ATIVIDADE 02 - INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

ATIVIDADE 02 - INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 

A filosofia aparece como um modo de aprender a pensar. Por meio daquele “olhar diferente”, ela busca outra dimensão da realidade além das necessidades imediatas nas quais o indivíduo encontra-se, e através da capacidade de questionar, através da reflexão, o individuo abre-se para uma nova mudança. Além de que, através de suas reflexões acerca de questões como paixões, vícios, liberdade, condutas éticas e morais, a Filosofia também pode ser uma orientação para a virtude que rege um bom convívio em sociedade.

Ela nos convida a uma nova leitura de mundo, tal como aprendemos mesmo que inconscientemente, a ler e interpretar o mundo á nossa volta com os nossos sentidos, a atribuir e associar significados a algumas ações, reprimindo nossos impulsos. Além disso, essa leitura de mundo é feita a partir de experiências somadas ao longo de nossas vidas, as quais dependem de vários fatores: idade, lugar de origem e lugar onde moramos, identidade sexual, contexto histórico entre outros.

Essas coisas, tão naturais para nós são chamadas de senso comum, o qual resulta de um conhecimento popular, porém, sua leitura de mundo é um tanto quanto superficial e mecânica, sendo condicionada pelo contexto social em que vivemos, fazendo com que aceitemos sem questionar o que nos é apresentado. É ai que ele se difere da filosofia e das demais ciências, pois estas apresentam necessidade de verificação e explicação.

Para estudiosos e até mesmo o grande filósofo Aristóteles, o thauma, que é o espanto, questionamento diante das coisas da vida, é o que leva o individuo a querer saber cada vez mais, sendo esse a raiz do filosofar. Quando falamos em atitudes filosóficas, reforçamos a ideia de que  é preciso duvidas das verdades do senso comum e problematizar o que nos é imposto de forma natural e familiar, sendo rigoroso e profundo, pois tais questões inicialmente se dirigem ao mundo e a relação que temos com as coisas ao redor, mas, na verdade, dizem respeito à nossa capacidade de pensar, por isso é chamada de reflexão, que nada mais é do que repensar o pensamento, coloca-lo como objeto de análise.

É consenso que a filosofia nasceu na Grécia com filósofos importantes como Sócrates, Platão e Aristóteles, mas muitos estudiosos divergem sobre o que chamam de “milagre grego”, que é a passagem da mentalidade mítica para o pensamento racional crítico e filosófico. Outros afirmam que esse resultado foi a culminação de um processo festado ao longo dos tempos, e diretamente influenciado pela invenção da escrita e da moeda, criação da lei e fundação da pólis, contribuindo diretamente para o surgimento de tal mudança.

Foram três os principais filósofos do período clássico da filosofia: Sócrates, Platão e Aristóteles. Os sofistas apareciam nesse cenário para dar aos jovens uma educação que os preparassem para o debate político, pois para eles, importava a conquista do parecer favorável dos ouvintes. Ao destruírem velhos dogmas do pensamento grego, os sofistas abriram importantes caminhos para doutrinas posteriores.

Sócrates (470-399 a.C), nascido em Atenas, era um filósofo itinerante. Seu método se baseava no diálogo, afirmando que as pessoas deveriam chegar á verdade interrogando a si mesmas, pois, antes de persuadir o outro, seria necessário conhecer a si próprio. Questionava valores e ideias, eternizando a frase “Só sei que nada sei”. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos. Em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a atrair a atenção de muitos jovens atenienses, foi considerado uma ameaça pela elite Ateniense e condenado por subverter a ordem social e corromper a juventude, tendo duas opções: o exílio ou a morte. Preferiu morrer a renunciar seus pensamentos, e foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 a.C.