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As Finanças Corporativas

Por:   •  21/12/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.142 Palavras (5 Páginas)  •  143 Visualizações

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FINANÇAS CORPORATIVAS – Thiago da Silva Amaral

Tomar conta das finanças pessoais não é uma tarefa fácil, vemos várias pessoas o tempo todo se endividando e tendo problemas em gerenciar o salário e manter a vida financeira saudável. Com as empresas não é diferente, precisamos estar atentos a saúde financeira do caixa, e tomarmos decisões com responsabilidade e estratégia, nos baseando em indicadores e técnicas de finanças para garantir a perpetuidade da empresa.

A área que é responsável por planejar e manter o bom funcionamento da empresa no curto e longo prazo, é chamada de Finanças Corporativas, e os profissionais que fazem parte dessa área são chamados de Gestores Financeiros, e são os responsáveis pelo apoio na tomada de decisões estratégicas sobre o negócio e sobre as medidas que devem ser tomadas no âmbito financeiro. Então, podemos dizer que a motivação para o estudo das Finanças Corporativas, em consonância com o objetivo de manter a organização financeira da empresa está baseada em dois objetivos, que são a maximização do retorno do acionista, ou seja, conseguir alavancar ao máximo possível os ganhos financeiros dos acionistas, e a criação de valor para o acionista, bem como os outros agentes envolvidos diretamente com os resultados gerados pela instituição, então estamos falando em maximizar o valor da empresa e garantir sua existência ao longo do tempo.

Ao pensarmos em como podemos tomar decisões estratégicas que estejam de acordo com os valores da empresa, e com o objetivo de maximizar sua valorização perante o mercado e os acionistas, devemos ter bem definidas as respostas para as seguintes perguntas:

Onde vamos investir: Conhecer o ambiente onde estaremos injetando capital de nossa organização, é tão importante quanto conhecer a nossa própria empresa. Saber do mercado, conhecer nossos concorrentes, e entender os riscos por exemplo de encher um estoque de máscaras em plena pandemia, sem se preocupar com a vacinação da população e consequente redução da demanda. Podemos usar indicadores como o CAPM (Precificação de Ativos Financeiros) que indica qual é a relação entre o retorno esperado e o risco de realizar o investimento, e com isso conseguimos medir o equilíbrio entre o risco e o retorno.

Por exemplo, considerando o risco do grupo VIVEO (VVEO3.SA) da área de saúde, com Beta (risco da empresa) do setor = 1,16, Erm (retorno do mercado) = 6,82% e taxa RF (taxa de aplicação em renda fixa) = 11,53%, a taxa para retorno na empresa seria calculada da seguinte forma:

[pic 1]

Quanto Investir: Ter a capacidade de mensurar o tamanho do investimento é importante, temos que saber se nosso caixa e nossos ganhos suportam os pagamentos desse investimento, e ainda se o projeto é mesmo viável e o preço está coerente, pois buscamos na maioria das vezes comprar o mais barato possível para vendermos melhor no futuro, maximizando os ganhos da nossa empresa.

Como financiar o investimento: Ao pensarmos em finanças pensamos em dinheiro, e o capital para financiar os ativos que desejamos para nossa empresa podem ser conseguidos de duas formas, que são os Sócios injetando dinheiro na operação, o que chamamos de Capital Próprio, ou pode se buscar financiamento de terceiros, como os bancos, familiares e amigos, o que chamamos de Capital de Terceiros. Podemos fazer uma junção das duas formas de capitais caso uma não seja suficiente, e devemos também estar alinhados ao retorno que essa fonte de capital espera, por exemplo, dependendo do volume de capital de terceiros como os de bancos que utilizamos para geração de recursos, podemos aumentar nossas despesas financeiras desproporcionalmente, sendo que talvez um mix de capitais, o fluxo de geração de receita e a capacidade de pagamento possa trazer um resultado mais coerente com o nível do projeto. Um possível investidor deve ter confiança em onde está investindo seu capital, sendo assim, ele necessita de indicadores sobre o ativo ou sobre o setor, para conseguir definir o mínimo de risco que ele está disposto a ser exposto. E para isso, pode ser usado o indicador CMPC (custo médio ponderado do capital) que consegue indicar um norte do quanto o ativo pode gerar de lucro, bem como o comprometimento do capital com pagamento dos credores como por exemplo os impostos. Usando o mesmo exemplo do grupo VIVEO (VVEO3.SA), podemos buscar seus dados no Yahoo Finance e calcular o CMPC da seguinte forma:

[pic 2]

Ou seja, o grupo VIVEO (VVEO3.SA) deve ser capaz de rentabilizar os investidores, sócios e credores em pelo menos 4,63% para ser considerada uma boa empresa por esses players que desejam continuar ou começar a injetar capital nela.

Como distribuir os resultados: Como um dos objetivos das Finanças Corporativas é criar valor para o Acionista, devemos distribuir os resultados dos investimentos que fazemos, com os recursos captados com eles. Só que não podemos simplesmente pegar todo o resultado de tais investimento e retornar para o acionista, para isso utilizamos o Fluxo de Caixa para definirmos o nosso Faturamento, Custos, Juros, Impostos, Reinvestimentos caso necessário para a perpetuidade da empresa, e só após isso teremos o valor que deverá ser retornado ao acionista.

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