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O FICHAMENTO INTRODUÇÃO A FILOSOFIA

Por:   •  24/8/2019  •  Dissertação  •  1.597 Palavras (7 Páginas)  •  227 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

FACULDADE DE DIREITO DE ALAGOAS










Luiz Matheus dos Santos

2019.1- Noturno














Filosofia do direito, ética e justiça

Filosofia contemporânea

Elton Luiz Leite de Souza

l


Maceió

2019

Introdução à filosofia

     A palavra filosofia é oriunda do grego e se formou a partir da junção de “Philo” (amor ou amizade) e “Sophya” (sabedoria), assim, filosofia significa amor ou amizade pela sabedoria. A filosofia não é algo apenas intelectual ou racional, abrange também uma dimensão afetiva. Ela não é uma ciência, embora todas as ciências tenham nascido dela. A ciência divide a realidade em partes criando um conhecimento especializado, já a filosofia procura unir essas partes.

     No auge do positivismo, século XIX, muitas ciências desconsideravam a filosofia, cada uma delas achava que o objeto por ela estudado não era uma parte da realidade, mas a realidade inteira. No entanto, com o passar do tempo foi surgindo uma necessidade desses profissionais aplicarem valores éticos, além das técnicas, uma perspectiva mais ampla, assim, foi possível o retorno da filosofia.

     A parte da filosofia que trata do conhecer chama-se epistemologia (ou teoria do conhecimento). Essa parte interessa principalmente as ciências, pois a epistemologia é o próprio conhecer e não o objeto que cada ciência isolada estuda. Logo, o conhecimento na ciência aplica-se a um objeto, já o conhecimento que a filosofia realiza se aplica sobre o próprio conhecimento da ciência estudando principalmente como ele ocorre e quais são suas bases. A filosofia como sabedoria apela intimamente as principais atividades da alma humana: pensar, conhecer, agir e sentir. De forma geral essas atividades não são dependentes entre si, elas dependem umas das outras, porém o pensar é a atividade mais importante pois não interessa apenas a filosofia, mas a todos enquanto conhecemos, agimos e pensamos. Nesse sentido, quando a razão (Logos) se deixa afetar pelo questionamento, liberta-se das normas e dos dogmas para de reinventar como pensamento (Nous) que não se opõe mais a sensibilidade, expressando-se, também, como a arte de questionar.

 

Atígona

     Segundo Aristóteles a temperança é a principal virtude que deve orientar aqueles que se incubem de administrar e aplicar as leis.

O teatro grego e o nascimento da filosofia.

     Existiram dois períodos básicos na história da Grécia: o período mitológico (ou arcaico) e o período clássico (ou democrático). O homem que viveu no período mitológico difere profundamente do homem que surgiu no período clássico.

     O período mitológico tem como sua principal característica a onipresença das divindades. Os deuses eram os responsáveis por tudo que acontecia, a exemplo dos fenômenos naturais e sentimentos. Naquela época a família era o principal agrupamento humano, o direito era baseado na vingança, isso porque inexiste razão e um Estado Laico para mediar conflitos por leis e por esse motivo não existia condições propícias para o nascimento da política. A sociedade desse período era profundamente rural e o poder encontrava-se concentrado nas mãos dos aristocratas ou do monarca e não existia separação entre Estado e teologia. Os déspotas acreditavam governar não apenas para os homens, mas também a natureza. Já os aristocratas eram guerreiros gregos que tinha como principal objetivo ser o mais corajoso e nobres no campo de batalhas, assim, os poetas imortalizaram suas batalhas sob forma de poesia épica, o que acabava por cumprir também um papel político no sentido de reproduzir o poder e a supremacia da aristocracia.

O surgimento da Grécia clássica trouxe uma transformação na mentalidade do homem grego. O fato mais importante foi o surgimento da razão (Logos) que ocupou o lugar dos deuses nos fatores determinantes como o desenvolvimento da natureza e das ações humanas. Fora as disciplinas que conhecemos, de mais especial temos o teatro e polis como frutos da razão. O teatro e a política estavam intimamente relacionados como uma forma de exercício do poder: a democracia. Na democracia surge o homem livre: o cidadão e sua liberdade é definida como igualdade perante a lei (isonomia). O teatro grego representou o momento de ruptura da mentalidade metodológica e o surgimento de uma mentalidade racional e lógica. A função principal do teatro era de servir de meio pedagógico, ensinando os cidadãos a controlar seus impulsos passionais além de servir de meio para promoção da ética e da política. Política deriva de polis (cidade/ organização) e os debates (dialética) ocorriam na ágora, uma tipo de praça pública que servia centro de tomada de decisões. Quem tinha o melhor desenvolvimento com as palavras, geralmente os alunos dos sofistas, mestres da retórica, conseguiam influenciar na tomada de decisões.

O cocheiro de Platão

     Platão acreditava na existência do bem universal e abalado com a morte de seu mestre, Sócrates, passou a se preocupar com as questões políticas e jurídicas que passaram a ser o centro da filosofia. O objetivo principal de Platão era fazer com que cheguem ao poder somente aqueles que aprenderam a si mesmo antes. Segundo ele tudo que acontece de danoso em uma determinada sociedade é o reflexo do que acontece na alma dos homens e seria mais fácil constatar problemas na sociedade do que na alma. Primeiro, é preciso uma análise psicológica da alma humana pois é aí que se origina as duas coisas que mais interessam: a justiça e a injustiça. Para Platão três são as principais faculdades da alma humana: a razão, a vontade e o desejo. A razão é responsável pelo conhecer que gera como virtude a prudência. A vontade leva ao querer tendo a coragem como virtude. Já o desejo leva ao prazer e tem como virtude a temperança. Quando as três funcionam harmonicamente, nasce a justiça, que é a alma como um todo. Para Platão harmonia significa hierarquia e cabe a razão presidir essa hierarquia governando a vontade e o prazer, pois o desejo pode gerar desarmonia, uma desordem.

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