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Resumo: As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias

Por:   •  24/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  692 Visualizações

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Nome: Tauane Reis Sousa[pic 1]

Prof: Tatiana Portella

Planejamento Urbano I

Resumo: As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias – Ermínia Maricato

O texto As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias traz uma reunião de pensamentos que tratam do planejamento urbano moderno e todas as problemáticas que esse assunto carrega. A autora, Ermínia Maricato, faz um debate sobre a ocupação do solo urbano nas cidades brasileiras, o modelo político-econômico em que isso ocorre, onde e em qual contexto se localiza o planejamento urbano e onde ele se ausenta. Abordando quais as perguntas que surgem desta relação capital-planejamento urbano e condições de ocupação do solo e para onde esta situação se desloca, se desenvolve ou se dirige.

A raiz do de planejamento urbano modernista/funcionalista, que conduziu o crescimento das cidades do mundo, passou a ser desmontada pela ideologia do neoliberalismo, juntamente com o capital especulativo, trazendo inconstância e o fim da burocratização, aumentando assim, a já grande diferença entre os detentores do capital, ou seja, do poder e o restante da população.

É fato que os centros urbanos são criados e pensados para a apenas a cidade oficial, mantendo a permanência do sistema político-econômico-social. As elites políticas, possuidoras do capital, determinam o uso e a ocupação do solo em apenas uma parte da cidade, conferindo um plano idealizado e embelezado. Tornando-as donas de um modelo dito oficial, enquanto que nas periferias, distante do alcance daquilo que se diz estruturado, são esquecidas e se parecem mais como burgos medievais, afirmando que a cidadania é um privilégio e não um direito. E assim, surge o urbanismo brasileiro.

Ilusoriamente, a ordem se refere a todas as pessoas, de acordo com os princípios do modernismo. Mas também, podemos dizer que as ideias estão no lugar por isso mesmo: porque se descrevem a um pedaço da sociedade, reproduzindo desigualdades e privilégios. Para a cidade ilegal, não há planos, nem ordem, não há o direito à cidade, ou seja, as carências básicas de grande parte da população não merecem atenção. Ela não é reconhecida, é um lugar fora das ideias.

É evidente que a ocupação do solo urbano se constrói a partir de um modelo político econômico específico, que vem estabelecendo e intensificando o cenário nas grandes cidades do Brasil, já que as áreas que não se “encaixam”, não cabem no planejamento urbano moderno/funcionalista. Este modelo se caracteriza por ser elitista, colocando o planejamento urbano, como algo que existe para alguns, para uma parte da cidade - a oficial. Já a cidade real, é excluída e ocultada, o solo urbano, na sua maior parte, serve para o desenvolvimento caótico e crescimento da ocupação ilegal e das favelas. Elas são vistas como inimigas da qualidade de vida. As áreas que merecem legislação específica não importam ao mercado legal e são as áreas que sobram para a maioria da população e isso é promovido pela exclusão habitacional, já que a gestão urbana e os investimentos públicos intensificam a desigualdade. O urbanismo brasileiro, um dos mais desiguais do mundo, não tem comprometimento com a realidade concreta, mas sim, com uma parte da cidade.

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