Abril Despedaçado

Abril Despedaçado

        O filme “Abril Despedaçado” é um filme brasileiro do gênero drama dirigido por Walter Salles, o filme se passa no sertão brasileiro, no início do século XX ao longo do ano de 1910 e apresenta dois contextos que coexistem na mesma história: a denúncia da pobreza do sertão junto às relações de domínio e exploração e a violência, física e psicológica, do conflito pela terra entre duas famílias.

        Nas primeiras cenas do filme é apresentada a família Breves, que sobrevive com dificuldades ao meio hostil caracterizado pela pobreza e pela seca, tendo como principal cultivo o da cana de açúcar, da produção e venda de rapadura. Nessas se destacam o rapaz chamado de Tonho e um garoto que primeiramente chamado de menino e posteriormente batizado de Pacu por um artista de circo, tendo Pacu inicialmente não aceito muito bem esse nome mas porém ao seu estado de pobreza acabou gostando do mesmo.

        Posteriormente ocorre uma guerra de família, que seguia o famoso ditado popular: “Olho por olho, dente por dente”, essa guerra ocorreu entre as famílias Breves e Ferreira. Esse conflito começou pela disputa de uma determinada área de terras, tal conflito se manteve durante vários anos, por considerar a honra das famílias envolvidas. Esta guerra foi passando de geração em geração consistia na morte sempre do filho mais velho da outra família, que entretanto após um determinado período de trégua revidava com outro ataque, sendo assim mantido o ciclo mortal.

        Na família Breves, o filho caçula Pacu levava uma infância bem árdua, trabalhava com seus pais e seu irmão na produção da rapadura, e em alguns momentos de descanso fazia planos e mesmo por ser o mais novo da família questionava sobre o continuo ciclo daquela atividade chegando a comparar a vida deles com a dos bois, dizendo “A gente roda, roda e não sai do lugar”. Certo dia se deparou com dois artistas de circo sendo Clara uma das integrantes que presenteou Pacu com um livro, sendo que essa perguntou ao menino se ele sabia ler respondendo ele que sabia ler as figuras e com estas imagens imagina as suas próprias histórias, fazendo ele sonhar em viver no mar, porém Pacu era muito cobrado por seus pais.

        Tonho filho mais velho vivo da família Breves ficou com a tarefa de vingar o sangue de seu irmão mais velho no qual foi morto por um membro da família dos Ferreira, ele assim o fez, matou um integrante da família Ferreira porém com isso, ele ficou marcado para ser o próximo a ser morto, portanto pediu a família rival um período de trégua qual foi concedido, até a próxima lua. Durante esse período de trégua Tonho leva seu irmão Pacu para assistir à apresentação no circo, sendo que Tonho ao visualizar Clara integrante do circo, apaixona-se pela mesma. Alguns dias depois, reencontra-se com Clara, aproxima-se dela e começam a viver um romance, em determinado momento Tonho gira Claro no ar, estando cercados por Afrodite que é a deusa do amor. A partir desse acontecimento Tonho começa a refletir sobre a cruel tradição em qual ele vivia, pela rivalidade das famílias.

        Após esses acontecimentos chega a chuva a qual também marca o fim da trégua, sendo Tonho dessa forma ser perseguido pela família Ferreira, mais entanto Pacu envolvido pela felicidade de seu irmão sacrifica-se no lugar dele, Tonho por esse motivo, acha injusto o cruel destino de seu irmão e por acreditar no amor rompe com o seguimento de assassinatos, sendo pressionado por seu pai a cobrir o sangue de seu irmão, mas Tonho se recusa atitude não muito aceita por seu pai, porém Tonho num gesto de amor por seu irmão segue em direção ao mar, local onde Pacu sonhava em encontrar a felicidade.