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Resenha A Cidade Como Um Jogo de Cartas

Por:   •  22/2/2023  •  Resenha  •  1.072 Palavras (5 Páginas)  •  166 Visualizações

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Dissente: Laura Lima Guimarães

Turma: Arquitetura e Urbanismo 2022/2

Disciplina: TAU 1 (Teoria da Arquitetura e Urbanismo)

SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. A Cidade como um Jogo de Cartas.  Niterói: Universidade Federal Fluminense; São Paulo: Projeto Editores  Associados Ltda. Disponível em:  

https://www.dropbox.com/s/vv1wf02ewzi3chd/A_Cidade_como_um_Jogo_de_C artas_SANTO S__Carlos_Nelson_F._dos.pdf?dl=0

Schlee, M. B., Nunes, M. J., Rego, A. Q., Rheingantz, P., Dias, M. Ângela, &  Tangari, V. R. (2009). Sistema de Espaços Livres nas Cidades Brasileiras – Um Debate conceitual. Paisagem E Ambiente, (26), 225-247.  https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i26p225-247. Disponível em:  https://www.revistas.usp.br/paam/article/view/77358 

Resenha crítica sobre A Cidade Como um Jogo de Cartas e Sistemas de

Espaços Livres nas Cidades Brasileiras

O livro ‘’A cidade como um jogo de cartas’’ é uma obra do arquiteto e urbanista Carlos Nelson Ferreira dos Santos, que atuou também como antropólogo e professor universitário. Nasceu no Rio de Janeiro, no ano de 1943. Aos 49 anos faleceu, tendo publicado essa obra um ano antes de seu falecimento, em 1988.

A cidade como um jogo de cartas é dividido é vários capítulos que visam mostrar o papel do arquiteto e urbanista e da população no meio urbano, juntamente com ilustrações que auxiliam para um melhor entendimento do tema abordado. Logo no início, o autor deixa claro a metáfora que vai se construindo ao longo de sua obra, que trata as relações de poder na cidade como jogos de interesse que circulam o processo do planejamento urbano e municipal, sendo os jogadores, os grupos que interagem nessa instância, como o governo, as empresas, os políticos e a população (SANTOS,1988).

É interessante perceber como as cartas refletiam a sociedade, como por exemplo, cada naipe é uma classe: copas, o clero; espadas, a nobreza; ouro, a burguesia; e paus, os camponeses. Ainda no início, o autor justifica seu trabalho e desenvolvimento com base em uma série de reflexões sobre como se formam e desenvolvem as cidades, se ordenam e controlam os espaços edificados. Seu principal objetivo é orientar os planos específicos para as novas cidades do estado de Roraima. Expõe tentativas de solucionar variadas questões enfrentadas na criação e modificação de cidades. Nelson defende que, para que a cidade cumpra todas suas funções corretamente, faz-se necessário respeitar as regras do jogo, de modo que o arquiteto se torna o principal jogador, que torna possível a partida pois esclarece todos os pontos do jogo.

A obra faz um importante retrospecto da arquitetura e urbanismo no mundo. Sua importância foi descoberta pelas técnicas de governo somente no século XVIII. Reflete a cerca da organização do espaço nas cidades, serviços coletivos, higiene e a construção de prédios. As cidades que antes eram baseadas em ordens do Divino, passaram a ser pensadas para se ajustarem as condições do campo intelectual hegemônico.

Outro ponto relevante é o conceito de densidade que o livro traz no que se refere a espaço urbano. A ‘’relação entre pessoa e terra disponível’’ pode ocasionar um problema tendo em vista o crescimento populacional desenfreado nas cidades brasileiras.
No Brasil, as primeiras cidades foram criadas pela atividade que era desenvolvida na época, destinada a exportação, dai se explica a localização das primeiras cidades ao longo do litoral. A funcionalidade das cidades impulsionou o desenvolvimento e o capitalismo das mesmas, fazendo- as crescer gradativamente, de modo que foram criados vários conflitos. O governo brasileiro, por exemplo, sempre enfrentou problemas de gestão devido a diversidade da sociedade. Somente a partir dos anos 30 o governo começa a intervir no cenário urbano com novas propostas.

Nelson traz um dos grandes problemas das estruturas das cidades brasileiras, que é a importação dos moldes de ocupação do espaço, sendo assim, os brasileiros passaram a não se identificar com as cidades. Santos afirma que a estrutura de uma cidade é sua sintaxe espacial e que os espaços se articulam em muitos padrões que nada mais são que a combinação estilística de elementos fundamentais. Apresenta o caso das cidades de Roraima, onde foi feita uma escolha alternativa do que deve estruturar o espaço urbano. Os elementos estruturantes mais universais (lote; quarteirão; e rua) foram tomados e agrupados numa ordem hierárquica. E é esta estrutura que vai orientar e articular o espaço urbano de Roraima.

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