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Resenha Critica O Príncipe

Por:   •  4/4/2017  •  Resenha  •  2.622 Palavras (11 Páginas)  •  352 Visualizações

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Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Centro de Ciências Humanas e Letras – CCHL
Curso: Bacharelado em Administração

Professora: Maria de Lourdes de Melo Salmito Mendes

Disciplina: Teoria Geral da Administração

Turno – Noturno

Resenha Critica: O príncipe

Ana Beatriz Nunes Portela

Janeiro

2017

MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe (Trad. Antonio Caruccio-Caporale). São Paulo: L&PM Editores. 2011

Introdução

Nicolau Maquiavel escreveu seu livro “O príncipe” que possui 26 capítulos em 1513 a Lourenço de Médici, príncipe de Florença durante o período do renascimento, onde a península Itálica era fragmentada composta por pequenos estados economicamente fortes, mas politicamente fracos, Maquiavel via em Lourenço a possibilidade de unificação da península Itálica, tornando-a um governo forte, escreveu seu livro baseado em toda suas experiência política adquirida durante anos e em estudos de fatos históricos, dedicou o seu livro a ele, como forma de manual de como conquistar e manter um governo forte, mesmo que para isso o governante tenha que utilizar de ações moralmente questionáveis, ao decorrer do seu livro Nicolau utiliza três subdivisões principais são elas: os tipos de principado, as milícias e características de um príncipe.

Resenha

Os primeiros capítulos do livro falam sobre os tipos de principado o hereditário e o adquirido e que um governante pode chegar ao poder pela virtude ou através da fortuna. Para Maquiavel o principado hereditário é mais fácil de se manter pois o príncipe é aceito com facilidade pelos seus súditos conseguindo se manter soberano sem grandes dificuldades ao menos que uma força venha impedilo e caso aconteça  ele pode voltar a conquistar seu governo. Um principado novo requer uma maior habilidade por parte do soberano, pois a população é tomada pela idéia de que com um novo príncipe pode gerar melhorias o que para ele é um engano. O soberano precisa oprimir, mas ao mesmo tempo agradar o povo para conquista seu apoio que são essenciais. Para ele, o Príncipe sempre precisará ser a favor da população de um território para poder conquistá-lo pois a imposição do novo governo ou provocações vindas dos soldados do soberano, ou outros motivos, podem gerar revolta na população, causando inimigos para o Príncipe que são as pessoas ofendidas com a ocupação do seu território.

Quando se conquista um território de mesma região e língua se torna mais fácil para o príncipe governar do que quando não são. O soberano devera aniquilar toda a linhagem do anterior e não mexer nos seus costumes e conservar os tributos e impostos e logo a população se acostuma com o novo príncipe. Mas quando se conquista territórios em uma província de leis e costumes diferentes cabe ao príncipe muita habilidade e para isso que vá pessoalmente habitá-los para que perceba rapidamente as divergências e possa corrigi-las. Outra maneira seria criando colônias em lugares estratégicos no território, tomando as casas do povo que lá habitam, pois sendo poucas pessoas não representam uma ameaça ao soberano, e a maioria passa a respeitar o príncipe com receio de acontecer o mesmo com eles. Maquiavel ainda fala que ou se deve tratar bem os homens ou eliminá-los, pois eles conseguem se vingar de pequenas ofensas de grandes não podem, e que só se deve ofender alguém quando não se teme sua vingança. O soberano deve se tornar defensor dos mais fracos e enfraquecer os mais fortes para que ninguém se torne tão poderoso quanto ele. Em relação as guerras Maquiavel ainda fala que “As guerras não podem ser evitadas e quando adiadas só trazem beneficio para o inimigo”. Pois quanto mais se adia mais ele pode se preparar prejudicando o monarca dessa maneira.

Segundo Maquiavel os reinos podem ser governados de duas formas, por um príncipe e seus auxiliares que o ajudam a gerenciar o território, ou por um príncipe e barões que se relacionam ao príncipe por laços de afeição e exercem domínio sobre territórios menores, Maquiavel mostra que é mais difícil conquistar um reino com um só soberano do que com barões que podem conspirar contra ele.

O livro mostra a idéia de que ao se dominar um estado habituado com a liberdade e suas próprias leis existem três formas de sustentá-lo: primeiramente arruiná-lo, segundo vivendo nele e a terceira é permitir que ele viva conforme suas próprias leis, colocando a eles tributos e no seu interior um governo de poucas pessoas que se manterão amigos.

Ele fala que quem se torna soberano de uma cidade livre e não a destrói poderá ser aniquilado por ela,pois sempre vai haver motivo para revoltas populares, em nome da liberdade tomada e as antigas tradições que nem mesmo o tempo apaga da vida das pessoas. Por isso ele diz que ou se respeita os costumes do povo ou os destrói porque se não agir com uma dessas duas formas vai acabar gerando revoltas. O príncipe deve ainda tentar enganar o povo e parecer ser bondoso caso não consiga demonstrar isso deve aniquilar os mesmos para que não haja revoltas e ele mantenha sua soberania sobre todos, pois apesar de tudo o príncipe precisa ter a admiração do povo pois mesmo eles sendo menos favorecidos são a maioria.

Maquiavel cita ainda que os homens agem espelhados nos seus antecessores e copiam deles as atitudes que obtiveram sucesso e rejeitam as que fracassaram, pois mesmo que não obtenham cem por cento de êxito de alguma forma tirarão algum aproveitamento. Nicolau demonstra o pensamento de que o soberano que muda a ordem das coisas costuma encontrar obstáculos, pois mexe com aqueles que eram beneficiados pela antiga ordem. Um fator determinante para o sucesso de quem quer tomar o poder seria a capacidade de impor-se pela sua própria força e sem a necessidade de pedir ajuda de outros. Pois caso encontre dificuldades consegue restaurar a ordem através da força.

O livro mostra que aqueles que por muita fortuna ou influencia dos outros se tornam príncipe obtém o cargo com pouco esforço mas raramente obterão êxito e conseguirão realizar e manter um bom governo. Porem se o príncipe que conseguiu o reino por sorte, mas possui virtude, conseguirá edificar o império. O príncipe é virtuoso quando age conforme a necessidade e consegue transformar a sorte em oportunidades.

Maquiavel apresenta duas formas de se chegar ao poder, através do crime ou pelo apoio do povo, ele cita em seu livro dois exemplos de figuras que chegaram ao poder através da crueldade são eles Agátoles que usou de crueldade para chegar ao trono mas se tornou admirado e amado pelo povo e Oliverotto de Fermo que continuou com suas maldades após subir ao trono, e acabou sendo morto por outro soberano. Com esses exemplos ele demonstra que a maldade bem praticada é feita de uma vez só porque depois de feita é esquecida pelo povo, já a maldade mal praticada é feita aos poucos e o soberano se torna odiado pelo povo. Já a bondade deve ser praticada aos poucos para que o povo se lembre.

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