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Resenha do filme Quanto Vale ou É por Quilo?

Por:   •  9/8/2018  •  Resenha  •  610 Palavras (3 Páginas)  •  527 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PROFESSOR: FRANCISCO GILVAN LIMA MOREIRA

DISCIPLINA: CONTABILIDADE APLICADA ÀS ENTIDADES DO 3º SETOR

ALUNO: ANTONIO PAULO PEREIRA DOS SANTOS JUNIOR

Resenha do Filme “Quanto Vale ou é por Quilo” - 3ª nota

O filme "Quanto Vale ou é por Quilo?" é uma produção cinematográfica brasileira do ano de 2005, dirigida por Sergio Bianchi, o qual apresenta como temas as desigualdades sociais, o racismo e a corrupção presentes na sociedade brasileira ao longo dos séculos. Para tanto, apresenta através de relatos extraídos do Arquivo Nacional as relações sociais estabelecidas na sociedade escravista do século XVII, principalmente as que se referem a modo que eram tratados os negros escravizados.

Além disso, o filme apresenta um paralelo desta sociedade escravista com a sociedade brasileira do século XXI, apresentado em seu enredo a subumanização do morador da favela, agora denominada comunidade, como sujeito marginal, desprovido de vontade própria e desassistido de seus direitos fundamentais como saúde, educação, segurança pública, dentre outros. E nesta analogia entre as relações estabelecidas na sociedade do passado e a contemporânea que se assenta as principais críticas do filme, pois apresenta que apesar de intervalos de séculos entre as duas sociedades ainda há semelhanças latentes.

Exemplo disso, é uma cena que retrata uma menina que mora na casa de uma funcionária de uma ONG e esta é oferecida à diretora desta organização sem ser indagada se aceita ou não, bem semelhante a ideia de objeto que se tinha na sociedade escravista.

Outra crítica apresentada no filme é quanto a “boa vontade” de alguns em fazer “bem” ao próximo sob alegação de caridade e compaixão, mas que na verdade expõe que suas intenções estão assentadas em interesses individualistas e gananciosos. Isto fica evidente principalmente em dois trecho do filme, um que retrata a “ajuda” de uma senhora comerciante de escravos do século XVII para com outra senhora, esta negra e escrava, financiando a esta o dinheiro suficiente para compra de sua carta de alforria; entretanto, a suposta benesse na verdade está revestida de interesse econômico já que o dinheiro emprestado seria pago com serviços prestados e altas taxas de juros. Em outro trecho, agora já na sociedade contemporânea, membros de uma ONG aparelham um laboratório de informática em uma comunidade carente com equipamentos já obsoletos e com um projeto superfaturado.

E é neste momento que se apresenta a crítica no filme a algumas Organizações não-governamentais (Ongs), as quais são utilizadas com a finalidade de desviar recursos públicos ou de angariar recursos oriundos de contribuições de cidadãos ou empresas, denominados de financiadores.

Nesta crítica, apresenta que a atuação das organizações não-governamentais (ONGs) não tem como objetivos principais a minimização das desigualdades ou efetivação de direitos sociais, mas apenas a busca pelo lucro ou o seu uso como instrumento de corrupção através do desvio de verbas públicas. Deste modo, esta crítica harmoniza-se com o pensamento de Montaño (2002) que sinaliza o caráter ideológico destas organizações, as quais em sua percepção tem como finalidade de atender aos princípios neoliberais e interesses da sociedade capitalista, ampliando ainda mais desigualdades presentes na sociedade de classes.

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