Resenhas

MARCHESINI, Atílio Jr; SANTOS, Célia Bega dos. O Espaço Social do Shopping Center: Uma análise do Shopping Parque Dom Pedro em Campinas. Revista Eletrônica de Geografia OBSERVATORIUM, v.1, n.3, p. 22-37, dez. 2009. Disponível    em:Acesso em: 18 ago. 2015.

>Neste artigo são apontadas as problemáticas geradas pela sociedade atual consumista, que é influenciada inconscientemente a adaptar seus comportamentos de modo a sempre comprar mais e mais. O autor vai além explorando também as questões espaciais geradas por esse novo hábito, pois cada vez mais os espaços voltam-se para dentro, negando a cidade ao redor. A preferência e busca por espaços artificiais afeta a qualidade de vida urbana, e esse conteúdo é exposto nos comportamentos sociais e espaciais resultantes desse consumismo.

As modificações se mostram presentes no espaço, que passa a serem construído e reconstruído de acordo com as vontades do mercado, se tornando locais normatizados e padronizados, assim como a própria sociedade, de acordo com as necessidades daqueles que irão consumir. (MARCHESINI 2009, p.27)

“A sociedade torna-se mecanizada, direcionada de acordo com os interesses do mercado e do capital, mesmo no seu momento de lazer, e isso torna os homens cada vez menos participantes, conformados.” (MARCHESINI 2009, P.31). É importante perceber que o espaço é responsável pela determinação do nosso comportamento, e que os Shoppings são centros que instigam certo abandono do convívio das pessoas para com a vida urbana, pois tudo acontece lá dentro, e ainda por cima de forma excludente, causando uma alienação na sociedade e uma inversão de valores. Ambientes climatizados e artificiais são bem mais relevantes  e aceitos, do que a reinvindicação de um espaço público de qualidade.

“(...)o espaço acolhe o lazer e o turismo no tempo disponível que as pessoas tem, espaços estes, que podem ser públicos ou privados, abertos ou fechados, urbanos ou rurais, e dessa forma transformam-se em mercadoria produzida pela sociedade consumidora da atualidade. Assim, a questão lazer e espaço integram-se para promover a construção de lugares voltados para oferecer a condição de consumo nos momentos de “tempo livre” das pessoas, transformando esses lugares em espaços da alienação” (MARCHESINI 2009, p.28)

SOUSA, Claudia Azevedo de. DO CHEIO PARA O VAZIO metodologia e estratégia na avaliação de espaços urbanos obsoletos, Lisboa, 2010. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Universidade Técnica de Lisboa. Disponível em:  . Acesso em: 01 maio 2015.

>A dissertação discorre da conceituação de CIDADE, ESPAÇO PÚBLICO E VAZIO URBANO, de forma bastante simplificada é relatada como o processo de mordernização da cidade afeta seu ordenamento, pois a cidade quando cresce em desequilíbrio obtêm consequências negativas. Dessas consequências temos o vazio urbano que nos é apresentado classificando-o em diversas categorias de atuação, e como isso consequentemente agride o espaço público.