O Processo Penal Execução

Aula 01- 04/03/2017

Introdução à filosofia

Ler O mito da caverna (Livro Convite a filosofia, Marilena Chaui Pg. 14).

Após a leitura, haver discussão sobre o mito, seu significado e sua visualização no mundo, respondendo as perguntas do próprio texto, “O que é a caverna? Que são as sombras projetadas no fundo? Que são os grilhões e as correntes? Quem é o prisioneiro que se liberta? O que é a luz do sol? O que é o mundo iluminado pelo sol da verdade? Qual instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros?”.

E quanto ao mundo hoje, no que vemos O mito? Qual a relação dele, no dia a dia? Aos que se opõe a opinião da maioria, como são vistos?  Onde vemos os grilhões e as correntes? Como pode se libertar os aprisionados?

Conceito de filosofia: Segundo Pitagoras de Samos, Filosofia é um  termo composto de duas raízes gregas, Philo + sophia. Philo deriva de philia, relaciona a amizade, amor fraterno. Sophia é sabedoria. Sendo a junção dessas duas palavras amizade pela sabedoria ou amor pelo saber.

Pitagoras muito humilde, a ser admirado respondeu sábio somente é DEUS, eu sou filosofo.

A filosofia provoca duvidas, violência para que o outro se movimente.

Tanto que Zenão de Citio, na Escola Estoica, Século IV A.C. pedia que seus alunos amarassem uma coleira em um peixe e passeassem com ele pela cidade, como se fosse um cachorro. Ao serem zombados, aprendiam que o sábio não se importa com o olhar alheio.

Sendo para a filosofia, necessário humildade, pois quem se julga muito sábio não se dispõe a aprender.

Conforme Marilena Chaui, em Convite a filosofia, p.32, “A filosofia surgiu quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações, que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos naturais e as coisas da natureza, os acontecimentos humanos e as ações dos seres humanos podem ser conhecidos pela razão humana, e que a própria razão é capaz de conhecer-se a si mesma. Em suma, a filosofia surgiu quando alguns pensadores gregos se deram conta de que a verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso que precisasse ser revelado por divindades a alguns escolhidos, mas que, ao contrario, podia ser conhecida por todos, por  todos os meios  das operações mentais de raciocínio, que são as mesmas em todos os seres humanos. Esses pensadores descobriram também que a linguagem respeita as exigências do pensamento e que, por esse motivo, os conhecimentos verdadeiros podem ser transmitidos e ensinados a todos.”

 Características, referente aos termos etimológicos, 1° humildade, pois a pessoa sabia admite não ter a certeza absoluta, admite os limites do seu saber. 2°-seriedade busca respostas sérias verificáveis, não aceitas mais respostas descabidas.

Atitude e a reflexão filosófica

Atitude filosófica- Disposição de analisar todo pensamento que se oferece como resposta, vindo do exterior, em ideias, doutrinas, dogmas.

Reflexão filosófica- analisa os poderes e limites da razão. Nascendo então a teoria do conhecimento, onde se busca o limite da razão. Será que a razão pode conhecer tudo? Ela é confiável? Qual o limite da razão?  Qual a relação entre razão perfeita e esquizofrenia?

Tipos de conhecimento

O que é conhecimento? É a apreensão de algum dado da realidade, externa ou interna a nós. É o resultado da relação entre observador e o objeto observado. É construído  a partir da experiência com o mundo, pessoas, literatura, cotidiano.  Sendo basicamente 4 tipos: senso comum, religião, ciência e filosofia.

a) Senso comum, conhecimento empírico ou vulgar: é obtido ao acaso, por experiências não planejadas. É o conhecimento popular, vem do dia a dia. Assim também, como de escutas das respostas do meio onde se vive. Pela difusão e repetição de um determinado conceito, acaba por torna-lo verdadeiro.

b) Religioso ou teológico. É o conhecimento relacionado a fé em uma revelação divina.  Não se importando então em ser negado ou aceitável pela ciência. Pois depende mais do crente de determinada religião, do que de uma coerência logica, racional ou cientifica.

Esse conhecimento responde o que a ciência não responde.

c) Cientifico, é o conhecimento que vem a partir da analise das relações de causa e efeito em repetidas experiências analisadas pela metodologia cientifica. Lida, portanto apenas com fatos concretos e objetivos. Requer exatidão, mas permite o questionamento.

É diferente da religião, pois o conhecimento cientifico se desdobra em teorias, que podem ser contrastadas, desafiadas ou reelaboradas. Requer exatidão, clareza e verificabilidade.

d) Filosófico, é o conhecimento de analise critica sobre afirmações acerca da realidade (acerca de qualquer tema humano) e da possibilidade do próprio conhecimento.

O conhecimento filosófico é instrumento critico do senso comum, religião e da ciência. Pois busca o fundamento e sentido ultimo da realidade, ou seja, o principio organizador de toda a racionalidade e existência.