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O PROCESSO DE INOVAÇÃO SOCIAL EM EMPREENDIMENTOS SOCIAIS INCUBADOS

Por:   •  4/4/2018  •  Bibliografia  •  960 Palavras (4 Páginas)  •  149 Visualizações

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Artigo: IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO SOCIAL EM EMPREENDIMENTOS SOCIAIS INCUBADOS

No decorrer dos últimos anos é factível a contribuição do sistema econômico contemporâneo para o surgimento e agravamento das crises sociais e ambientais, assim, aspectos como a desigualdade na distribuição de renda e sistema político deficiente favorecem a geração de problemas na infraestrutura, educação, saúde (FISCHER; COMINI, 2012) e qualidade ambiental (DIOGO; GUERRA, 2013). A partir do agravamento dessas demandas as questões sociais deixam de ser incorporadas apenas nos discursos políticos e passam a ser consideradas também na área acadêmica, se tornando uma causa comum a todas as esferas, impondo desta maneira, novas formas de pensamento e ações para desenvolver alternativas às problemáticas vigentes (OLIVEIRA, 2004).

Em meio às transformações nos diversos setores da sociedade que impactam nos múltiplos âmbitos de atuação humana, os estudos acerca do fenômeno da IS tem despertado interesse entre os pesquisadores, por contribuir para elaboração de respostas para redução das desigualdades sociais (BATAGLIN; KRUGLIANSKAS; DELATORRE, 2016). Nesse sentido, Diogo e Guerra (2013) defendem que a IS se torna relevante por colaborar para o desenvolvimento local a partir de mudanças proporcionadas em diversas esferas da sociedade, potencializando o capital humano e social.

Nota-se que na perspectiva conceitual, não existe consenso na literatura acerca da definição da IS, destaca-se que a mesma geralmente é definida sob a ótica de resultados e processos. No que se refere à conceituação de IS como resultado, cita-se como exemplo Cloutier (2003), alegando que a IS consiste na elaboração de respostas às demandas sociais insatisfatórias, que proporcionem benefícios sociais coletivos de efeito prolongado. Em contrapartida, ao se considerar a IS como processo, as características notáveis giram em torno da proposta de novas ações que combatam os diversos problemas sociais, beneficiando o progresso da humanidade (MOULAERT et al., 2005).

Assim como a IS o empreendedorismo social também acarreta uma série de benefícios, Oliveira (2004) já destacava os benefícios gerados pelos empreendimentos sociais, como melhorias sociais e ambientais, criação de capital social, empedramento da comunidade, cooperação entre atores, maior dinamismo, motivação, autoestima e visão de futuro. Corroborando com outras pesquisas mais contemporâneas no referente à participação de atores (CORREIA, 2015), capital social, motivação (GAIOTTO, 2016) e a geração de melhorias sociais e ambientai

O termo “inovação” começou a propagar-se a partir da década de 1930, com um viés econômico e de competitividade. Nesse período, o ato de inovar era vinculado principalmente ao processo de “destruição criativa”, significando desta forma, que se faz necessária à quebra de antigos paradigmas para introdução de novos (SCHUMPETER, 1934). Assim sendo, a inovação se direcionava principalmente a criação de novos produtos, estruturas mercadológicas e processos, geralmente vinculada à área tecnológica, sendo medida basicamente pela aquisição de bens e patentes empresariais (SOUZA; PENA; MOESCH, 2016).

Os estudos acerca da IS tiveram seu início na década de 1970, 40 anos após os estudos pioneiros sobre inovação, mas com um viés ainda direcionado às relações competitivas e mercadológicas (ANDRÉ; ABREU, 2007). Essas pesquisas ganharam maior abrangência com o decorrer do tempo, envolvendo diversos segmentos da sociedade como o político, educacional, ambiental e tecnológico (DIOGO; GUERRA, 2013). A partir de 1990 houve a intensificação das pesquisas sobre a temática, e atualmente, os principais estudos sobre a IS discorrem acerca de formas de emancipação, participação política e alternativas que propiciem crescimento às comunidades (OLIVEIRA; CORREIA; GOMEZ, 2015).

Para a pesquisa optou-se pela seleção da IS como processo, por se adequar a análise de do empreendimento social em estágio inicial de desenvolvimento e pelas peculiaridades do negócio. Desta forma, a definição de IS designada para pesquisa será a proposta por Correia (2016, p. 10) “[...] como processos desenvolvidos por atividades coletivas que buscam atender às necessidades sociais, difundidas através de atores para gerar ganhos ou resposta social”, evidenciando desta maneira, a perspectiva de processo e envolvimento de atores para geração de melhorias sociais.

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