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A FUGA

Por:   •  29/6/2017  •  Resenha  •  2.566 Palavras (11 Páginas)  •  231 Visualizações

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A Fuga

Inicia com o exemplo se o presidente brasileiro tivesse fugido para a Austrália com todos os ministros, integrantes dos tribunais superiores de Justiça, os deputados e senadores e os maiores lideres empresariais. Nesse caso o país seria saqueado por outros com a Argentina.

Isso foi o que ocorreu em 29 de novembro de 1807, pois foi dessa forma que toda a corte, rainha e príncipe de Portugal estavam fugindo para o Brasil com a proteção britânica.Foi o maior acontecimento na Europa. Pois primeira vez que ocorre de um país ir tão longe para se refugiar.

Os portugueses se sentiram ainda mais abandonado, porque naquela época era diferente o conceito de Estado dos dias de hoje. Pois o país e os povos dependiam de tudo para com o rei. Sendo assim ficaram sem atividade econômica, alimentos, sobrevivência dos povos e etc.

Para piorar referente a idéias e reformas políticas Portugal tinha um grande atraso comparado com os demais países europeus. Pois ainda tinha monarquia absolutista. O trono na época era ocupado por um príncipe regente D. João em nome da mãe D. Maria I. pois ela não achava capaz de governar. O irmão mais velho herdeiro do trono havia morrido.

 A fuga para o Brasil foi devido a pressão militar exercida pelo Napoleão Bonaparte. O imperador era soberano em 1807, conseguindo dominar todos os reis e rainhas do continente, com exceção somente da Inglaterra que evitada um confronto direto e ficava protegida pelo Canal da Mancha. Com o bloqueio continental decretado pelo rei Napoleão fechando o comercio dos produtos britânicos, restando somente Portugal que era aliado dos ingleses. No entanto foi atacado pelo franceses, nesse caso se viu obrigado a fugir. Tendo como auxilio a oferta dos aliados ingleses dessa forma embarcando para o Brasil.

O Plano

Com a invasão de Napoleão a Portugal, o príncipe regente D. João não teve outra opção se não optar pela fuga. Pois no Brasil havia riquezas naturais, mão-de-obra e mais chance de defesa contra invasores. No inicio do século XIX, Portugal ainda dependia do Brasil. Advindos do ouro, fumo e a cana-de-açucar. Mais importava da colônia do exportava. Crescia a dependência e ao mesmo tempo a ameaça as riquezas e autonomia do reino. Em 1580 Portugal foi governado por um rei da Espanha Felipe II, depois do sumiço do rei D. Sebastião. Periodo União Ibérica.

Em 1736 embaixador português Luiz Cunha, escreveu memorando secreto a D. João V, sugerindo que a solução era mudar a corte para o Brasil. Em 1762 após mais uma ameaça marquês de Pombal propôs que o rei D. José I fosse para o Brasil.

Com a "Guerra das Laranjas" em 1801 o plano sugerido foi colocado em ação. Pois com o apoio francês a espanha derrotava e invadia Portugal. Dessa forma D. Pedro de Almeida Portugal, terceiro marquês de Alorna recomendou que o principe D. João fugisse para o Brasil. Para que fosse criado um novo império no Brasil. Prosposta foi rejeitada em 1803, mais tarde em 1807 com Napoleão a sua porta o principe não teve muita escolha.

Partidos francês e inglês tentaram influenciar o principe a uma decisão. Tendo êxito o partido inglês com seu defensor D. Rodrigo de Sousa Coutinho.

Dia 19 de agosto de 1807 houve uma reunião no Palácio de Mafra, para discursar com a crise política. O Conselho de Estado órgão de assessoria da monarquia. A intimação de Bonaparte era clara, Portugal deveria unir a França e aderir ao bloqueio continental e cortar relações com a Inglaterra. Com o apoio do Conselho o principe aprovou as condições impostas por Napoleão com ressalvas de não preender os ingleses que estavam em Portugal e nem tomar suas propriedades.

Tudo blefe, tanto com Napoleão quanto com a Inglaterra. Apenas um jogo de faz de conta. Tentando dessa forma manter a sobrevivência do país. Ao receber a contraproposta Napoleão informou caso não concordasse com seus pedidos, iria invadir Portugal.

Dia 30 de setembro, no Palácio da Ajuda o Conselho de Estado recomendou que o príncipe fosse para o Brasil. Dia 06 de novembro a esquadra inglês chegou a Portugal. Sabendo da aliança portuguesa os governos da Espanha e França dividiram o território português em si. Portugal foi invadido por 50000 homens franceses e espanhóis.

O império decadente

Na Inglaterra tinha um grande império, advindo da tecnologia inventada por James Watt em 1769. Tudo movido a vapor. Apesar de toda a tecnologia na europa, nada conseguia influenciar os portugueses. Os quais ficaram estagnados e muito ultrapassado.

A explicação era demográfica e econômica. Pois tinha poucos habitantes, país pequeno, dessa forma não conseguia nada. Nem proteção e desenvolvimento. Não conseguia explorar seu império colonial. A maioria das riquezas exploradas eram enviadas diretamente para Inglaterra.

Não conseguiam fazer sua própria proteção. Com uma frota muito fraca, foi atacado e saqueado pelos francesas, tendo um grande prejuízo. Avaliado em 2007 em 1,2 bilhões de reais.

Uma explicação dos seus problemas era política e religiosa. Pois ainda no século XIX Portugal continuava sendo a mais católica e conservadora. Não se aderindo as ideias libertarias e nem as revoluções e transformações. A igreja reinava por três séculos. Com isso a medicina era muito atrasada, pois a igreja não deixava progredir. Último país a abolir os autos da Inquisição.

A partida

Dia 29 de novembro de 1807 havia um espetáculo no porto tendo em vista a partida da Elite para o Brasil. Muitos curiosos querendo ver tal ato. 07 horas da manhã a nau Príncipe Real foi em direção ao Atlântico. Com esse seguia mais três navios.

Calculava entre 10 a 15 mil pessoas acompanhando o príncipe regente até o Brasil. Essa viagem iria demorar aproximadamente dois meses e meio. Era uma viagem de grande risco devido aos perigos existentes nos mares. A viagem foi as pressas apesar que já havia se planejando a algum tempo, porque depois que chegou a última edição do jornal parisiense Le Moniteur, onde Napoleão anunciava eminente ataque a Portugal, logo casou um grande alvoroço.

Meia-noite o Conselho de Estado juntamente com  D. João dava as ordens a Joaquim José de Azevedo oficial da corte para organizar o embarque. Durante três dias houveram muitas correrias por partes dos portugueses para arrumarem as embarcações. Somente a elite sabia da verdade. O povo não sabia o motivo real de tanta pressa.

Sabendo da verdade houve grande revolta por parte da população. Apedrejaram carruagens e etc. Muita tristeza por parte dos povos portugueses. Muitos não conseguiram embarcar, tendo que refugiar em suas casas.

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