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RESUMO - O QUE É SOCIOLOGIA

Por:   •  12/12/2017  •  Resenha  •  2.518 Palavras (11 Páginas)  •  373 Visualizações

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RESUMO - O QUE É SOCIOLOGIA - CAPÍTULO 01

A sociologia resulta de um conjunto de pensadores que tentavam compreender situações sociais radicalmente novas, criadas pela então nascente sociedade capitalista no contexto da desagregação feudal. Os interesses econômicos e políticos das classes sociais, que na sociedade capitalista apresentam-se de forma divergente, influenciam profundamente a elaboração do pensamento sociológico.

Precedentes da sociologia no séc. XVIII com as revoluções industrial e francesa - consolidando o capitalismo.

Rev. Industrial impôs novas formas de conduta e de relações de trabalho, completamente diferentes das vividas anteriormente; surge o proletariado; nascentes industriais; êxodo rural; manufatura e atividade fabril; salário de subsistência; superlotação e falta de estrutura da cidade; criminalidade; doenças. Trabalhadores tomam consciência e criam jornais, sua própria literatura, fazendo uma crítica da sociedade capitalista e inclinando-se para o socialismo como alternativa de mudança. Os pensadores dessa época procuravam extrair orientações para a ação, para manter, reformar ou modificar a sociedade.

O pensamento teocêntrico começa a dar lugar ao racionalismo; método científico para explicação da natureza; acumulação de fatos.

A pressuposição de que o processo histórico possui uma lógica compreensível abria novas pistas para a investigação racional da sociedade.

Os iluministas (ideólogos da burguesia) atacaram os fundamentos do feudalismo, os privilégios de sua classe dominante e as restrições que esta impunha aos interesses econômicos e políticos da burguesia. Partiram dos seus antecessores do século XVII, como Descartes, Bacon, Hobbes; porém mudaram o método dedutivo para indutivo (base em fatos) e foram mais influenciados por Newton. Acreditavam que as instituições eram irracionais e injustas, que atentavam contra a natureza dos indivíduos e impediam a liberdade do homem. Reivindicavam a liberação de todos os laços sociais tradicionais, (corporações, a autoridade feudal, etc.). Conhecimento com dimensões crítica e negadora.

A burguesia toma o poder em 1789, procurando construir um Estado que assegurasse sua autonomia da Igreja e que incentivasse a empresa capitalista. Destituição do feudalismo e monarquia. Abolição dos grêmios e das corporações; promulgação de uma legislação que limitava o patriarcado; divisão igualitária da propriedade. A igreja foi destituída de suas propriedades; votos monásticos suprimidos; Estado passa ter as funções da educação.

Pensadores franceses da época fazem reflexões sobre a natureza e as consequências da revolução. Expressões como "anarquia", "perturbação", "crise", "desordem", para julgar a nova realidade. Nutriam em geral certo rancor pela revolução, "os seus falsos dogmas" (igualdade, liberdade, fraternidade). Acreditavam que para solucionar a desordem é preciso conhecer as leis que regem os fatos sociais, instituindo uma ciência da sociedade.

Saint-Simon afirma que "a filosofia do último século foi revolucionária; a do século XX deve ser reorganizadora". Fundadores da sociologia devem estabilizar a nova ordem. Comte apresenta a nova teoria da sociedade ("positiva") que ensina os homens a aceitar a ordem, sem negações.

A partir da terceira década do séc. XIX, a miséria aumenta ainda mais, e os pensadores percebem que não seria capaz de interromper o estado de "desorganização" e criar uma ordem social estável. Era preciso interesses práticos, afirma Durkheim.

Os primeiros sociólogos irão revalorizar instituições que possuem papéis fundamentais na integração e coesão da vida social; movimentos de reforma conservadora da sociedade. Para Comte, a sociologia deveria visar o conhecimento e estabelecimento das leis imutáveis da vida social - “a ciência conduz à previdência, e a previdência permite regular a ação”.

A oficialização da sociologia foi uma criação do positivismo; física social; cancela a filosofia negativa e o estudo baseado na economia política; o objeto social é autônomo.

É no pensamento socialista que o proletariado buscará referencias para levar adiante as suas lutas de classes. É neste contexto que a sociologia vincula-se ao socialismo e a nova teoria crítica da sociedade passa a defender os trabalhadores.

CAPÍTULO 02

A existência de interesses opostos na sociedade capitalista penetrou e invadiu a formação da sociologia. Há pensadores que viam o capitalismo como algo positivo, e outros não.

Os que apoiavam o capitalismo basearam-se na teoria conservadora (profetas do passado), que nega os conceitos do Iluminismo e se aproxima dos conceitos feudais, com sua estabilidade e acentuada hierarquia social. Consideravam as crenças iluministas como aniquiladoras da propriedade, da autoridade, da religião e da própria vida. Apoiavam as instituições religiosas, monárquicas e aristocráticas; a ordem e estabilidade, a coesão social, a importância da autoridade, hierarquia, tradição e dos valores morais. Não mediam esforços ao culparem a Revolução Francesa por esta escalada do declínio da história moderna.

Tais ideias dos conservadores foram referência para os pioneiros da sociologia, porém modificariam algumas das concepções dos "profetas do passado", adaptando-as às novas circunstâncias históricas, visto que estavam conscientes de que não seria possível voltar à velha sociedade feudal.

Entre os autores positivistas, em destaque Saint-Simon, Auguste Comte e Emile Durkheim, as ideias dos conservadores exerceriam uma grande influência, estabelecendo uma “escola retrógrada”. São estes autores que iniciarão o trabalho de dar ao conservadorismo uma nova roupagem, com o propósito de defender os interesses dominantes da sociedade capitalista.

Saint-Simon tem sido geralmente considerado o "mais eloquente dos profetas da burguesia”: Uma vez que todas as relações sociais tinham se tornado instáveis, o problema a ser enfrentado, em sua opinião, era o da restauração da ordem. Em sua visão, a nova época era a do industrialismo, que trazia consigo a possibilidade de satisfazer as necessidades humanas e seria a única fonte de riqueza e prosperidade. Acreditava também que o progresso econômico acabaria com os conflitos sociais e traria segurança para os homens. A função do pensamento social neste contexto deveria ser a de orientar a indústria e a produção. Valorizava o cientificismo, e percebe que faltava uma ciência social. Conflito entre possuidores e não possuidores.  A ciência da sociedade devia descobrir essas novas normas que pudessem guiar a conduta da classe trabalhadora, refreando seus possíveis ímpetos revolucionários.

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