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RESUMO E CRÍTICA DO ARTIGO: Apontamentos sobre pesquisa qualitativa e pesquisa empírico- fenomenológica

Por:   •  6/6/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.488 Palavras (6 Páginas)  •  425 Visualizações

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Greice Momm

RESUMO E CRÍTICA DO ARTIGO:

Apontamentos sobre pesquisa qualitativa e

pesquisa empírico- fenomenológica

Resumo e Crítica de artigo apresentados à Disciplina de Paradigmas Epistemiológicos

para Pesquisas no Mestrado Profissional

em Gestão de Políticas Públicas na

Universidade do Vale do Itajaí.

Professoras Dras: Maria Glória Dittrich

Micheline Ramos de Oliveira

Itajaí

Junho de 2018

APONTAMENTOS SOBRE PESQUISA QUALITATIVA

PESQUISA EMPÍRICO-FENOMENOLÓGICA

Celana Cardoso ANDRADE

Adriano Furtado HOLANDA

RESUMO

O referente artigo apresenta uma discussão sobre o sentido da pesquisa qualitativa a partir do olhar fenomenológico.

A pesquisa qualitativa constituiu um avanço para as ciências humanas, preenchendo espaços que a pesquisa quantitativa não alcançava (HOLANDA, 2002). A flexibilidade no processo de condução é uma das características dessa pesquisa e o percurso depende do contexto em que esta inserida. Há participação ativa do pesquisador, levando em conta a história e o contexto cultural no qual está inserido, além de que o pesquisador influencia e é influenciado pela situação da pesquisa.

Na pesquisa qualitativa há uma constante relação entre: teoria, momento empírico, os instrumentos e o processo de construção e interpretação de informações com a produção de conhecimentos, em um desenvolvimento contínuo, estabelecido tanto pelo pesquisador como pelo pesquisado. Ela apoia-se em processos singulares de construção de conhecimento.

Petrelli (2004) explicita que a fenomenologia é a ciência que se aplica ao estudo dos fenômenos: dos objetos, dos eventos e dos fatos da realidade. Segundo o mesmo autor, a fenomenologia oferece uma verdade parcial e nunca a transparência total. De acordo com Cappi (2004, p.8), “a fenomenologia é um rigoroso olhar metodológico a respeito do real, é uma opção radical de percepção”. Merleau-Ponty (1999) define a fenomenologia como o estudo das essências e acrescenta que ela é uma filosofia que recoloca as essências na existência, reconstituindo a relação entre homem e mundo.

A exploração do campo de consciência e dos modos de relação com o objeto delimita o que se tornará o campo de análise da fenomenologia de Husserl. A redução é o recurso usado pela fenomenologia para chegar à essência do fenômeno, tornando-o legítimo cientificamente. Husserl (2000) aponta que as essências representam as unidades básicas do entendimento comum de qualquer fenômeno, aquilo sem o qual o próprio fenômeno não pode ser concebido.

Gadamer (1998) retrata o conceito fenomenológico de mundo-da-vida, desenvolvido por Husserl, como aquele em que o homem adentra simplesmente por viver a atitude natural e que significa o solo prévio de toda experiência, estando essencialmente vinculado à subjetividade. A experiência do vivido somente pode ser alcançada pelo próprio sujeito de forma imediata, pois o sentido é particular para quem o vive e está ligado à forma da pessoa existir no mundo (FORGHIERI, 1993).

O método fenomenológico em pesquisa

Segundo Holanda (2002; 2003b), o método fenomenológico pode se conseguido a partir de três elementos: redução, intersubjetividade e a retorno a vivido. É um método que não prescinde de hipóteses, não se deixa conduzir por um caminho conhecido. Na concepção de Petrelli (2004), o método fenomenológico não rejeita hipóteses, mas as suspende num primeiro momento e a recupera em um segundo momento.

Gomes (1997) estabelece três passos reflexivos que permitem o estudo da experiência consciente por meio do estudo e transcrição de entrevistas: descrição fenomenológica, redução fenomenológica interpretação fenomenológica.

Petrelli (2004) sugere um quarto passo ou momento desse itinerário investigativo, quando o pesquisador articula os dados relativos ao fenômeno em estudo, os dados da eidética universal e os da eidética individualizante e determinante do objeto. Forghieri (1993, p.57) assinala que “os cientistas em geral almejam com suas investigações conseguir captar e enunciar o verdadeiro significado da realidade” .

O modelo de Amadeo Giorgi é descrito como Fenomenologia empírica ou fenomenologia experimental. A proposta de Giorgi (1985) lida com as descrições de depoimentos, relatos ou entrevistas sobre experiências vividas em relação a um determinado fenômeno segundo quatro passos, Primeiro passo: leitura; segundo, discriminação das unidades; terceiro: transformação das expressões cotidianas do sujeito em linguagem psicológica com ênfase no fenômeno que está sendo investigado; o quarto: síntese das unidades significativas transformadas em uma declaração consistente da estrutura do aprendizado.

CRÍTICA

O método qualitativo vem contemplar as pesquisas que não permitem somente o uso do método quantitativo. Ao meu ver, é um método que permite explicar variáveis subjetivas. Que leva em conta o ambiente e o pesquisador. Tem caráter descritivo. Que tem o entendimento do homem frente a sua vivência e o mundo a sua volta (a compreensão do ser humano do seu “eu” frente ao que está a sua volta). Como transcrever num único método, tantas variáveis, quando o complexo se apresenta, não podendo ser medido somente através de números/estatísticas?

O método qualitativo tem como principais características: ser mais flexível, tanto o pesquisador quanto o pesquisado ter importância no processo, além de seu contexto de vivência. Ser subjetivo, individual, específico, aberto a novos acontecimentos e/ou

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