e comportamentos. Carter, tinhas as características do bom negociador: Como no núcleo de qualquer processo negociador encontra-se, invariavelmente, o indivíduo, aquele que representa uma parte ou a si mesmo, e as características do Sr. Carter eram conhecidas por suas práticas, como agia, com que se preocupava e o que priorizava.

Entre as diversas negociações que Ken Carter realizou estão presentes:

J Lyle – Aluno atleta (negociou a punição de Tino Cruz)

Tino Cruz – Aluno atleta (negocio duas vezes o retorno ao time)

Demien Carter – Aluno atleta e filho (Negociou a transferência para o time e colégio Richmond)

Junior – Aluno atleta (Negocio junto a sua mãe o retorno para o time)

Diretora – (Negociou o comportamento de Ken Carter)

Pais – (Negociaram a liberação do ginásio para seus filhos poderem treinar)

Kenyon Aluno atleta e Kyra, sua namorada – (Negociaram entre si o futuro deles e o imprevisto de um bebe a caminho).

•        Identificação das fontes de poder, ferramentas e táticas.

Interesses das partes

Carter conhecendo a realidade e sabendo que seria desafiador transforma-los em pessoas preparadas para a vida, com o intuito em ajuda-los em seus desenvolvimentos tinha total interesse em disciplina-los tanto nas habilidades esportivas onde estavam totalmente debilitados, haviam perdido vários jogos, com apenas algumas vitorias, eram indisciplinados, egoístas e violentos, como também na vida academia, onde estavam totalmente despreparados para serem aprovados por uma universidade, com notas abaixo da média e baixa frequência nas aulas. Incentivando assim os jovens a superarem os seus medos e fraquezas.

A princípio o time de basquete tinha desejo/objetivo de ganharem a liga e se tornarem astros do basquete. Todavia a realidade desses rapazes seria tornar-se “pessoas alienadas ao sistema” sem perspectivas e péssimos resultados sem ao menos perceberem onde estavam errando. De certa forma, com o sucesso dos objetivos alcançados por Carter, ambas as partes seriam favorecidas em seus interesses.

Limites (Posicionamento / MACNA)

Carter utilizava da estratégia de posicionamento com seus alunos, ele não podia impor uma segunda alternativa para os rapazes zangados e indisciplinados.

Negociou com Demien Carter seu filho, o mesmo com o desejo de ser treinado pelo próprio pai, pediu transferência de um colégio excelente para acompanhar o pai/técnico em seu novo emprego, redigiu um contrato colocando condições que ele precisaria entregar boas notas e bom comportamento no colégio, Carter com todas informações em mão, aceitaria tal contrato, mas desde que passasse por uma revisão de critérios a seu modo efetuando assim uma negociação de posicionamento.

Já com a diretora do colégio, Carter solicitou o boletim dos alunos e não teve sucesso por várias tentativas, ele adotou como MACNA, ir até o ambiente de aprendizado de cada integrante dos seus alunos e conversar com os professores diretamente, onde ele obteve informações totalmente desconexas em relação ao contrato proposto por ele no início de sua jornada como técnico do time Richmond.

Negociação com os pais e com a comunidade. Momento muito conflitante onde Carter perde uma audiência pública com o propósito de retomar os treinos no ginásio, uma vez que os alunos não cumpriram com o contrato estabelecido, o técnico Carter suspendeu os treinos e aos jogos até que seu time apresentasse boas notas e assiduidade em sala de aula. Por se tratar de uma audiência onde pais, mídia e conselho, um número grande de pessoas, Carter não conseguiu convencer todos presentes, como não existia nenhuma alternativa para Carter, sua decisão foi pedir a própria demissão. Pois naquele momento as condições que eram boas para os pais para Carter era uma frustração ele deixar aqueles rapazes serem engolidos pelo “sistema”. Mas que nada podia ser feito. Diante desse impasse, Lax e Sebenius (2009:43) sugerem uma configuração mais apropriada.

O que Carter não sabia, e ficou totalmente surpreendido pelos seus alunos, os mesmos tinham pensado em uma alternativa para aquela condição de não acordo da parte de Carter. Quando Carter adentrou o ginásio com as correntes ao chão e olhou para o centro do ginásio, que o time de basquete estariam com as carteiras sobre a quadra de basquete realizando os estudos para alcançar as notas dentro das condições estabelecidas por ele.

O jogador Cruz, ele foi um bom exemplo na utilização na melhor alternativa em caso de não acordo. Durante a apresentação e após a permanência do técnico no time, todos os conflitos gerado devido as condições/ regras do técnico, o jogador não aceitava as condições e desistia de treinar de seguir as regras estabelecidas e com isso ele “voltava para as ruas” para trabalhar na distribuição de drogas com seu primo até o dia que ele presenciou o assassinato do seu primo, após essa tragédia a sua MACNA deixou de existir e o mesmo voltou para o time e assim permaneceu até conseguir ingressas em uma universidade.

Concessões

O técnico Carter criou um programa/contrato bastante rigoroso onde o time cumpria a demanda de treino nos dias e horários pré-estabelecidos, para melhorarem as habilidades físicas na quadra, preparando-os para correr mais que seus adversários, impondo regras com relação a horários, onde haveria penalidades em caso de descumprimento das cláusulas, criando assim uma forma de educa-los com relação a responsabilidades e compromissos, não só nos jogos como para toda a vida. Carter precisava conseguir o respeito dos jogadores, pois estavam totalmente indisciplinados, então os alunos que queriam permanecer no time, deveriam assinar um contrato onde incluía-se comportamentos disciplinados, notas escolares acima da média, correspondente a 5,75. Presença em todas as aulas onde deveriam sentar-se na primeira fileira, usar roupas adequadas no dia-a-dia e trajes sociais em dia de jogos, dentre outras exigências. Carter utilizou todas suas ferramentas necessárias para conseguir atingir seu objetivo, onde a recompensa/troca ele ofertava   ao time condicionamento para buscar vitórias com excelência, condições de melhora em suas vidas presente e futuro. Carter precisou fazer com que os alunos enxergassem seus reais interesses através de toda essa negociação.

Carter recebeu muita resistência por parte dos jogadores e seus pais, alguns até desistiram de treinar e jogar por conta das cláusulas estabelecidas no contrato, e se redimiram após presenciarem os excelentes resultados positivos no transcorrer da liga. Os pais acreditavam que com tantas regras, seus filhos iriam deixar de praticar o basquete, até então essa era a única alternativa para não serem atraídos para a vida do crime por conta das mudanças que Cárter estava realizando. Sem ao menos enxergar o quanto seria benéfico para formação de seus filhos.

Fica evidente as concessões neste contexto, para Carter   a total importância para com este contrato ser devidamente seguido, pois acredita em seus objetivos e tinha convicção do sucesso dos resultados que seriam alcançados, e os alunos, pouca importância, pois não enxergavam o objeto substantivo da negociação.

Argumentos: Forças e ameaças.

Em meio a tudo isso, ainda sim, existem os conflitos e problemas familiares de cada jogador, dificuldades, frustrações traumas e medos. Carter no começo sem que os alunos percebam, com o   objetivo de trabalhar com seriedade, compromisso e acima de tudo, a persistência sobre eles acaba ajudando-os de forma indireta, e consequentemente assim, ganhando o respeito de seus alunos, com foco, agilidade companheirismo e concentração, acima de tudo no decorrer do filme, Carter também ajuda diretamente seus alunos nesses pontos, ele analisou o perfil de cada jogador para saber como lidar com cada um deles de forma correta.

•        Avaliação das etapas da negociação.

Preliminares/preparação.

Carter ao ser chamado para assumir o cargo de treinador de basquete, sabia tudo sobre a escola Richmond, pois havia estudado naquela escola, foi jogador daquele time, e antes mesmo de aceitar, presenciou a rotina do local, mesmo com sua loja de artigos esportivos, optou por aceitar o desafio, pois olhou além de um simples serviço, o time passava por muitas dificuldades. Não só na quadra como em todo o contexto de uma comunidade com problemas sociais. Pode-se observar que Carter ao entrar nesta negociação, ele tinha referencias para a equipe.

Abertura

Desde o início, Carter ao se apresentar aos jogadores como novo técnico do basquete, já expos suas condições e exigências, apresentou o contrato e deixou em aberto a escolha de continuarem no time com as novas regras estabelecidas. Alguns jogadores desistiram no momento, outros demonstraram não estarem satisfeitos mas continuaram na “negociação”.   Carter mesmo que de forma rígida, gostava dos alunos, e acreditava que todos eram capazes de atingir excelente resultados, mesmo eles não sabendo claramente ao certo o que eram, era o momento de ajuda-los a se encontrarem para entender o que faziam, como faziam e o que não faziam.

Exploração

Carter precisava incentivar os alunos a atingir seus resultados, motiva-los e conseguir encaixa-los cada um na posição correta. E precisava faze-los entender que estavam em uma negociação ganha-ganha, possuíam objetivos em comum, onde buscavam a vitória nos jogos e uma comunidade melhor, com pessoas do bem, alunos capacitados, formados e empregados. O técnico em um determinado momento pediu para seus alunos ao irem embora, refletirem sobre seus familiares, e pensarem se era isso que eles queriam para seus futuros, fazendo-os retornar no dia seguinte com um comportamento diferente, aceitando suas condições de negociador.

Encerramento

Quando o comportamento dos jogadores chega ao esperado pelo técnico, Carter consegue os boletins dos seus alunos-atletas, e descobre que parte de seus jogadores não estão frequentando as aulas e outros não alcançaram as médias acordadas no início da negociação. Carter continua a cumprir com seu contrato inicial, suspendendo assim os treinos e os jogos marcados.

Etapas do processo e controle

Conforme o acordado no início, os jogadores alcançaram as medias finais desejadas, ganharam vários jogos, mas no último jogo da liga eles perderam, mas saíram vitoriosos devido ao novo comportamento que  permaneceu em cada membro da equipe, onde alcançaram seus objetivos em ambas as partes, os jogadores estavam prontos para um futuro académico, e preparados para a vida. Carter realizado por conseguir transformar pessoas, ajudando-as em seus desenvolvimentos.

        Descrição da comunicação verbal e não verbal

Comunicação verbal

Carter, na maior parte se conduz com comunicação verbal.

Comunicação não verbal

O aluno Cruz teve um de seus desentendimentos com o coach Carter e arrependido pedi para voltar a treinar com o time e o professor estabelece uma punição devido ao abandono e desacato em seu último treino. Cruz se retira de lado e começa a cumprir com a tarefa impossível estabelecida por Carter... chegando na data limite Cruz não consegue alcançar o desafio, onde o restante do time entende a mensagem de Carter não verbal sobre o espirito de equipe e como trabalhar em equipe e juntos se prontificam a pagar o restante da punição junto com o seu companheiro Cruz

No baile do colégio Richmond o casal Kenyon e Kyra, começam a se desentender no momento que Kenyon estava dançando com uma garota e Kyra para fazer ciúmes começa a dançar com outro rapaz e começa a provocar Kenyon, Kyra se retira do salão e Kenyon vai atrás da garota para iniciar uma discussão por conta de toda aquela comunicação não verbal.

Durante um jogo o time do colégio Richmond em vantagem, começam a insultar o time oponente fazendo gestos, ridicularizando e humilhando-os os adversários

•        Avaliação dos aspectos positivos da negociação observada e sugestão de melhorias

No filme fica bem evidenciado que para conseguir conduzir uma negociação, as partes precisam saber o que desejam da negociação e precisam acreditar em si e que juntos, através de uma negociação com grau de complementaridade comuns e antagônicos consigam alcançar seus objetivos.

•        Estabelecimento de um paralelo com sua realidade profissional.

Tenho bastantes momentos de negociação e muitas atividades são solicitadas sem ao menos mensural as alternativas e os impactos de cada uma, e sempre estou cobrando a equipe que faço parte para questionar antes de aceitar qualquer atividade pois o responsável pelas solicitações não tem experiencia nas atividades, tornando as mais difíceis possível.

O paralelo que consigo traçar é que quando temos uma liderança com bagagem e expertise em sua área, as negociações se tornam muito mais fáceis pois eu “atleta” sei onde quero chegar e com o “Coach Carter” tenho todas as ferramentas para vencer os obstáculos do caminho.

Considerações finais

Conclui-se que a finalidade desses estudos é compreender a relação das negociações com ambas as partes envolvidas em uma negociação e entender como é planejado cada negociação.

Cada negociador possui suas características e personalidade, adotando estratégias de negociação que irá conduzir ao sucesso da mesma.

Referências bibliográficas

JARDIM, S. Uma análise pedagógica do filme Coach Carter que talvez te deixe meio triste. Disponível em: < https://medium.com/@suzanejardim/uma-an%C3%A1lise-pedag%C3%B3gica-do-filme-coach-carter-que-talvez-te-deixe-meio-triste-3700c55661db>. Acesso em 13 jun. 2018

FRANÇA, S. 3 Lições aprendidas com o filme Coach Carter: Treino para a vida. Disponível em: < https://www.slacoaching.com.br/artigos-do-presidente/3-licoes-do-filme-coach-carter>. Acesso em 14 jun. 2018.

SOUSA. F. Análise do filme “Coach Carter – Treino para a vida”. Disponível em: < https://fernandodesousa.wordpress.com/2014/07/30/analise-do-filme-coach-carter-treino-para-a-vida/>. Acesso em 14 jun. 2018.

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