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RELÁTORIO LIVRO O QUE É PATRIMONIO HISTÓRICO

Por:   •  4/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.167 Palavras (9 Páginas)  •  2.037 Visualizações

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RELATÓRIO DE DISCUSSÃO EM SALA

DO LIVRO “O QUE É PATRIMONIO HISTÓRICO”

Alane Santos R.A. 201304650

Jeorge Victor Ferreira R.A. 201314715


RESUMO GERAL

O livro “O que é patrimônio histórico”, de Carlos A. C. Lemos, baseia-se em definir e destacar a questão da preservação do patrimônio cultural. O discurso de Carlos Lemos nos traz reflexões sobre o tema Patrimônio Histórico e sua preservação no Brasil, onde estudos e leis de preservação iniciaram tardiamente. Patrimônio Histórico não se resume apenas em cidades e monumentos importantes, mas reúne todo tipo de material que documente a memória e os costumes de uma época, de maneira que não se perca com o tempo, assim como acontece com tudo que não é registrado.

O livrinho, termo que o próprio autor diz a respeito de sua obra, é formado por seis capítulos. No primeiro, Carlos Lemos reflete sobre o que é Patrimônio Cultural, trazendo referências que subdivide o tema em três grandes categorias de elementos: recursos naturais, conhecimento e bens culturais. O segundo capítulo há um aprofundamento sobre “artefatos”: a relação do homem e do meio ambiente com o objeto criado e construído. Em seguida vem a questão: “Por que preservar?”, neste capítulo Carlos Lemos define o que é preservar e com argumentos justifica a importância do assunto. Posto isso, parte-se para outra indagação: “O que preservar?”, aqui o autor narra brevemente à preocupação preservadora na história brasileira: quando iniciou, quais os pioneiros, os primeiros projetos e leis e suas respectivas abrangências, a negligencia por parte das autoridades e relato de algumas perdas de bens históricos. Adiante, o “Como preservar?” interessa ao autor a conservação de bens culturais arquitetônicos, Carlos Lemos defendo o uso constante do edifício, de preferência satisfazendo o programa original como forma de preservação. Além disso, nos traz referências internacionais a respeito do assunto. E por fim, encerra sua narrativa com indicações de leitura sobre o tema.

CAPITULO 1 – PATRIMONIO CULTURAL

  • O texto trada das definições básicas e da preservação do patrimônio arquitetônico dito histórico.
  • Professor francês Hugues de Varine-Boham divide o Patrimônio Cultural em 3 categorias de elementos
  • Natureza e meio ambiente – nesta categoria se enquadra os rios, água, peixes, cachoeiras, entre outros.
  • Conhecimentos e técnicas ao saber e as saber fazer – esta categoria abrange toda a capacidade de sobrevivência do homem no meio ambiente.
  • Bens culturais (o autor destaca como a categoria mais importante) – a categoria engloba toda a sorte de coisas, objetos, artefatos e construções a partir do meio ambiente e do saber fazer.
  • Este capíitulo mostra um panorama geral do livro, sendo que ao desenrolar, o texto enfatizará a categoria 3.

CAPITULO 2 – DOS ARTEFATOS

  • Relações necessárias que existem entre o meio ambiente, o saber e o artefato; entre o artefato e o homem; entre o homem e a natureza.
  • Compreender que o objeto isolado do contexto tem que ser entendido como um fragmento, mas, lembrando o todo.
  • Critica ao museu, pois, isolam os objetos diversificados, sem relacionar com o todo
  • ‘Prefere’ os ecomuseus, pois estes estão em seu habitat natural, procurando manter relações originais.
  • Divide os artefatos segundo a utilidade imediata ou segundo a durabilidade ou persistência.
  • Vida útil dos artefatos pode variar, bem como o seu uso.
  • Existem, também, importantes e históricos exemplos de construções que tiveram seus usos originais substituídos, embora a função do abrigo própria do espaço arquitetônico continuasse sendo exercida.
  • Cita as basílicas romanas que tiveram suas dependências aproveitadas depois da liberação do cristianismo.
  • Adaptações ao longo do tempo, como um casarão que, ao adaptar, torna-se habitação multifamiliar.
  • Exemplifica que os portugueses utilizavam a experiência indígena para suas construções.
  • Mostra que exemplos de casas brasileiras têm a influência da miscigenação, onde os negros e índios deixaram suas marcas. Condições climáticas também são consideradas.
  • Cada artefato doméstico está relacionado a época e ao tipo de lugar.
  • É certo que esse cenário, para fins didáticos, pode ser recriado, como é normal em muitos museus do mundo. Mas, nessas reconstruções, sempre se percebe uma artificialidade fria e estática onde está sempre ausente a marca inesperada da presença humana.
  • Mostra que, às vezes, ao sair um objeto do seu habitat natural, é utilizado com outras funções e com outras relações. Exemplo: quando um objeto antigo vai para leilão e vira decoração.
  • O sistema articulado de bens culturais dentro da cidade é permanentemente alterado.
  • Objetos são deixados de ser feitos à mão. Indústria produz em massa objetos idênticos perdendo suas características regionais e culturais.
  • Os variados patrimônios culturais de variados lugares vão tendendo a uma uniformização, a uma universalização. É o caminho da padronização.
  • Muitos artefatos preservados são das classes mais altas e por terem mais poder de decisão. Nunca houve ao longo da historia interesses permanentes voltados à preservação dos artefatos do povo.  Sempre se coleciona coisas ‘importantes’ como jóias, obras de arte, etc.
  • Em geral, guardam-se os objetos e as construções das classes ricas. Guardam-se os artefatos de exceção e perderam-se para todo o sempre os bens culturais usuais e corriqueiros do povo.
  • Essa memória social vem sendo tratada com seriedade nos últimos tempos, a partir dos movimentos europeus da segunda metade do século XIX.
  • O livro deve se ater a 3 pontos básicos.
  • Porque preservar.
  • O que preservar.
  • Como preservar
  • Levar em consideração tão-somente o caso brasileiro, com suas peculiaridades, sem descuidar das recomendações internacionais a que estamos sujeitos via acordos culturais regidos pela UNESCO.

CAPITULO 3 – POR QUE PRESERVAR?

  • A pergunta está ligada a quem se deve preservar e que interesses devem se ater às intervenções preservadoras.
  • Preservar é livrar de algum mal, manter livre de corrupção, perigo ou dano, conservar, livrar, defender e resguardar.
  • Para que as características de uma sociedade sejam preservadas, têm-se que manter conservadas duas condições mínimas de sobrevivência, todas elas implícitadas no meio ambiente e no seu saber.
  • Não confundir sincretismos culturais incorporados ao quadro social com simples empréstimos, às vezes temporários, de modismos alienígenas tão comuns hoje, via cinema e televisão.
  • Percebe-se que o termo preservar deve ser aplicado com toda amplitude de seu significado. É dever do patriotismo preservar os recursos materiais e as condições ambientais em sua integridade, sendo exigidos métodos de intervenção capazes de respeitar o elenco de elementos componentes do Patrimônio Cultural. É dever do patriotismo preservar o saber brasileiro fazendo com que os conhecimentos de fora valorizem-no em vez de anularem-no.
  • Preservar não é só guardar uma coisa, um objeto, uma construção, um miolo histórico de uma grande cidade velha. Preservar também PE gravar depoimentos, sons músicas populares e eruditas. Preservar é manter vivos, mesmo que alterados, usos e costumes populares.
  • Devemos garantir a compreensão de nossa memória social preservando o que for significativo dentro de nosso vasto repertório de elementos componentes do Patrimônio Cultural. Essa a justificativa do ‘por que preservar’.
  • A classe dominante, quase sempre, tem seu prestigio herdado e, por isso, gosta de preservar e recuperar os testemunhos materiais de seus antepassados.
  • Sempre os objetos fora de uso despertam a curiosidade e sugerem sejam guardados em coleções musicológicas.

CAPITULO 4 – O QUE PRESERVAR?

  • No Brasil, a preocupação por parte do governo é relativamente nova.
  • Luiz Cedro, em 1923, apresentara um projeto de lei destinado a salvar nosso Patrimônio sugerindo a criação de uma ‘Inspetoria dos Monumentos Históricos dos Estados Unidos no Brasil.’
  • Somente em 1936 é que foi ganho um projeto digno de elogios, de autoria do escritor Mario de Andrade. O projeto tornou-se lei em 1937. Mario de Andrade naquela época já estava tentando resguardar a totalidade dos bens culturais de nosso Patrimônio Cultural, chamando-os de obras de arte pura ou aplicada, popular ou erudita, nacional ou estrangeira.
  • Mario de Andrade agrupou as obras de arte em 8 categorias.
  • Arte arqueológica
  • Arte ameríndia
  • Arte popular
  • Arte histórica
  • Arte erudita nacional
  • Arte erudita estrangeira
  • Artes aplicadas nacionais, e
  • Artes aplicadas estrangeiras
  • Dentre as obras de arte arqueológicas e ameríndias englobava-se toda sorte de objetos, como fetiches, instrumentos de caça, de pesca, de agricultura, objetos de uso domésticos, veículos, inscrições rupestres e elementos das paisagens, do meio ambiente, bem como os vocabulários, cantos, lendas, magias, etc.
  • Na arte popular, inclui a arquitetura, falando de múltiplas construções, como capelinhas a beira da estrada.
  • No agrupamento de arte histórica arrola com bastante lucidez a variedade disponível de bens culturais que, de alguma forma refletem, contam, comemoram o Brasil e sua evolução nacional.
  • Nas artes eruditas nacionais ou estrangeiras incluía o autor de todas e quaisquer manifestações de arte.
  • Nas artes aplicadas nacionais e estrangeiras, estariam classificadas todas as manifestações ligadas ao mobiliário, à talha, tapeçaria, joalheria, etc.
  • No fim daquele ano, depois do golpe político de Getúlio Vargas, organizou-se então o primitivo SPHAN.
  • Só em meados da década de 1970 é que esse assunto ligado à preservação de bens culturais vistos em conjunto dentro de centros urbanos tem sido discutido entre nós, trazendo consigo a expressão ‘Patrimônio Ambiental Urbano’.
  • Primeira cidade a ser preservada foi Ouro Preto.
  • A visão protetora de conjuntos de bens culturais urbanos tem uma abrangência maior, procurando interpretações de caráter social através de todas as indagações possíveis.
  • A cidade tem que ser encarada como um artefato, como um bem cultural qualquer de um povo.
  • Os parâmetros iniciais para servir de guias na abordagem do tema ‘ o que preservar’ deve, ser:
  • Identificar os tipos de relações mantidas entre o traçado urbano e o sitio original, de implantação, etc. para ver como as cidades se adaptaram a todos os componentes culturais.
  • Procurar ali as construções contemporâneas e analisar as relações espaciais primitivas ali mantidas.
  • Lembrar de 3 hipóteses de situações urbanas onde os bens culturais tangíveis comparecem sugerindo providencias dos preservadores.

A primeira é aquela que reúne o traçado urbano qualquer acompanhado de construções originais que podemos chamar de primarias, suas contemporâneas como foi visto.

A segunda hipótese é aquela que mostra os traçados urbanos quaisquer cujas construções lindeiras não são mais originais devido a sucessivas solicitações de programas sempre renovados.

A terceira hipótese apresenta conjuntos de construções antigas situadas em logradouros públicos alterados devido a intervenções modernas em traçados primitivos.

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