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SOCIOLOGIA ORGANIZACIONAL

Por:   •  21/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.397 Palavras (10 Páginas)  •  611 Visualizações

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Disciplina: Sociologia Organizacional

 A partir da leitura da Unidade 4, intitulada “Contexto Social, administração e cultura de organização”, do seu livro didático escrito por Golias Silva, responda as seguintes questões:

 1. Segundo Golias Silva, quais são os elementos intrínsecos à organização que interferem na formação de um contexto social? Cite-os e defina cada um deles.

Segundo Golias Silva, os elementos intrínsecos à organização que interferem na formação do contexto social são: os Objetivos, Valores, Tecnologia e Relações Sociais.

Objetivo: em uma organização é definido pelo que pretende realizar com as pessoas que nela trabalham ou dela participam, ou seja, os objetivos da organização. Eles são inscritos na constituição da organização e na mente das pessoas que dela fazem parte, que se constituem praticamente em sua pedra fundamental e são a base de seu desenvolvimento. Por isso, definimos objetivo como algo que a organização (ou o indivíduo) se esforça por conseguir quando lhe falta, por manter quando já o possui ou afastar-se quando lhe é aversivo (BERNARDES; MARCONDES, 1999, p. 167).

Valor: pode ser definido como um modo de ser ou de agir que uma pessoa ou uma coletividade reconhece como ideal e que torna desejáveis os objetos ou as condutas e os comportamentos nos quais esse modo se concretiza ou se exprime. Sendo assim, podemos dizer que o valor se inscreve de modo duplo na realidade: de um lado, ele se apresenta como um ideal que chama à adesão ou convida ao respeito e de outro lado, ele se manifesta nas coisas ou nos comportamentos que o expressam de modo concreto ou, mais exatamente, de modo simbólico (ROCHER, 1968). No primeiro caso – convite à adesão e/ou ao respeito –, temos os valores das virtudes (honestidade), dos comportamentos aprovados (fazer o bem), das atitudes louváveis (doações para os que sofrem). No segundo caso – expressão simbólica de valor –, temos os bens concretos, como dinheiro, casa, automóvel, roupa etc. Logo, perceba que os valores, ainda que sejam tratados em um plano ideal, têm a mesma objetividade que as coisas concretas. São eles que orientam as pessoas para buscar e realizar os objetivos estabelecidos na organização.

Tecnologia: Propondo os objetivos, construindo ideal e/ou concretamente aquilo que nos permite alcançá-los, da mesma forma, também os valores nos empurram para a construção de meios que nos possibilitem trazer aquelas construções ideais para a concretude do aqui e agora, a esses meios damos o nome de tecnologia. Assim, tecnologia designa concomitantemente: os resultados obtidos (bens e serviços prestados); os processos utilizados (manuais, mecânicos, automatizados); e os insumos necessários (máquinas, mão de obra, conhecimentos, habilidades dos executivos, dinheiro e até tempo). Quando uma tecnologia realmente produz os resultados esperados, pode causar uma alteração dos modos e das formas pelas quais os membros de um contexto social passarão a buscar suprimentos para suas necessidades. As relações sociais tendem a ser permanentes: quanto mais um conjunto social recebe aportes tecnológicos ou sofre mudanças de valores ou altera seus objetivos, menos permanentes se tornam as formas e os modelos de relações sociais estabelecidas.

A Estrutura de relações: pode ser considerada como a disposição ordenada das partes de um todo, disposição essa que é considerada como relativamente invariável enquanto as partes são variáveis. Sendo assim, quando falamos de estrutura de relações fazemos referência ao conjunto de formas e de modos que envolvem a relação social. Uma vez que, na definição clássica de Radcliffe-Brown (apud ROCHER, p. 180) “[...] estrutura social é a rede de relações sociais realmente existentes”. Enquanto a forma concreta, as partes, no caso dessa definição, podem sofrer alterações, a disposição geral de como acontecem as relações sociais tende a permanecer estável, invariável e constante por muito mais tempo do que as partes propriamente ditas. Em uma organização – privada, pública, não governamental etc. – o fato de mudar um diretor não altera de modo significativo a rede de relações já existentes, a menos que esse novo diretor imprima novos objetivos, valores, disponibilidade de recursos ou um conjunto novo de meios e métodos de trabalho (tecnologia) a esse circuito de relações. Entretanto, é importante você observar que não estamos dizendo que a estrutura das relações não se altera: ela se altera sim, de modo lento e gradual. Quanto mais são alterados os objetivos ou os valores ou os recursos disponíveis ou a tecnologia, mais as estruturas de relacionamento tendem a se modificar. Estrutura de relações é, portanto, uma referência direta de comportamento; é como as pessoas agem habitualmente; é como elas conduzem sua própria vida no dia a dia.

 2. Quais são os aspectos extrínsecos ao contexto social, mas que também devem ser levados em consideração em sua análise, uma vez que interferem de modo direto em sua dinâmica? Cite-os e defina cada um deles.

De acordo com Golias, possuímos os fatores intrínsecos, os quais vimos na questão anterior, contudo, a análise do contexto social deverá ter os aspectos extrínsecos, que interferem de modo direto em sua dinâmica, são eles: o Tempo, o Espaço, a Disponibilidade de Recursos e a Massa Crítica.

Tempo: aqui entendido como a época em que a formulação dos componentes do contexto social ocorre. Assim, uma organização poderá ser vista e considerada em um tempo atual ou em seu passado ou projetada para o futuro. De qualquer maneira, a variável “tempo” está sempre presente na análise do que chamamos de contexto social. Com isso, quanto mais tempo qualquer um dos componentes anteriores permanece atuando, mais difícil se torna a intervenção de alteração.

Espaço: aqui denominado como a localização geográfica na qual está inserida a organização. Ainda que a globalização se estenda mundo afora derrubando fronteiras e limites geográficos, não há como negar que a organização, aqui e agora, ainda manifeste uma dependência muito estreita e forte do local onde está inserida e das pessoas que vivem ou habitam nesse local. São por demais conhecidos os casos de organizações que se instalam em outros locais e que, nos primeiros tempos de sua nova sede, dificilmente conseguem a performance que tinham no antigo local. Isso porque, querendo ou não, os espaços geográficos e as pessoas que nele habitam têm interferências diretas na organização e a alteração que se sucede obedece a uma sequência de pequenos passos até a sua completude. Quanto mais o ambiente favorece um determinado tipo de relação, mais essa relação se enraíza nas formas e nos modelos de trocas que as pessoas utilizam.

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