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Questões sobre o filme Tempo de matar

Por:   •  4/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.015 Palavras (5 Páginas)  •  2.699 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS – DIREITO

TRABALHO DE PORTUGUÊS – FILME “TEMPO DE MATAR”

ALUNO: EDUARDO BARBOSA FERNANDES

PROFESSOR: MAURO RUBENS MADUREIRA FAGUNDES

QUESTÕES

  1. Que argumentos o advogado de Carl Lee apresentou para a inocência de seu cliente?

O advogado de Carl Lee, Jake Tyler Brigance, utilizou de vários e praticamente todos os argumentos jurídicos a fim de influenciar a decisão de cada júri em favor de seu cliente. Porém, foi com um argumento com valores sentimentais que fez toda a diferença para definir a inocência de Carl: O advogado de defesa partiu para outro lado na oratória, deixando de lado os argumentos jurídicos e focando no princípio da emoção, narrou todo acontecimento do estupro da filha do acusado, enriquecendo os detalhes do ocorrido, porém, no momento final, ele pede que os jurados imaginem a menina como sendo de etnia branca, ganhando totalmente a comoção dos seus interlocutores.

  1. Comente sobre a atitude de Carl Lee ao assassinar os estupradores.

A atitude de tal personagem pode ser analisada de duas formas, bem como pode ser considerada ao mesmo tempo justa ou injusta: a primeira, como sendo justa, pois, assim como foi discutido pelos personagens durante a trama, a pena dos estupradores seria muito branda e, sendo assim, a atitude de Carl veio com um sentimento de justiça diante da falta desta. Vale ressaltar que a impunidade quanto aos estupradores se devia, dentre outros, ao fato do maçante preconceito racial da sociedade, sendo que a vítima era uma criança negra e eles brancos, além da classe social a qual eles faziam parte; em segundo, como sendo injusta, devido ao fato de não se poder “fazer justiça com as próprias mãos”, em outras palavras, apesar do que haviam feito com a filha de Carl, este não detinha o direto de tirar a vida dos bandidos. Não se pode admitir tal ato de Carl, pois se cada pessoa promover a justiça com as próprias mãos, a sociedade se tornará um caos e o papel do poder judiciário não fará mais sentido.

  1. Fale sobre a atuação do promotor.

O promotor de justiça, Rufus Buckley, consegue derrubar quase todas as argumentações do advogado de defesa, conseguindo em partes manter os jurados na ideia do acusado ser realmente culpado, até que chega a parte final, onde os dois advogados devem apresentar resumidamente toda a argumentação feita durante o julgamento. O promotor apresenta na sua oratória métodos dedutivos que, independentemente de provas, se desenvolve de uma verdade sabida, em virtude das leis que regem o pensamento em sua consequência essencial, e com base em leis e jurisprudência e no direito positivo ele apresenta novamente a arma do crime, e relembra que o acusado estava em plena consciência de seu ato, aumentando assim a chance do júri dar a sentença de culpado, aproveitando-se da causa e efeito. Ele só perde a causa devido à partida da defesa para o ponto emocional do caso.

  1. Como você defenderia Carl Lee?

Eu defenderia da mesma forma que Jake, seu advogado de defesa, o defendeu, apesar de não concordar com o fato de que ele saiu impune do caso. A princípio, utilizaria os argumentos jurídicos legais, e, posteriormente, os de caráter sentimental. Penso que na defesa de um cliente qualquer argumento, desde que não fuja dos padrões éticos, são válidos.

  1. Comente sobre o filme.

O filme conta a história de dois personagens principais envolvidos em um caso jurídico, sendo eles Carl Lee e Jake Tyler Brigance. Ao longo da trama é mostrado o quanto o preconceito racial está enraizado na sociedade retratada. Carl é negro possui uma família, sendo a caçula uma menina de 10 anos de idade. Ela foi estuprada por dois homens brancos bêbados e racistas. Isso causou uma grande revolta em Carl pois, além desse brutalidade e humilhação, sua filha ficou gravemente ferida, entre a vida e a morte, e impossibilitada de futuramente ser mãe. Por pressentir que praticamente nada ocorreria com os bandidos, juridicamente falando, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos e, diante de todo o tribunal, no momento em que estavam encaminhando para a sentença final, ele atira contra os homens e acaba matando ambos, além de ferir um policial que os acompanhava. Carl foi preso em flagrante e, já na cadeia, pede ajuda a um advogado, Jake, que outrora defendeu seu irmão. Este, sensibilizado com o homem e sua pobre família, e admitindo que faria o mesmo caso fosse com sua filha, acata tal pedido e faz de tudo para ganhar o caso, apesar de ter tido vários embates com seu cliente, tanto por questões financeiras, quanto por desentendimentos pessoais. Destaca-se também a reorganização de um grupo racista na cidade, tendo como membro um familiar dos dois estupradores, que tinha por objetivo se opor àqueles que defendiam Carl, além de atacar Jake, seu patrimônio e aqueles que o ajudavam no caso. Por este motivo, a esposa e filha do advogado resolvem viajar para outro lugar, a fim de se protegerem. Jake recebe uma importante ajuda de Ellen Roark, uma estagiária e estudante de direito, filha de um famoso advogado, que se prontifica a trabalhar no caso gratuitamente. Apesar dessa oferta, Jake, a princípio, não aceita a ajuda da jovem, até que então cede a tamanha competência. Com o andamento do caso, Jake enfrenta grandes adversários, como um juiz carrasco que nunca deferia suas solicitações, um promotor de justiça que nunca havia perdido um caso de homicídio e um júri de uma cidade que tinha por característica de seus cidadãos um grande preconceito contra negros. Com o andamento do julgamento e a aparente derrota de Jake, este faz um discurso final, embasado no aspecto emocional do caso: descreve todo ato do estupro da filha de Carl e, por fim, pede que os juris imaginem que se tratava de uma criança branca, o que faz com que “vire o jogo” a favor de seu cliente, comovendo a todos. Jake ganha o caso e faz com que seu cliente, que provavelmente seria condenado a pena de morte, saia inocente. Penso que Carl não deveria ter saído totalmente impune, pois o que ele fez não se encaixa no Estado democrático de direito.

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