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Nas terras do bem virá

Por:   •  3/11/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  843 Palavras (4 Páginas)  •  1.851 Visualizações

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ANÁLISE CRÍTICA DO DOCUMENTÁRIO “NAS TERRAS DO BEM VIRÁ”

O documentário “Nas terras do bem virá” do diretor Alexandre Rampazzo vai relatando vários fatos como por exemplo o trabalho escravo em fazendas, em latifúndios, relata também o massacre de Eldorado dos Carajás, mostra também como ocorreu o modelo de colonização da Amazônia e por fim o caso da Irmã Doroty.

O documentário mostra o desmatamento na floresta Amazônica, em que utilizam vários trabalhadores em regime de escravidão, os quais vêm de cidades pobres da região do Nordeste em busca de emprego, de uma melhor condição de vida para a família deles, porém devido às condições de regime de escravidão, em que os fazendeiros não os deixam sair, ficando escravizados e sempre endividados, correndo o risco de serem mortos, esses trabalhadores ficam impossibilitados de rever as famílias deles, o quais muitos perdem até o contato, não retornando mais para suas casas.

Mostra-se essa realidade muito triste que ocorre no estado do Pará, na região amazônica em que muitos trabalhadores ficam submetidos ao regime de escravidão, vivendo em precárias condições de vida, em condições degradantes, trabalhadores que não tem oportunidade e se submetem à trabalhos não dignos na esperança de dar uma vida melhor para sua famílias.

  O documentário relata também como são feitos todos esses procedimentos, em como o fazendeiro consegue esses trabalhadores rurais em que se dá por meio de um aliciador chamado vulgarmente de “gato”. E também relata a presença de mercados no interior das fazendas em que vendem alimentos a preços exorbitantes com o objetivo de endividar o trabalhador, fazendo com que esses trabalhadores paguem com o próprio trabalho. Os trabalhadores não tem a mínima condição de um trabalho digno, não tem segurança no trabalho deles, vivendo em condições insalubres, sem nem ao menos ter equipamentos de trabalho.

É abordado também o massacre que houve no Eldorado dos Carajás, mais uma vez os conflitos fundiários aumentando cada vez mais a ponto de haver um massacre com milhares de mortos, e o governo mais uma vez fechando os olhos para os problemas fundiários e querendo solucionar o problema com violência, conforme foi mostrada em muitas imagens pela mídia, e fora que muitas outras imagens foram cortadas pelos policiais, imagens das manifestações, do massacre.

É relatado também como a Companhia Vale do Rio Doce prioriza seus próprios interesses, que ela foi privatizada em 1997 por 3,3 bilhões e hoje ela é a segunda maior mineradora do mundo, sendo que em apenas um ano obteve um lucro líquido superior a 13 bilhões; Relata também como ocorreu a ocupação da Amazônia no governo dos militares, com a construção da Rodovia Transamazônica com a propaganda de que tinha muita gente sem terra e lá naquela região havia muita terra sem dono, fazendo com que muitas pessoas saíssem do nordeste, migrando para a região amazônica na busca de uma melhor condição de vida, foi uma propaganda tão grande nessa época que os militares fizeram iludindo várias famílias em busca de uma vida melhor, mas a realidade era bem diferente. Os militares financiaram grandes projetos agropecuários como mineradoras, construíram estradas, ferrovias, porém todo esse suposto desenvolvimento acabou desencadeando sérios conflitos agrários, expulsando os agricultores da terra deles, houve muitos confrontos entre empresas públicas ou privadas com vários etnias, desencadeando cada vez mais conflitos, desmatamentos, violências. Houve também a instalação de muitas empresas na Amazônia, com a Volkswagem, bradesco, as quais também desmatavam e submetiam seus empregados em regime de escravidão na Amazônia. No final, o documentário relata como ocorreu a morte brutal da missionária Dorothy Stang, uma mulher que era ativista dos direitos socioambientais, que lutava pela reforma agrária, que atuava na luta contra grileiros de terras, defendendo a criação de projetos de desenvolvimento sustentável na Amazônia e com isso passou a incomodar muitos fazendeiros, latifundiários, que queriam ter sempre o poder em suas mãos. Todos esses projetos não eram de interesse dos grandes fazendeiros, que lucram a custa do trabalho escravo, com lucram com a desgraça dos trabalhadores.

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