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O Principe

Por:   •  31/10/2016  •  Resenha  •  1.058 Palavras (5 Páginas)  •  372 Visualizações

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MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Ed. Eletrônica: Ed. Ridendo Castigat Mores. Disponível em: . Acesso em: 8 de maio. 2016.

         Nicolau Maquiavel nasceu na cidade italiana de Florença em 3 de maio de 1469 e faleceu na mesma cidade em 21 de junho de 1527. Foi um importante diplomata, historiador e cientista politico. Viveu durante o período do Renascimento, sob o governo de Lourenço de Médici. Sua família era de origem toscana, filho de Bernardo Maquiavel jurista e tesoureiro da província de Marca de Ancona, sua mãe, Bartolomea Nelli era ligada as mais ilustres famílias de Florença. Foi o terceiro de quatro filhos. Aos sete anos de idade começou a aprender latim, logo depois passou a estudar ábaco e língua grega antiga. Aos 29 anos de idade iniciou sua carreira politica no cargo de secretário da Segunda Chancelaria da Republica de Florença. Suas principais obras foram O Príncipe, A Arte da Guerra, Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio e Historias Florentinas.
        A obra mais importante de Maquiavel foi o livro O Príncipe que foi escrito e destinado ao governante Lourenço, Filho de Pedro de Médici, para que este aprendesse em um curto período de tempo com se deve proceder para que seja um bom governante. A obra está dividida em 26 capítulos, onde Maquiavel descreve com exemplos e clareza como são os principados, como governar e manter o poder e a soberania sobre os principados e como agir para evitar perdê-los.
        Na época do Renascimento a Itália não era um país solido e fortificado, seu território era composto por várias republicas e principados, como os Estados Pontificados, Reino de Nápoles, Republica de Florença, Republica de Venecia, Reino de Sicília, Ducado de Milão e Ducado de Saboya. Todos em constantes conflitos onde reinavam aqueles que tinham os melhores exércitos e as melhores técnicas de acordos e tratados.
        Das formas de se conquistar os principados, podiam ser conquistados por hereditariedade, quando são passados de pai para filho, ou são novos quando são conquistados por um soberano, e este para se manter no poder extingue toda a geração do antigo reinado para que não sofra nenhum tipo de vingança. Os principados também podem ser mistos, estes acontecem quando um Estado novo se une a um Estado hereditário. Maquiavel ressalta que para se conquistar um novo principado o governante pode-se utilizar de milícias ou tropas mercenárias, essas tropas são compostas por soldados profissionais e lutam pelo governante que pagar mais. Após a conquista do novo território o governante não deve mais utilizar de tropas mercenárias, deve-se criar as próprias tropas. Pois os mercenários lutam não para defender o reinado do príncipe, mas sim para aquele que pagar mais, por isso não são confiáveis e quando se encontrarem em posição favorável podem destruir o príncipe e ocupar o seu trono. Para Maquiavel o príncipe não deve ter outro pensamento a não ser o da guerra, pois esta é a única arte que se atribuí a quem comanda. O príncipe deve então ter seus próprios soldados e a estes se deve dar bonificações pelos serviços bem prestados, para que não se revoltem contra o seu príncipe, hoje essas tropas seriam as forças armadas que lutam não pelo dinheiro, mas pelo patriotismo, o amor pelo seu país.
        Maquiavel estudou os antigos filósofos e pensadores, estes pensavam em como as coisas deveriam ser, o homem deveria ser virtuoso para ser um bom governante. Maquiavel olha as coisas não como deveriam ser, mas como elas realmente são. Maquiavel sai do dever ser e entra naquilo que realmente é, e para os governantes manterem-se no poder é necessário fazer coisas, ter atitudes que são moralmente erradas. Atitudes que vão contra as virtudes e moral, mas que é necessário fazer, por exemplo, matar outras pessoas outros governantes. O que mantem a ordem dentro de um país é a força.
        Maquiavel é visto como o primeiro cientista politico, por usar o termo Estado como temos hoje. Maquiavel traz a ideia de que para garantir a soberania o poder politico deveria estar centralizado, deveria estar nas mãos do príncipe do governante e este usaria da força para se manter, e o povo os cidadãos não usariam da força entre si para não entrarem em conflito. Maquiavel ressalta que as características do príncipe são virtude; agindo conforme a necessidade para se manter no poder, não da melhor forma moral, mas da melhor forma pratica; e fortuna que aqui tem o significado de sorte; são oportunidades que surgem e o governante une a virtude e a fortuna, exemplo, é sorte de ser filho do rei e ter novas oportunidades de se perpetuar no poder. Maquiavel traz a ideia de crueldade bem praticada; é aquela que é feita de uma vez, crueldade praticada apenas uma vez, o aumento de um imposto por exemplo. E crueldade mal praticada; aquela que é feita aos poucos, um imposto que aumenta um pouco a cada dia ou a cada mês. Maquiavel coloca que se o governante não for amado, ele deve ser temido para eventualmente evitar uma manifestação ou protesto que ameace o seu governo. Ele deve se amado no primeiro momento e os que não o amam devem temê-lo. O governante deve ser virtuoso para saber o limite entre o amor e o temor, e ele faz isso utilizando a analogia do leão e da raposa. O homem deve agir como leão; ser impulsivo e forte impor por meio da força física. Ser raposa é fazer um acordo e não cumprir, se o acordo não lhe trouxer benefícios e para ele não sair perdendo este deve usar da esperteza para burlar o acordo.
        O governante precisa parecer ser bondoso, virtuoso, religioso, precisa parecer ser para evitar ser odiado e se manter no poder, mesmo que não seja. Todas essas características devem ser usadas pelo governante apenas quando for necessário.
        Esta obra é recomendada para acadêmicos, e todos os que se interessam por politica.

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