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Debate contra o Movimento Moderno

Por:   •  25/4/2018  •  Resenha  •  1.710 Palavras (7 Páginas)  •  293 Visualizações

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Universidade Positivo                                                               Giovanna Durigan

Arquitetura e Urbanismo                                                              Monique Branco

Teoria e História da Arq. IV                                                             Vitória Sabino

Debate Movimento Moderno                                                                 4º ano MB

Contra o Movimento Moderno

SUBIRATIS, Eduardo. Da vanguarda ao pós-moderno. A ambígua utopia do maquinismo, p.23

  • As razões da defesa da tese baseadas no texto:

  1. Subiratis se posiciona contra o movimento moderno pois fala que a máquina tomou conta de todas as questões que articulam a arquitetura, onde os arquitetos se submetem a essa nova tecnologia, perdendo sua autonomia e elevando a máquina a um novo patamar que comanda os passos projetuais e culturais.

Trecho de Referência:

“Os pioneiros do Movimento Moderno comprometeram a autonomia da arte e da arquitetura, assim como seus conteúdos semânticos e simbólicos, transformando-as em um meio real para conferir à nova tecnologia uma dimensão universal e absoluta. O maquinismo foi elevado a valor cultural supremo ao longo deste processo. Léger em pintura, Oud ou Hilbersheimer em sua concepção do urbanismo, Le Corbusier em sua nova ideia de arquitetura, para mencionar apenas alguns exemplos, converteram a máquina em objetivo e valor por si, em torno do qual se articulava o conjunto das questões formais, plásticas, compositivas, construtivas e organizativas do desenho. ”

  1. Ele diz que o movimento moderno, apesar de todos os seus benefícios, acabou por estagnar a forma de construir e até de se pensar. A busca pela inovação e pela evolução acabou sendo deixada de lado para continuar da mesma forma, com a razão e a certeza que o movimento moderno oferecia; o que acabou por prejudicar os avanços que poderiam ter sido feitos.

Trecho de Referência:

“De um ponto de vista extrínseco, já não se tratava mais de formular artisticamente uma ordem histórica e cultural transgressora, e por conseguinte revolucionária ou ao menos utópica. Pelo contrário, sob as novas condições históricas tornava-se antes necessário desenvolver as formas capazes de representar fielmente o dado, ou seja, os valores de uma civilização fundada na extensão indefinida de um poder instrumental nascido sobre a base de valores científicos e racionais. A partir dos anos trinta, os portadores da modernidade já não se viam ante a necessidade de criar um estilo como inovação revolucionária de uma forma capaz, por si mesma, de transformar os valores da sociedade industrial. Tratava-se antes de criar uma linguagem que fosse suficientemente homogênea, consiste e congruente com as exigências da construção industrializada para converte-se em um paradigma generalizável. ”

  1. A relação entre os dois princípios dele, que seriam os prós e os contras, acontece quando ele diz que a máquina vai trazer a racionalidade e integrar com a cultura que já existe, porém isso é utópico, pois não se consegue inserir algo novo numa cultura pré-existente. Entretanto, os aspectos positivos do desenvolvimento tecnológico não acompanham a realidade, pois a partir do momento que existe o desenvolvimento industrial e a evolução artística das vanguardas, e que esses possuem limites diferentes, a inserção completa da máquina no modernismo é utópica no momento em que eles vivem.

Trecho de Referência:

“O primeiro deles é a transformação dos ideais transgressores e utópicos inerentes à racionalidade tecnológica e econômica do maquinismo no seu oposto: um princípio de racionalização e integração coercitiva da cultura artística e histórica às exigências do desenvolvimento tecnológico. A segunda questão vem a ser a consequência iconográfica desta consciência negativa que hoje mina a confiança na razão instrumental: a associação simbólica da máquina e suas expressões culturais com o destrutivo e demoníaco. Ambos aspectos não podem ser considerados fenômenos novos. Na realidade acompanharam o desenvolvimento industrial e a evolução artística das vanguardas como sua contrapartida e limite interior. Talvez somente a gravidade dos conflitos históricos atuais tenham posto em questão, radicalmente, a utopia artística da modernidade, e virtude da negatividade que estes dois princípios encarnam. ”

  • As razões que as mantém válidas no cenário atual:

  1. Para ele, a racionalização coerciva que cercava o movimento moderno por vezes beirava ao irracional, já que integrava todos os fenômenos culturais. Essa ambiguidade foi o que acabou por se mostrar nas obras da vanguarda, o racional e irracional entrelaçados. Esse pensamento ainda se enquadra atualmente pois a tecnologia continua tomando frente de todas as evoluções, muitas vezes se colocando como algo irracional, criando resultados as vezes positivos, mas as vezes negativos.

Trecho de Referência:

 “Este segundo aspecto da identificação da razão com a violência opressiva e da tecnologia com a destruição é o que designei anteriormente como identificação da máquina com o demoníaco, ou seja, com uma força irracional e incontrolável de signo negativo e destruidor. Obviamente o aspecto negativo do irracional no fenômeno civilizatório e artístico do maquinismo está intimamente relacionado com o ponto de vista anterior da racionalidade e sua intrínseca violência cultural. Um é contrapartida do outro, e expressa seu limite. Definitivamente, não se pode levar em conta a mais extrema utopia de uma sociedade integralmente racionalizada, como as pensadas em diferentes níveis por Mondrian, Le Corbusier e o futurismo, sem o seu reverso: a irracionalidade que impera onde o princípio racional do novo estilo cultural se implanta totalmente e até suas últimas consequências. ”

  1. De acordo com o posicionamento de Subiratis, que critica o modernismo, é importante o conhecimento e o estudo em cima do percurso que a modernidade artística passou, destacando os erros e acertos para que não sejam cometidos novamente. Com isso, é possível criticar o presente e então melhorar o processo para o futuro. Essa razão se aplica atualmente e sempre irá se aplicar, pois sempre aprenderemos com o que já foi aplicado anteriormente.

Trecho de Referência:

 “Hoje é necessário, precisamente por nossa consciência de novos problemas históricos, um redelineamento dos caminhos percorridos pela modernidade artística de nosso século. Impõe-se esta revisão do passado precisamente como uma maneira de transformar o presente crítico em que vivemos e de abrir, assim, uma perspectiva para o futuro e para uma realidade melhor. ”

  1. A relação homem-máquina hoje não se modificou muito em sua essência comparada ao movimento moderno, apenas se tornou ainda mais forte a ponto de gerar uma severa dependência da tecnologia, a qual apesar de oferecer incontáveis ferramentas que facilitam a vida do homem, por vezes acabam por atrapalhar mais do que ajudar.

Trecho de Referência:

“Hoje pode-se afirmar que, efetivamente, a máquina ocupa para o homem moderno o mesmo lugar semântico que a natureza teve para o homem do século XVIII. Em última instância é certo que a tecnologia é a medidora de todos os nossos processos vitais, desde o nascimento até a morte, e que nossos confrontos com os fenômenos da razão instrumental compreendem todas aquelas atividades e faculdades que em uma cultura pré-industrial dirigem a confrontação do homem com a natureza. ”

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