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Filme "A Informante" e o direito internacional

Por:   •  20/11/2018  •  Resenha  •  418 Palavras (2 Páginas)  •  1.413 Visualizações

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Relatório do filme “A Informante” (2010)

A Informante (2010) é um filme inspirado em fatos reais que aborda questões como o tráfico e a escravização de jovens mulheres na Bósnia, nos anos 1990, patrocinado e acobertado por membros das forças de paz da ONU.

        Kathy Bolkovac uma policial, protagonista no filme, aceita um contrato com a DynCorp, uma empresa de segurança privada militar, que presta serviços para as Forças de Paz da ONU, mas quando chega em Sarajevo, na Bósnia, se depara com um panorama absolutamente cruel,violando uma série de Direitos Humanos. Jovens de diversos locais, normalmente seduzidas por promessas de uma vida melhor, são escravizadas, obrigadas a se prostituir e violentadas das mais diversas formas. Os donos desses espaços, que muitas vezes tem algum comércio comum como fachada, pagavam propinas à polícia e aos soldados da força de paz da ONU para manterem seus negócios, esses, além de aceitarem a propina, também abusavam das mulheres lá mantidas.

        Diversos foram os direitos humanos violados na história narrada ao longo do filme, entre eles, podemos destacar: Artigo III (Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal); Artigo IV (Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos); Artigo V (Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes); e Artigo XIII (1.Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado. 2.Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país).

        Ao fim dos anos 1990, a ONU terceiriza, para empresas privadas de segurança, a manutenção das tropas de paz na Bósnia, e o filme mostra uma grande denúncia contra essas empresas, além de fazer uma crítica, claro, à própria ONU, uma vez que esta é uma organização internacional com a premissa de garantir os direitos humanos e promover a paz.

        A ideia do estupro como arma de guerra foi amplamente utilizada na guerra da Bósnia e a assinatura do tratado de paz não pôs fim a essa essa realidade. Mulheres de diversas partes, principalmente do leste europeu, eram traficadas e exploradas sexualmente. Homens com dinheiro e imunidade diplomática financiavam e deixavam perpetuar esse cenário.

        

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