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Petição - AÇÃO DE REPARAÇÃO CÍVIL COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

Por:   •  24/5/2016  •  Resenha  •  2.853 Palavras (12 Páginas)  •  396 Visualizações

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CIVEL DA COMARCA DE CAMPINAS, ESTADO DE SÃO PAULO.

                        

LUDMILA SILVEIRA, brasileira, casada, programadora[a], residente e domiciliada na cidade de Jundiaí, Estado de São Paulo[b], por sua advogada que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente

       AÇÃO DE REPARAÇÃO CÍVIL COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

Contra CLAUDIO CREDO, brasileiro, maior de idade, desempregado, domiciliado em Campinas, Estado de São Paulo, com responsabilidade cumulada a João Carlos, brasileiro, solteiro, maior de idade, residente e domiciliado na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, o que faz pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:[c][d]

DOS FATOS

01.                        No ano de 2013, JOÃO CARLOS, brasileiro, estudante, com 16 anos e domiciliado na cidade de São Paulo-SP movido pelo desejo de ser proprietário de um animal de estimação, se dirigiu à empresa TOTÓ E OUTROS BICHOS Ltda., localizada em Ribeirão Preto- SP [e]e apresentou seu intento ao vendedor. JOÃO CARLOS fez questão de alguns requisitos no animal, que o mesmo fosse dócil, de fácil manejo e bom convívio familiar. Em face do exposto, o vendedor lhe apresentou o animal que preenchia as exigências do comprador. Surpreendentemente, o animal indicado foi um cachorro da raça Pitbull, macho, com 3 meses de idade. JOÃO CARLOS, encantado com o belo aspecto do cachorro, adquiriu-o pela quantia de R$ 2.000,00 (Dois mil reais), quantia esta paga à vista.

02. Passados 02 anos e 02 meses da compra do animal, JOÃO CARLOS decidiu fazer uma viagem. Consultou diversos estabelecimentos conhecidos como hotéis para cachorro, mas devido ao preço elevado cobrado, decidiu solicitar a seu amigo, CLAUDIO CREDO, brasileiro, maior de idade, desempregado, domiciliado em Campinas-SP[f]. Orientou CLAUDIO CREDO a passear com o cachorro duas vezes ao dia e recomendou o uso de coleira e focinheira. JOÃO CARLOS pagaria a quantia equivalente a R$ 200,00 (Duzentos reais) ao guardador CLAUDIO CREDO pelo período de quatro dias de ausência.

03. Acontece que durante um dos passeios rotineiros, o cachorro apelidado de “BIJU” soltou-se da guia e atacou a autora da proposta ação, LUDMILA SILVEIRA.

04. Segue-se a tragédia relatada com detalhes. [g]A autora da ação, domiciliada em Jundiaí-SP é programadora e possuía uma renda mensal de R$ 10.000,00 (Dez mil reais). No ano de 2015, a autora passava alguns dias na casa de sua mãe, domiciliada na cidade de Campinas-SP.

05                        Ocorre que em uma certa tarde[h], ao passear em um parque com seu filho, um menino de um ano de idade, LUDMILA SILVEIRA foi atacada inesperada e brutalmente pelo animal da raça Pitbull que estava sob os cuidados de CLÁUDIO CREDO, brasileiro, maior de idade, desempregado e domiciliado em Campinas-SP[i]. Durante o ataque, a mãe, LUDMILA SILVEIRA, tentou desesperadamente salvar seu filho de um ano de idade que estava sendo atingido. Fatalmente, seu esforço foi em vão e a criança veio a óbito. O ataque também deixou as mãos de LUDMILA SILVEIRA incapacitadas, já que ao tentar defender o filho, seus dedos e tendões foram severamente danificados[j].

06. O ataque, antes de qualquer explicação, demonstraevidencia que o animal não estava utilizando a focinheira como o dono, JOÃO CARLOS havia indicado, demonstrando a imprudência do guardador CLÁUDIO CREDO.

07. Após o ataque, a Polícia Militar sacrificou o animal da raça Pitbull devido ao risco público e por se tratar de uma raça com um histórico de ataques e periculosidade.

08. Na esfera Penal, o Ministério Público segue a frente das investigações criminais no que diz respeito ao filho de LUDMILA SILVEIRA, que foi impetuosamente atacado e morto.

09. Assim, esgotados todos os esforços para a solução imediata do problema[k], nada mais resta a Autora senão bater às portas do Poder Judiciário no sentido de ver sua perda e seu abalo psicológico e material restabelecido e indenizado, uma vez que a autora pretende de forma gradual, retomar sua vida, bem estar social e dignidade, em face de tamanha tragédia ocorrida.

DO DIREITO

 

09.         Em decorrência deste acidente, a autora tem experimentado uma dor psicológica indescritível. LUDMILA SILVEIRA teve sua dignidade atingida, pois além do trauma adquirido por ser atacada por um animal extremamente feroz e violento, sua esperança se findou com o óbito do seu único filho, uma criança de apenas um ano de idade. Tal princípio é garantido pela Constituição Federal:

        

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

III - a dignidade da pessoa humana;”

10. Em face disso, é difícil a nós e a Vossa Excelência calcularmos a dor e o sofrimento de uma mãe e de uma família, desestabilizada e abalada pela perda de um ente e pela impossibilidade de dar continuidade a um trabalho que provia sustento ao lar. Tais prerrogativas são abrangidas pelo artigo 5° da Constituição Federal:

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