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Considerações Sobre o Ecletismo na Europa - Resenha Crítica

Por:   •  12/10/2020  •  Resenha  •  1.085 Palavras (5 Páginas)  •  268 Visualizações

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Aluno: Ayronn Lima

Disciplina: Teoria e História da Arquitetura II

PATETTA, Luciano. Considerações sobre o Ecletismo na Europa. In: FABRIS, Annateresa (Org.) Ecletismo na arquitetura brasileira. São Paulo: Nobel, 1987, p.10-27.

O texto a seguir nos convida a reavaliar e estudar a crítica ao Ecletismo com novos olhares, formular novas hipóteses urbanas e também a preservação das construções do passado.

A obra a ser abordada, “Considerações sobre o Ecletismo na Europa”, foi desenvolvida por Luciano Patetta, e tem início da página 10 a 27.

Entende-se que o Neoclassicismo e Ecletismo estabelece o centro de interesse de algumas decisões operacionais e de projeto, na qual amadurecem. Durante esse período, houve críticas, como os termos “clássico” e “romântico”, um aprofundamento no significado da imitação e uma dialética entre as razões da arquitetura e razões éticas, devido a burguesia em ascensão, pois debatiam de que eram a única clientela. Também foram respondidas algumas questões durante esse período, como o Ecletismo ser a expressão da arte e arquitetura que segue ao Neoclassicismo, além de se diferenciar dos revivals; e esses revivals coincidirem em busca do “estilo nacional”. Contudo, é um erro afirmar que esse período da arquitetura tenha sido homogêneo; mas sim um período que apresentou diferentes manifestações e direções divergentes, se mostrando um período fragmentado.

Todavia, a concepção do estilo como linguagem coletiva, a convicção de que era possível escolher entre elementos extraídos da antiguidade e a concentração do melhor deles; iludindo-se de que esse “encontrar e aplicar” pudesse se comparar com as experiências criativas do passado, ao invés de “buscar ex novo e renovar sempre”. Em suma, pode-se dizer que a arquitetura não podia mais ser patrimônio de poucos “mestres”, mas que deveria ceder às novas exigências da produção em massa, assim criando a definição da figura do projetista; o profissional. O Ecletismo era uma cultura arquitetônica própria de uma burguesia que priorizava o conforto e o progresso, mas rebaixava a produção artística e arquitetônica da moda e gosto. Diante dessas exigências, os arquitetos apresentavam uma arquitetura não autônoma, mas participante e comprometida ao próprio sacrifício. Acolhiam dos mais variados elementos, extraídos de inúmeras épocas e regiões, e recompondo-os de diversas maneiras, de acordo com os princípios ideológicos, que se distinguia em pelo menos três correntes principais: a composição estilística (Adoção imitativa coerente e correta de formas que já pertenceram a um estilo único e preciso), a do historicismo tipológico (Voltado predominantemente a escolhas apriorísticas de cunho analógico, que orientavam o estilo quanto à finalidade de cada edifício) e a dos pastiches compositivos (Tendo uma maior liberdade, “inventava” soluções estilísticas historicamente inadmissíveis).

Pode-se fazer algumas observações significativas e caracterizadoras sobre o século XIX: Cada cópia estava distante do original, pois os arquitetos sempre produziam “simulacros”; A erudição e a filosofia constituíram um entrave evidente da criatividade, visto que as numerosas escolhas estilísticas pareciam apresentar uma época de liberdades, mas que correspondiam sob o ponto de vista do projeto; A intolerância em relação a nudez estrutural, que deviam ser revestidas por motivo de “decoro”; Os arquitetos tentaram impor razões da arte a progressiva mecanização da era industrial, dado que a produção industrial teria um aumento evidente na metade do século XIX, impondo suas leis econômicas também ao canteiro de obras. Essas imposições de elementos metálicos diferentes dos estilos arquitetônicos foi uma grande qualidade, mas a preço de um senso crítico aguçado por parte dos arquitetos desse período, entusiasmados diante do progresso técnico-científico. Em fins de 1700 começaram a surgir estudos de caráter histórico-topográfico. Nessas obras encontraram-se os primeiros acenos às peculiaridades do “locus”, posições geográficas, características e técnicas construtivas regionais. Era necessário ampliar a análise além da tipologia e esquema do edifício, para a avaliação das técnicas construtivas, os materiais e principalmente as decorações. Toda essa atenção aos elementos construtores, aos materiais e às técnicas, em pouco tempo, levou à descoberta da “arquitetura menor”,

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