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TCC Gestão financeira e Controladoria

Por:   •  7/6/2020  •  Tese  •  6.513 Palavras (27 Páginas)  •  243 Visualizações

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Olhar histórico da Controladoria no Brasil, sua evolução e desafios da profissão.

Bruno Machado de Oliveira*

Resumo

O conceito de controladoria até hoje ainda é um tema sem consenso e a profissão possui funções ainda não definidas que podem variar de empresa para empresa. Os fundamentos históricos e necessidades por outro lado que levaram até o surgimento do cargo de Controller e suas atribuições são advindos de outros setores como Contabilidade, Economia e Administração. A entrada desta nova forma de se ver e administrar os negócios no Brasil remonta a era Vargas. Com a saída de um modelo rural tipicamente exportador para a industrialização e desenvolvimento urbano ocorrido após a queda da bolsa de valores de Nova York em 1929, o fim do império da indústria cafeeira e entrada das multinacionais no circuito, as companhias brasileiras foram mergulhadas por uma cultura estrangeira mais atualizada e precisaram se reinventar para combater a concorrência. A globalização aproximou investidores, produtores e clientes e as fronteiras deixaram de ser fatores determinantes e foram diminuídas com os adventos da internet. Agora as empresas nacionais visando o mercado mundial precisavam mais do que apenas relatórios contábeis e o gerenciamento precisou ser renovado e melhorado, até as universidades precisaram atender a essa nova demanda. O presente artigo tem como função permear os principais assuntos que levaram a entrada da Controladoria no país, suas razões e modificações ocorridas no Brasil, como a profissão se encontra nos dias atuais e destaque nos desafios futuros para essa carreira. O método de elaboração utilizou-se da forma descritiva por pesquisa bibliográfica.

Palavras-chave: Controladoria. Controller. Histórico. Reinventar. Desafios.

1 Conceitos básicos

Como parte importante da pesquisa cientifico-educacional, primeiramente se faz necessário efetuar análise quanto à conceitos básicos do assunto abordado. Neste tópico serão elucidados os fundamentos para que o avanço dos assuntos na pesquisa tenha sentido e alcancem seu objetivo primordial que é a explanação do tema sobre um enfoque histórico da controladoria no Brasil o futuro e desafios da profissão no âmbito nacional. O método como informado anteriormente é descritivo por meio de pesquisa bibliográfica.

  1. Conceituando controladoria

De acordo com Filho (2015, p.2) o conceito de controladoria se desdobra em dois caminhos: no âmbito administrativo como força de controle e planejamento financeiro de uma empresa, se baseando no sistema SIG (Sistema de Informação Gerencial); e área de conhecimento e estudo, utilizando bases e preceitos de outras áreas do conhecimento e ciências.

 A controladoria, segundo Orleans Martins (2005), tem sua definição em: garantir informações adequadas no processo de decisões daqueles que gerem uma empresa, auxiliando assim na melhoria de eficiência de todas as subdivisões da corporação, levando-se em conta sempre o aspecto econômico.

Por fim, Borinelli (2006) faz a seguinte síntese: controladoria é um conjunto de conhecimentos que se constituem em bases teóricas e conceituais de ordem operacional, econômica, financeira e patrimonial, relativas ao controle do processo de gestão organizacional.

Chegando a uma conclusão mais completa, a controladoria, seria basicamente o arranjo como os preceitos, metodologias e procedimentos são administrados pela gestão das empresas para suprir informações para as diversas tomadas decisões dos administradores, englobando, não somente ciências mais óbvias como Contabilidade, Economia e Administração, mas também outras importantes como Recursos Humanos, Ambientais, Tecnológicos, Regulatórios, Marketing etc.

A profissão e função em um sentido mais simples poderia ser elucidada em uma analogia de um conselheiro dos gestores de uma empresa que possui experiencias sólidas na área econômico-contábil, mas ao mesmo tempo com conhecimentos gerais nas demais áreas, auxiliando na tomada de decisões com projeções e possíveis caminhos a seguir. Não se pode confundir a controladoria como a responsável pela tomada de decisões, extinguindo aqui o papel dos administradores da empresa. Ela é responsável por disponibilizar possíveis caminhos a seguir com relatórios e análises de viabilidade que devem ser discutidos em conjunto com a alta administração que será a responsável final por uma ação a se tomar.

  1. Conceituando o controller 

Para que a controladoria fosse levada ao destaque dentro de uma empresa como hoje se vê, houve a necessidade de criação de um profissional que detivesse conhecimentos técnicos amplos adequados para poder somar as diversas informações que um sistema gerencial gera e transformá-las em estratégias sólidas para tomada de decisões por parte dos gestores. Alguém que tivesse em seu Know-how o domínio não apenas da área de contabilidade (Análise, criação de balanços/DRE e controle de custos) mas também soubesse transitar pelas diversas áreas de conhecimento que uma empresa demanda, como compras, estoque, vendas, marketing, planejamento estratégico, base de clientes, stakeholders e economia de mercado para assim ter um apanhado mais fiel da real situação da empresa.

Este profissional que foi forjado para atender à crescente demanda empresarial por formação de planejamento inteligente, entrega de caminhos disponíveis para gestores tomarem decisões e alcançarem os objetivos da companhia chamou-se de Controller. Esta função dentro das empresas emergiu no decorrer do tempo por meio de profissionais dos setores de contabilidade, visto boa parte das informações gerenciais da empresa passarem e serem processadas pelas mãos destes cargos.

Segundo os autores Figueiredo e Caggiano (2004) o Controller é indicado como o gestor responsável pelo departamento de Controladoria, tendo como função de cuidar e administrar pela continuidade da companhia, executando-o por meio do correto gerenciamento de um eficiente sistema de informação gerencial (SIG). Seu objetivo não é restringido a executar acertadas demonstrações contábeis, que relatam informações passadas e meras “fotografias” do estado da companhia. Mas, deve por meio destas bases de informações, traçar um diagnóstico das atividades econômicas e operacionais, procurando direcionar os gestores às ações necessárias para os objetivos traçados como metas da companhia. É o profissional responsável por transformar informações e dados financeiros aparentemente sem conexão em materiais e conhecimentos refinados e ao mesmo tempo simples de se entender que irão gerar valor para a companhia e melhorar a assertividade dos projetos.

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