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A Banalização da violência

Por:   •  7/11/2017  •  Seminário  •  1.278 Palavras (6 Páginas)  •  208 Visualizações

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ANA PAULA FARIAS

RESUMO

SEMINÁRIO - BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA

Guanambi - BA

2017

ANA PAULA FARIAS

RESUMO

SEMINÁRIO – BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA

Guanambi – BA

2017

CONCEITOS DE VIOLÊNCIA

O termo violência deriva do latim “violentia”. É utilizado atualmente para se referir a uma infinidade de ações que ferem os direitos fundamentais da pessoa humana.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, violência é a utilização da força ou poder contra si mesmo, contra outra pessoa ou comunidade que venha resultar em dano físico, psicológico, mal desenvolvimento ou privação, podendo ser classificada em violência autodirigida, interpessoal e coletiva. A OMS classifica ainda os atos violentos como físicos, sexuais, psicológicos e emocionais.

Corroborando com este entendimento, a portaria nº 737 de 16/05/01 do Ministério da Saúde, define violência como “ações humanas individuais, de grupos, de classes, de nações que ocasionem a morte de seres humanos ou afetem sua integridade e sua saúde física, moral, mental ou espiritual” (BRASIL, 2001).

Segundo Minayo, a violência estrutural oriunda dos processos sociais, políticos e econômicos que reproduzem as desigualdades sociais, de gênero e etnia, é a base dos demais tipos de violência.

Historicamente buscou-se discutir sobre as causas da violência humana. Muitas são as teorias que podem ser consideradas em relação a esta problemática. Seria a violência inerente à natureza humana ou uma construção histórico-social?

Para o filósofo inglês Thomas Hobbes, o homem é naturalmente mau, por isso propenso à violência, cabendo à sociedade educá-lo, humanizá-lo.

O médico psicanalista Sigmund Freud, acreditava na agressividade como um impulso nato e essencial à sobrevivência humana, sobretudo para a construção da subjetividade, porem a transformação da agressividade em violência seria uma construção social e psicossocial relacionada a fatores sociais, culturais e individuais.

O sociólogo Emile Durkheim atribuía a violência a fatores sociais como a ineficiência das instituições e problemas na socialização dos indivíduos.

Para o também sociólogo Karl Marx a violência advém de fatores sociais e econômicos como a luta de classes e a desigualdade de acesso aos meios de produção.

A filósofa alemã Hannah Arendt atribui caráter instrumental, político e social à questão da violência. Segundo Arendt, a violência se instala na ausência do poder.

A VIOLÊNCIA NO MUNDO E NO BRASIL

A violência mundial pode ser considerada como um fator milenar, passando por várias épocas, como por exemplo a Idade antiga, a média, a idade Modena e a contemporânea.

A violência não se limita somente a uma classe social, porém é mais evidenciada nas classes baixas, onde tem um poder aquisitivo baixo e má qualidade de vida. Na história da violência mundial, surge a figura das civilizações que foram fundadas sobre conflitos entre as tribos nômades. Posteriormente, quando se formou as nações, os conflitos começaram entre os países, sendo o objetivo principal desses conflitos o domínio de território.

Grandes marcos e exemplos históricos da violência no mundo podem ser vistos, como: as revoluções armamentistas do mundo capitalista, os holocaustos sofridos pelos judeus e negros, as duas grandes guerras mundiais, os atentados terroristas, entre outros são marcos da história da violência mundial.

Na sociedade brasileira, a violência é um fenômeno constituído historicamente: desde o período colonial em que existia a escravidão de índios e negros, juntamente com o coronelismo e o autoritarismo estatal da época, contribuíram para estrear esse cenário que se perpetua. Numa estatística do FBSP e do IPEA de 2017, consta que a violência contra negros cresceu 18,2% nos últimos anos, sendo os policiais e civis negros os que mais morrem no país.

Atualmente, a sociedade brasileira é considerada uma das mais violentas do mundo. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 7 pessoas foram assassinadas por hora em 2016. Neste mesmo ano, mais de 61,5 mil assassinados foram cometidos no país, o equivalente, em números, às mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear que dizimou a cidade de Nagasaki, em 1945, no Japão.

O contexto brasileiro da violência no país não gira em torno de um só núcleo, há diversas causas para o seu aumento, tais como: problemas sociais- miséria, fome, desemprego-; problemas estatais -um Estado ineficiente e com poucos programas de políticas públicas de segurança-; problemas urbanos – o crescente fluxo para as cidades, gera um aumento desordenado e desorganizado da população urbana, afetando a qualidade de moradia; a educação pública decadente, em que há pedagogos e alunos desmotivados, além da infiltração da droga nesse cenário caótico – segundo o FBSP, 70% dos diretores e professores presenciaram em 2016, alguma agressão física ou verbal entre os alunos.

BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA

É grande o debate acerca das causas da banalização da violência. Nesse contexto, o papel das mídias sociais deve ser levado em consideração, pois se trata de um meio muito presente no ambiente das pessoas, sobretudo de crianças que ainda estão num processo de adaptação e aprendizagem. Por isso, é importante abordar essa temática mostrando a influência dos meios de comunicação na vida de jovens que pode interferir futuramente na vida adulta.

O que se percebe, atualmente, é uma guerra acirrada entre os meios de comunicação visando o maior número de espectadores. Isso implica numa programação de baixa qualidade com a presença contundente de erotismo, pegadinhas, acompanhado de linguagem inconveniente, cenas de sexo e sobretudo desenhos animados contendo mortes, assassinatos, etc.

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