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CENTRO CULTURAL ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE MOEDA “MERCADO DEDIN DE PROSA”

Por:   •  29/11/2020  •  Artigo  •  1.453 Palavras (6 Páginas)  •  167 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

CADERNO TÉCNICO

MEMORIAL DESCRITIVO

ALUNA: EDNA LÚCIA REIS GIOVANINI GALDINO

ORIENTADORA: RENATA BARCELLAR

DEZEMBRO DE 2020

CENTRO CULTURAL ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE MOEDA

“MERCADO DEDIN DE PROSA”

LOCALIZAÇÃO

O terreno objeto do meu projeto localiza-se no Município de Moeda, em Minas Gerais. A cidade localiza-se a 59 Km da Capital Belo Horizonte, na latitude 20º19’59”Sul e longitude 44º03’10”, a uma altitude de 812 metros, fazendo parte do circuito Estrada Real.

A área está localizada na principal via comercial do município, a Av.do Comércio, margeada pela ferrovia, a linha do Paraopeba, antiga Estrada de Ferro Central do Brasil. Assim encontram-se implantadas a antiga Estação Ferroviária e sua Plataforma de Embarque e Desembarque, que foram os objetos definidores para a escolha do tema.

O terreno também é lindeiro em sua porção posterior pela Rua Coronel Sérgio e pela rua Valdevino Silva.

ASPECTOS GERAIS DA IMPLANTAÇÃO

O projeto apresentado propõe a implantação de edificações adjacentes ao prédio da estação ferroviária de Moeda, de forma a compor um conjunto integrado e que traga ao local uma redefinição de uso do espaço público, incrementando e ampliando a vocação natural daquela área do município, caracterizado pelo comércio popular especialmente de artigos hortifruti, especiarias, temperos e artesanato, principalmente na Avenida do Comércio.

O Partido utilizado para a implantação dos blocos 02 e 03 (novas edificações) partiu das limitações impostas pela passagem das linhas férreas. Pensei desta forma em um elemento retangular, que ao ser entrecortado, transforma-se em dois trapézios, com definições de uso bem singulares entre si.

A fim de garantir a visibilidade e harmonia do conjunto, a altimetria no Bloco 02, adjacente à Estação Ferroviária, limita-se àquela edificação, em torno de 5 metros. O bloco posterior (03), tem altimetria de 6 metros, garantindo um movimento e um melhor pé direito para a nova edificação, onde teremos um maior número de usuários.

Os parâmetros urbanísticos, tendo em vista o Município de Moeda não possuir um Plano Diretor definido, foram relativizados em função da legislação da Capital e outros municípios. Os coeficientes de aproveitamento, altimetria, taxas de permeabilidade, ocupação, afastamentos e demais parâmetros seguem a Lei 11181/19 (plano diretor) de Belo Horizonte. Também atendemos a NB9050/2020 – Normas de Acessibilidade, garantindo a todo o empreendimento o acesso democrático de forma facilitada e garantida a pessoas portadoras de necessidades especiais.

São três blocos de edificações distintos. Sendo o Bloco 01 o prédio da estação, que é tombado pelo Patrimônio Histórico e funcionará como um Centro Cultural de resgate, ou seja, um pequeno museu de mostras, com exposições diversas de objetos ligados à história ferroviária. No Bloco 02, contíguo ao Bloco 01, onde vai ser instalada uma área de comércio de artesanato, doces, temperos e especiarias. Já no Bloco 03, ficará uma área gastronômica, com stands voltados à comercialização de comidas típicas, com toda a infraestrutura de cozinha e depósitos e ampla área de mesas, além de toda a parte administrativa e de serviços. Sendo contíguo ao Bloco 03 teremos um largo descoberto, onde funcionará uma feira de artigos hortifrutigranjeiros, lindeira à rua Valdevino Silva.

Temos ainda a Plataforma de Embarque e Desembarque, lindeira à Avenida do Comércio, que será transformada em um ambiente multiuso, com realização de oficinas públicas ao ar livre e apresentação de artistas populares.

O projeto a ser desenvolvido (Centro Cultural Estação Ferroviária de Moeda -“Mercado Dedin de Prosa”, tem uma área de implantação delicada, pois temos partes do terreno entrecortadas pelas linhas férreas, o que se tornou um desafio para a integração e acessos aos edifícios novos a serem edificados, com segurança e acessibilidade garantidas. Para tanto, pensei em uma integração aérea, por passarelas, o que se mostrou inviável, por se tratar de passagem de locomotivas e não termos comprimento que pudesse satisfazer um equipamento totalmente acessível.

Outro ponto foi a questão visual. Uma passarela nesse local traria um conflito visual enorme ao conjunto, especialmente ao bem tombado, o que colocaria por terra toda e qualquer intenção de exaltarmos as edificações.

Pensei desta forma em um túnel, uma passagem sob as edificações e as linhas férreas, aproveitando-se os desníveis naturais do terreno. Tal passagem mostrou-se uma solução não somente adequada, mas perfeita para a integração e amplitude das intenções do projeto, onde ali irá funcionar uma via com exposições fotográficas da história local, transformando-se num local de espectro mágico e lúdico, convidativo e surpreendente.

Desta forma, são dois acessos principais ao conjunto. O primeiro faz-se pela Av.do Comércio, onde temos o acesso ao túnel, que transporta o usuário aos Blocos 01 e 02 no primeiro trecho, sempre com acessibilidade garantida por meio de utilização de elevadores e escadas. Já o segundo acesso, é feito pela entrada do Mercado Gastronômico (Bloco 01), que fica na rua Valdevino Silva.

BLOCO A SER RESTAURADO

Bloco 01 – O bloco em questão é formado pela edificação da Estação Ferroviária e a Plataforma de Embarque e Desembarque isolada, que serão restaurados de acordo com os projetos originais, procurando o resgate da memória e dos materiais originais. O detalhamento do Tombamento/Restauro está no Caderno Técnico Específico.

BLOCOS A SEREM EDIFICADOS

Bloco 02 – Edificação voltada para o mercado de artesanatos, especiarias, temperos, doces e compotas. Sua estrutura ritmada, executada em aço cortem, elemento típico das terras mineiras e também marcante de nossa cultura, traduz uma leitura do imaginário de uma viagem de trem, onde essa marcação e ritmo são bem características, seja pelos sons, quanto pelas paisagens que passam pelas janelas. Assim, essa edificação também possui fechamentos envidraçados até uma certa altura, garantindo a ventilação cruzada superior e o conforto térmico. O piso será em concreto estampado pigmentado, sugerindo um piso de pedra natural, porém, com a tecnologia atual de resistência e manutenção. O forro será em madeira ripada e as paredes em alvenaria de tijolos aparentes. Essas características de revestimentos reportam a uma rusticidade e transportam o usuário a uma experiência aconchegante, além de se harmonizarem com as edificações tombadas.

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